Capitulo dezoito

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- Elena! - saio chamando no corredor a sua procura. Chego a médica que lhe examinou e deu a alta e resolvo perguntar - Por favor a paciente Elena, Elena Novaes já foi? Ela teve alta e eu vim buscá-la.

- Bom, uma amiga veio buscá-la.

- Amiga que amiga? - Elena não tem amigas aqui.

- Não lembro o nome - ela faz uma pausa, parece tentar se lembrar - Margot eu acho.

- Como ela era?

- Baixa, cabelos castanhos, olhos escuros e era muito bonita porém não estava com uma aparência muito boa.

Pego meu celular e procuro uma foto de Rebeca com a bebê que ainda está no meu celular.

- Essa? - mostro a foto e para minha agonia ela concorda com a cabeça.

- Sim ela mesma - diz para afirmar sua resposta.

- Obrigado.

Saio do hospital e vou para o carro, ligo para Elena e só cai na caixa postal então ligo para Rebeca e essa porra não atende a merda do celular. Estou começando a ficar preocupado, o que Rebeca quer com Elena, por que ela foi com Rebeca?

- Que porra está  acontecendo? - digo em voz alta.

Ligo para os pais de Elena, vai que ela quer voltar pra casa e tudo seja só um engano, sei lá ou ela tenha ligado avisando pra onde ia, não importa porra nenhuma agora, nem mesmo meu raciocínio idiota.

- Alô - é o pai dela.
- Olá é o Bryan, Elena ligou?
- Não, por quê ? Aconteceu alguma coisa? - não vou preocupar ninguém sem nem saber o que houve realmente.
- Não, é que achei que ela tinha ligado dando a noticia.
- Que noticia?
- Ela está grávida
- Oh meu Deus, não acredito ela está com você?
- Ah... não ela está no banho, logo liga, mas não contem que eu falei.
- Pode deixar
- Tchau.

Desligo e vou pra casa na esperança de encontrá-la lá.

                             ♥♥♥

Como eu imaginava Elena não está na minha casa, já liguei para os pais de Rebeca e eles disseram que ela não está, disseram que ela sumiu desde ontem sem dizer nada deixando só um bilhete.

Se ela fizer algo com Elena eu a mato. Sentado no meu carro com a cabeça no volante penso sobre o que fazer agora. Meu celular começa a tocar, olho no visor e a foto e o nome de meu amor aparecem.

- Elena? - atendo já inquieto.
- Errou, tenta de novo
- Vinícius, cadê Elena? Por que está com o celular dela?
- Elena está onde nunca deveria ter saido, do meu lado.
- Quero falar com ela! Agora!
- Você não está em condições de exigir nada - ouço um voz feminina ao fundo, ele não está sozinho nessa.
- Rebeca está com você?
- Pois é, a vadia quer tanto você que não aceitou o fim, como sabe que não pode competir com Elena quis dar um sumiço nela sorte que eu apareci.
- Quando eu te encontrar vou te matar seu infeliz - ele gargalha o que aumenta meu ódio e depois desliga.

Ligou só pra esfregar na minha cara que ele a tem sobre seu poder e eu não posso fazer nada. Meu filho e Elena estão nas mãos daqueles merdas, eu não posso e não vou ficar de mãos cruzadas.

O que tenho que fazer é avisar a policia, isso... espera e se Elena quiser ir com ele? E se ela o perdoou e o quer de volta?

Merda, Deus me de uma luz.

ELENA NOVAES

Estou mantendo o traje de garota forte, não derramei uma lágrima perto desses monstros. Rebeca está louca de ódio e Vinícius não está atrás, eu sabia que ele não tinha aceitado tudo muito bem mas me sequestrar? Os dois são loucos.

Como não percebi Rebeca entrando no quarto?
Eu tinha acabado de entrar no banheiro, ia tirar a roupa para tomar um banho quando bateram na porta, achei que Bryan tinha voltado, abri a porta do banheiro e Rebeca logo apontou uma arma em direção ao meu rosto, me mandou sair. Ela me levou até um carro com os vidros escuros e quando entrei vi Vinícius no volante, senti nojo por ter amado, casado e vivido 5 anos com esse trapo.

Os dois se mantinham calados, Rebeca no banco de trás comigo não abaixava a arma e Vinícius seguia para um lugar que não conheço. De repente ele encosta o carro pega meu celular - que sempre tocava - e saiu pra fora.

- Rebeca, por que está fazendo isso? - tento não demonstrar medo.

- Você o tirou de mim - ela vira a arma para o lado e sua cabeça segue o movimento. Louca! - Você estragou tudo.

- Rebeca eu nunca quis seu mau.

- MENTIRA! - ela grita e acho que Vinícius ouviu pois a olhou de cara feia e voltou a falar no celular - MENTIROSA, ESSE SEMPRE FOI SEU PLANO.

- Não eu...

- Cala a boca! Como ele pode te amar? Você, logo você? Eu sou perfeita pra ele, eu sou tudo o que ele precisa.

Ela da uma gargalhada estranha e para de repente. Ok estou com medo.

- Vinícius.Quer.Te.Levar.Pra.Outro.Pais - Cada palavra que ela diz solta um riso de fazer arrepiar todos os pelos do corpo - Só que eu vou te matar antes.

Mais um cala frio percorre meu corpo.

- Se ele não vai ficar comigo não vai ficar com você e você merece um castigo por tudo que me fez - Vinícius  volta para o carro e fica olhando seu celular - Você é uma estéril, nem poder dar um filho a ele você pode, eu sou uma mulher completa você não.

Ela tampa os ouvidos com as mãos ainda segurando a arma.

- Ele sabe, sabe que menti. Ele sabe, sabe que menti - ela fica repetindo sem parar.

Olho e Vinícius está alheio, olho para a porta e sem pensar abro-a e saio correndo, meu cérebro grita para que eu proteja meu filho.
Ouço uma porta bater mas não olho, sinto braços fortes me agarrarem, grito e me debato tentando fugir desse monstro.

Ele me vira de frente pra ele e dá um tapa com as costas da mão em meu rosto, seu tapa dói e quase caio pra trás, só não aconteceu porque ele estava me segurando.

- Fica quieta Elena, não quero piorar sua situação.

- Seu monstro, eu te odeio.

Ele me agarra e me beija a força, sua ligua pede passagem e eu a mordo com força.

- Mordeu minha língua? - ele parece incrédulo - Puta, desgraçada.

Me solta e me acerta um soco em minha têmpora. Caio no asfalto e bato a cabeça no chão e tudo fica escuro.

                              ♥♥♥

Abro os olhos devagar e tento ajusta-los   a pouca luz, minha cabeça dói assim como meu rosto. Tento acaricia-lo mas tenho braços amarrados para trás e pernas amarradas juntas. Estou no chão em algo que parece um galpão sujo e velho cheio de caixas, não sei onde estou mas estou sozinha. Medo me toma e finalmente deixo as lágrimas rolarem.

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