Capitulo onze

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- Quem é puta? - a vaca qual nome eu nem sei fala.

- Você! Vaca, puta, galinha, vagabunda. Quem é você? Quem você pensa que é pra vir aqui e dar em cima do meu namorado

- Namorado? - ela dá uma gargalhada falsa, tão falsa quanto seus peitos - Querida pelo que eu saiba Bryan é casado e a esposa dele não é você.

- Ai querida - quando duas mulheres discutem e aquela famosa palavrinha "querida" aparece, pode ter certeza que é treta - Você deveria andar mais atualizada, agora vou avisar só uma vez, se encostar nele outra vez nunca mas terá seu rostinho de volta

- Sério? Isso por acaso é uma ameaça - ela debocha

- Sim, não só uma ameaça mas uma promessa e se não sair daqui eu mesma te mostro a saída.

Ok. De onde vem tanta raiva? Não estou me reconhecendo, também nunca tive ciúme assim, Vinícius não me dava razão para ter. Agora vejo que não me conheço tão bem quanto achei.

- Elena, amor você está muito... - Bryan tenta falar mais não permito.

- CALA A BOCA BRYAN! JÁ FALEI MINHA CONVERSA É COM A PUTA. - grito descontrolada - E então querida vai sair ou vou ter que mostrar o caminho?

Ela cruza os braço me desafiando. Sem pensar logo estou a sua frente, segurando com força aquele braço magrelo e a puxo até a porta.

- Me solta sua... sua - ela aponta o dedo na minha cara - Vadia!

Sem pensar - Na verdade agora não penso em nada - corto o ar com a mão e lhe acerto o rosto com força, minha mão arde mas acho que não mais que o rosto dela, que já está ficando vermelho dando pra ver certinho meus dedos nela. Ela leva a mão onde acertei e acaricia sem acreditar no que fiz.

Merda, o que eu fiz?

- Não acredito que me deu um tapa!

- E se não sair daqui não será apenas um tapa.

Ela sai pisando duro da sala de Bryan, e eu o encaro. Ele vem me abraçar. Esse sem vergonha está rindo de mim.

- Saí - digo brava - Quem é ela Bryan? Por que ela parecia tão intima sua?

- Ela faz academia onde faço. Nada importante que você deveria saber

- Ela gosta de você? - pergunto de braços cruzados.

- Não, ela só quer que eu a foda - diz simplesmente dando de ombros.

- E vocês já tiveram algo? - digo sem esconder a raiva

- Não, não gosto de mulher oferecida.

- Eu sabia que tinha alguma coisa, não fui com a cara dela desde que a vi - Ele tem um sorriso enorme no rosto - Qual a graça?

- Nunca te vi com ciúme, você fica tão linda brava.

- Ah vá tomar no seu cú Bryan

Digo e ele gargalha, reviro os olhos e saio de sua sala, necessitando de um café preto, sem açucar.

♥♥♥

O dia foi calmo, agi feito uma criança e não diriji uma palavra a Bryan, agi como uma profissional somente me dirigindo a ele como doutor e ele parecia adorar. Ciúme? Nunca fui ciumenta isso foi uma droga. A gente normalmente tem ciúme do que é nosso, Bryan não é meu, ele é apenas meu namorado. O que sinto por ele? Será que já o amo e não me dei conta?

Falando nessas coisas lembrei que finalmente estou divorciada. Encontrei Vinicius e o advogado na hora do almoço, tudo foi calmo, Vinícius assinou e não falou uma palavra comigo, parecia até que não se importava o que é muito estranho. Quando fomos nos despedir com um aperto de mão ele me puxou pra um abraço e sussurrou em meu ouvido " você vai voltar, porque me ama" fiquei possessa, porém não disse nada apenas sorri cinicamente e sai de lá me sentindo uma nova mulher, livre de um fardo que não era meu.

- Eu vou no hospital - avisa Bryan ao parar o carro na garagem.

- Eu iria mas Rebeca não quer me ver nem pintada de ouro.

- Amanhã vamos ir ver um apartamento para você, já que Rebeca volta amanhã.

- Tudo bem.

Ele coloca a mão em minha nuca e me puxa para um beijo calmo e lento, sua lingua acaricia a minha em uma dança lenta e erótica e eu me perco em seus lábios macios e quentes se movimentando lentamente em um ritmo perfeito com o meu.

Depois de um tempo me solta, acaricia meu rosto e me dá um lindo sorriso. Saio do carro e entro na casa de Bryan.

BRYAN KAVANAGH

Cheguei já tem um tempo e fui ver minha filha, ela é muito linda, como a mãe. Vejo o que uma criança faz com alguém, eu simplesmente não consigo nomear meus sentimentos por essa pequena, é amor e muito carinho, mais aquela sensação... o que é isso?

- Bryan, ela não é linda?

- Sim Rebeca, você não cansa de dizer isso.

- É sua filha - ela diz como se para convencer alguém. Mas quem? A mim? Ou a ela mesma?

- Por que sempre você me diz isso? - questiono.

- Isso o que?

- Sempre fica repetindo que ela é minha filha.

- Eu... eu não sei. Só quero que não tenha dúvidas.

- E por que teria? - ela não responde - Isso nunca! Ela é minha menina.

Nesse momento meu celular começa tocar, entrego a menina para Rebeca e vou para a janela atender.

- Oi namorada - falo baixinho pra rebeca não ouvir, ela ainda não sabe.
- Oi namorado, vem jantar em casa?
- Sim gata, por quê?
- Nada. Eu vou te esperar.
- Quer que eu vá agora?
- Não... e Rebeca?
- Vim ver minha filha e não ela.
- Bryan, venha quando quiser.
- Vou agora, beijo linda.
- Beijo lindo.

Desligo e vou até Rebeca, digo que tenho que ir mas claro que ela protesta por ter ficado pouco tempo, mas vim por minha filha e não por ela, por isso não penso antes de ir. Mais que ansioso vou para casa para ver a mulher da minha vida.

Chego, abro a porta e chamo por Elena.

- Aqui - ela diz com sua voz doce e suave.

Sigo sua voz até a sala de jantar.

- Surpresa! - ela fala sorrindo

Todo o lugar está a luz de velas na mesa um maravilhoso jantar. Não me perguntem o que tem ou o que é , pois tudo que vejo é a maravilhosa mulher sorrindo a minha frente. Lhe puxo para um abraço e beijo o topo de sua cabeça.

- Eu te amo - digo baixinho.

- Eu... eu também te amo.

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