Meu Médico

Capitulo quinze

Tudo o que penso agora é em encontrar Elena, fiquei alguns dias longe dela e parece que vou morrer se não a ver logo. Comprei um anel de noivado de platina com um único diamante, a peça é delicada como Elena, resolvi que não a pedirei em casamento até sua mãe estar em casa e boa.

Não sei se os sentimentos de Elena são tão fortes como os meu, espero que sim pois esta mulher virou minha cabeça. Tudo que passamos parece uma verdadeira história de amor porém tenho uma sensação estranha de que algo não vai bem ou não vai ficar bem, espero que não seja nada e apenas coisa da minha cabeça pois se não for, a coisa será grande.

Meu celular vibra em meu bolso, pego e vejo o nome "ELENA" na tela, logo tenho um sorriso bobo no rosto.

- Oi namorada
- Bryan, minha mãe está em casa ela acabou de chegar
- Sério amor, que bom
- E eu... bom, você não precisa mais voltar
- Por que não?
- É melhor a gente não se ver.
- Nossa, muito maduro de sua parte terminar comigo por telefone
- Só queria evitar que gastasse mais dinheiro
- Eu estou no aeroporto, logo estou ai e vamos conversar!

Desligo sem esperar respostas, não preciso que ela me explique pois sei que tem haver com Rebeca. Só não entendo por que ela não se deixa ser feliz?

Ah minha doce Elena, por que você tem que ser assim?

               
                    ELENA NOVAES

Recebi uma ligação de Rebeca e aquilo cortou meu coração. Suas palavras passeiam por minha mente a cada segundo, cada uma delas. Parece até que ouço sua voz dizendo: "Espero que esteja feliz, estragou a vida de uma criança a privando de um lar feliz com um pai e uma mãe unidos"

Foi tudo o que disse e desligou, eu chorei por não poder mais uma vez ser feliz, por que essas coisas só acontecem comigo? Não é possível, não sou uma pessoa ruim e nunca poderia estragar a vida de um ser inocente, por isso prefiro desistir de Bryan antes que eu me apegue mais do que já estou.

Rebeca está certa, eu arruinei a vida de uma criança, eu sou um monstro.

- Elena! - ouço Bryan chamar.

Me levanto do sofá e vou abrir o portão para ele. Assim que abro o portão me viro e não olho para ele, volto para dentro da casa e ele me segue

- Elena, precisamos conversar

- Não vejo sobre o que, já fui clara na ligação - me manter fria com ele, foi esse meu brilhante plano, quem sabe não funciona né?

- Não, não foi. O que está acontecendo? Por que mudar de ideia assim do nada?

Viro de costas para ele não ver o que realmente sinto e tento conter as lágrimas que querem cair.

- Por que percebi que não te amo. É isso. - falo com dor no coração. É melhor assim.

- Você só está preocupada com sua mãe.

- Se você ainda quiser ser meu amigo por mim tudo bem - Mentira, não está nada bem

- Olhe pra mim - não o faço, não quero que ele me veja chorando, vai saber que minto - Elena, olhe pra mim!

Me viro e sei que nesse momento ele sabe que estou mentindo. Ele vem até mim e me envolve em seus braços, os braços que desejei, que mais senti saudades

Quem eu quero enganar? Sou egoísta e não quero deixa-lo, mas a pequena Suzana precisa mais dele do que eu.

- Por favor não faça isso com a gente - ele sussurra