Capitulo dezessete

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    Estou louco, com uma vontade de quebrar tudo. Aquela desgraçada  mentiu pra mim na minha cara, sem remorsos, sem compaixão.

- Bryan o que você está falando, é claro que ela é sua filha - e ainda tenta mentir, odeio mentiras
- Para de mentir porra! - grito e não ligo se chamei atenção - Meu tipo sanguíneo é O+ e pais com o sangue O só podem gerar filhos também O e essa criança é A+
- Você está nervoso não está pensando direito.
- Você é burra ou o que? Eu sou médico caralho, não adianta querer mentir pra mim
- Bryan quer fazer o teste de DNA?
- Claro.
- Vou falar com Luiz e... - chega desse médico de merda.
- Não, você não vai se meter nisso.

Desligo furioso e ligo para meu porto seguro, Elena.

- Bryan? - ela atende com sua voz doce
- Elena estou indo pra casa, preciso de você.
- Sim.

Desligo e vou pra casa ficar com meu amor.

                    ELENA NOVAES

Bryan acabou de chegar, seu tom quando me ligou era de cortar o coração, algo não vai bem.

- Elena - ele me abraça forte, sinto sua dor e isso me corta o coração.

- Bryan o que aconteceu?

- Ela mentiu - ele sussurra e uma lágrima pinga em minha testa escorendo para o meu nariz.

- Quem mentiu?

- Rebeca, aquela criança não é minha - mais lágrimas pingam em mim

- Como? - me afasto e seco suas lágrimas, nunca o vi chorar

- Por favor, não quero falar sobre isso.

Sem dizer mais nada o abraço para que ele saiba que estou aqui para o que der e vier. Depois de um tempo nos sentamos no sofá, ele não chora mais, porém é perceptível sua dor.

- Não consigo pensar em nada, preciso doar sangue para minha filha o mais breve possível - ele para, balança a cabeça e corrige - Digo, a filha de Rebeca.

- Ela precisa de transfusão?

Bryan suspira e com calma me conta tudo até sua descoberta. Eu me sinto péssima por algo tão ruim estar acontecendo com uma pessoa tão boa como ele, ele merece tudo de bom pois é um homem maravilhoso. Imagino como deve ser dificil você passar nove mêses esperando um filho, quando ele nasce ver sua carinha, se apaixonar por aquela criança e depois descobrir que não é seu filha... Puta merda.

- Se for demais para você, eu posso doar Bryan.

- Faria isso?

- Claro. E o que você pretende fazer agora?

- O DNA e se der negativo terei que saber quem é o pai dessa criança, talvez nem saiba que ela exista - ele diz triste

- Sinto muito - sou sincera, eu realmente sinto muito.

- Eu também. Eu também sinto muito.

   Começo a me sentir mal, a tontura e aquele enjoo voltaram, tenho sentido com mais frequência. Abaixo a cabeça e fecho os olhos tentando me recompor

- Elena você está bem?

- Eu est... - não consigo terminar a frase a tontura está mais forte.

- Você está sentindo algo?

- Eu...

Não termino a frase uma escuridão me toma e eu apago.

                            ♥♥♥

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