Capitulo cinco

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  Chegamos na casa de Bryan e é realmente linda. Grande e  de um azul intenso... Uma casa bela e  moderna. Por mais que seja um lugar maravilhoso pretendo arrumar um emprego pra poder sair da casa dele, não vou ficar aqui 3 mêses, por mais que Bryan esteja me ajudando não vou ficar na sua casa de favor. Ai já é demais. Sobre Vinícius... O caminho todo chorei, primeiro chorei pela dor que tomava meu peito, depois chorei de ódio e Bryan ficou calado, não disse uma palavra ele respeitou meu silencio, isso é bom.

   Bryan estaciona o carro na garagem e abre a porta do carro e me ajuda a descer. O ajudo a pegar minhas malas e seguimos para dentro de sua casa calados. Ele me leva ao que ele diz ser o quarto de hóspedes, diz que me sinta à vontade e sai me deixando naquele quarto todo cinza, do chão ao této. Estou esgotada mentalmente e por isso ligo meu piloto automático, agora tudo que meu corpo pede  é um banho.

  Entro no banheiro, me desfaço de minhas roupas e entro no chuveiro e aquela dor miserável me atormenta mais uma vez. Caio no chão de joelhos sintindo minha dor enquanto a água quente do chuveiro bate contra minhas costas, jorrando nos meu cabelos...

  Não sei quanto tempo fiquei ali chorando, só sei que não me resta mais lágrimas apenas essa agonia. Coloco uma calça jeans e uma regata preto, escovo meus cabelos e deito na cama na esperança de esquecer tudo incluindo o traste que um dia chamei de marido, o homem a quem me entreguei por completo. Agarro o travesseiro e choro silênciosamente até que ouço uma leve batida na porta.

— Entre — digo secando as lágrimas.

— Trouxe para você — diz Bryan me entregando uma bandeja com um sanduiche e suco, posso dizer pela cor que deve ser de laranja.

— Não estou com fome — digo a verdade — Tudo que quero é morrer

— Não diga isso! — ele se senta na cama e me puxa para seus braços, onde estou começando a me sentir segura — Já disse, Elena, não sofra por ele. Ele não merece seu amor, você merece amar e ser amada intensamente

— Bryan, obrigado por tudo, por estar comigo nesse momento que preciso de alguem... E fico feliz desse alguem ser você

— To aqui, pra o que você precisar Elena.

  Ele retira o sapato e se deita ao meu lado na cama me abraçando e me deixando chorar em seu peito. Chorei tanto que acabei dormindo.

                            ♥♥♥

— Isso mesmo! — acordo com gritos

— Shhhh. Rebeca, não acorde ela.

  Permaneço parada e atenta. Estou de costas pra eles e tento ficar bem quieta pra não pereceberem que acordei.

— Ah. Desculpe se pego meu marido na cama com outra e tenho que ficar quieta. — ela diz com raiva.

— Não é o que você ta pensando. Ela tá mau e como amigo tenho o dever de ajudar.

— E dormir agarradinhos conta?

— Rebeca, vem.

  Ouço a porta ser aberta e fechada logo em seguida. Meu Deus eu tenho que sair daqui não posso ficar na casa de Bryan. Isso ainda vai dar muita confusão.

  Daqui escuto a discussão. Merda, merda, merda. Imagina se ela sonha que nos beijamos? Falando nisso com tudo que aconteceu não parei pra pensar naquele beijo. O que ele significou? Por que Bryan me beijou? Merda! Aquele beijo me passou uma confiança, algo especial e naquele momento eu esqueci do Vinícius e toda a merda que tinha acontecido, mais logo depois veio a culpa, não quero e nem vou destruir uma familia. Aposto que Bryan agiu no calor do momento.

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