Capitulo dezenove

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BRYAN KAVANAGH

Já fazem 6 horas que Elena foi sequestrada, já escureceu e a cada hora que passa mais preocupado eu fico. Falei com os policiais e eles não queriam fazer nada, disseram que só poderia dar queixa depois de 24 horas, mas eu não desisto fácil. Falei com um amigo meu e contei da ligação então eles começaram a agir, porém não vou ficar parado esperando alguma notícia.

Liguei para o meu tio, pois ele é um ótimo detetive. Expliquei a situação é ele quer rastrear o celular de Elena já que Vinícius fez contato com ele, mas tem a possibilidade dele ter se livrado do aparelho ou retirado a bateria para não poder ser rastreado, meu tio me garantiu que Vinícius pode voltar a fazer contado e se ele assim o fizer meu tio vai conseguir rastrear o aparelho. Infelizmente ele não mora aqui, sei que está vindo e assim que chegar encontrarei Elena.

Essas horas tem se arrastado me torturando a cada segundo. Meu amor e meu filho estão correndo perigo e eu juro que se encontrar com esse filho da puta vou mata-lo com minhas mãos.

ELENA NOVAES

Acordo com um barulho alto. Acabei dormindo, depois de desmaiar acordei e tentei uma nova fuga, em vão é claro. Olho e é Vinícius, ele trás nas mãos algo que está em uma sacola preta.

Se ajoelha e se senta sobre os calcanhares, tira um kit de primeiro socorros, pega um algodão e coloca algo que acho ser soro fisiológico e passa em minha têmpora, depois coloca um pequeno curativo. Ele tira um sanduíche de um potinho de plástico e um suco de caixinha, desembrulha o sanduíche e o trás para perto de minha boca, viro a cabeça para ele ver que não quero, mesmo estando morta de fome.

- Você tem que comer - ele parece até um homem bom, sei que só quer me acalmar.

- Vai se foder - digo com todo ódio que tenho.

Ele aperta minhas bochechas com a mão livre me forçando a abrir uma pequena brecha, com a outra mão ele corta um pedaço do sanduiche e coloca em minha boca pela pequena passagem, solta minhas bochechas e enquanto isso abre o suco. Mastigo um pouco e cuspo em seu rosto e em troca recebo um tapa na cara.

- Só quero seu bem porra! - ele grita e se levanta limpado o rosto com a mão.

- Se quer meu bem me deixe ir

- Não, você é minha. Você me pertence.

- Não sou um objeto, pare de me tratar como um. - ele é doente.

- Você tem que ficar comigo e não com aquele merda.

- Bryan é um homem bom e eu o amo - outro rapa me acerta o rosto.

- Quer saber? Morra de fome, de qualquer jeito não vai fugir daqui e o seu namoradinho também vai me pagar caro.

Ele sai e Rebeca entra, parece pior do que antes, seus cabelos não tão bem arrumados suas roupas largas, desconfio que sejam de Vinícius e seus pés descalços nesse chão sujo. Ela tem a arma em sua mão e assim que se vê sozinha comigo a aponta para mim.

- Você! - ela balança a arma de um lado para o outro - Arruinou minha vida, por culpa sua Bryan sabe que aquela putinha não é filha dele.

Se eu sair viva dessa terei a chance de levar comigo alguma informação dessa criança.

- Se ele não é o pai, quem é?

- Bem - ela dá uma risadinha - Um francês gostoso.

- E onde ele está?

- Na cadeia - ela gargalha, essa mulher é louca, doida, pirada - Eu o mandei pra cadeia e vou te mandar pro inferno!

- Rebeca, ouça posso te ajudar!

- Mentira! - ela grita e atira em umas caixas que estavam perto de mim.

Vinícius entra correndo e olha pra Rebeca tomando sua arma. De onde será que eles se conhecem?

- Saí daqui - ele diz, ela sai.

- O que ela tem? - mesmo ela querendo meu mau sei que não está bem e querendo ou não me preocupo.

- Um pouco destabilizada, você não sabe do que uma mulher rancorosa é capaz.

- Como a conhece? - essa pergunta não saí da minha cabeça.

- Mundo pequeno. A vi por ai antes de ter o bebê, reconheci do jantar daquele dia com o bosta e soube quem era. Conversa vai e vem acabamos virando amigos, até que ela quis dar um sumiço em você, aconselhei ela a agir normalmente e não arrumar confusão com Bryan pois eu já tinha esse plano em mente. Eu te queria ela queria você fora do caminho, os dois ganham e aqui estamos nós.

- Doente.

- Não se preocupe meu amor, em alguns dias vamos para a Alemanhã viver como um casal feliz.

- Por que tudo isso Vinicius?

- Porque você é minha, já lhe disse, estou com saudades dos seus gemidos, da sua boceta - ele está perto de mim, perto demais.

- Fica longe de mim.

Ele desamarra meus pés, me levanta do chão e me leva dali. Saímos e seguimos por um corredor muito claro, depois entramos em uma porta e a mesma foi trancada assim que entramos. É um quarto, puta merda.

- Preciso de você! - ele diz se livrando da blusa

- Por favor não - dou passos para trás na tentativa de me proteger e logo estou com as costas coladas a parede.

- Vai me dizer que não senti saudades do meu pau?

Ele me prende contra a parede e seu corpo e beija meus pescoço enquanto suas mãos passeiam por meu corpo.

- Vinicius me solta - luto em vão para tentando desamarrar meus pulsos.

Ele não para, me mantendo firme, desamarra minhas mãos e então se livra de minha blusa e me leva pra cama. Como ainda tem as cordas que tirou de meus pulsos ele as usa e me prende na cabeceira da cama e fica me olhando.

- Linda, perfeita.

- Vinícius... não - lágrimas rolam de meus olhos. Meu filho.

- Por que não? Vou te fazer lembrar como você gostava do meu pau. - ele diz abrindo o cinto e o botão da calça.

- Eu to grávida - quem sabe assim ele não para.

- Vai ter um filho? Como? Com ele? Com aquele merda!

Ele vem pra cama, acho que para me bater, porém barulhos de carros um tanto distantes o param. Ele olha pela janela e tenta soltar minhas mãos rápido mais está nervoso e só se atrapalha.

- MICHAEL VINÍCIUS ALENCAR BENNET SAIA COM AS MÃOS PARA CIMA VOCÊ ESTÁ CERCADO! - ouvimos uma voz masculina bem alta soar.

- Merda - ele destranca a porta e sai correndo de lá me deixando amarrada.

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