Capítulo VIII

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Fernanda Albuquerque 

Nós caminhamos pelo estacionamento escuro e entramos no elevador. Marcos estende o braço para apertar o botão do terceiro andar e observo como os músculos dos seus braços se ondulam quando ele se estica. Agora, de perto, observo que cada centímetro dos seus braços é definido, fico curiosa em saber o que mais é definido e me pego sorrindo com o pensamento. Ele dá um passo em minha direção e para, ficando de costas para a porta do elevador. Lentamente se aproxima e inclina à cabeça no meu pescoço, ele inala profundamente, é animalesco e erótico ao mesmo tempo, seu nariz capturando meu cheiro para si. Quando ele fala sua voz sai rouca, seu hálito quente arrepia meu pescoço.

 — Você está aqui — olho para ele e respondo com minha respiração ofegante. 

— Estou. 

 Minha pulsação acelera quando ele levanta a cabeça e encosta os lábios nos meus, dessa vez delicadamente, sua língua percorre a minha boca, seus lábios mordiscam os meus, essa delicadeza no seu toque me faz querer puxá-lo para mais perto. E assim eu faço, ao contornar seu pescoço com meus braços, enquanto minha língua o invade com urgência e lasciva, chegamos ao seu andar. Saímos grudado um no outro, paramos apenas para ele abrir a porta do apartamento e continuamos nossas carícias. 

 Envolvo seu corpo com as minhas pernas enquanto ele me leva para seu quarto. Sua boca explora meu pescoço de formas que me deixam arfante. Ele me coloca no meio da cama, mas não se junta a mim imediatamente, fica parado a me olhar. Seu olhar parece capturar cada parte de mim, traçando uma rota no meu corpo, acompanho o sorriso que surge nos seus lábios quando ele captura meu olhar no seu. 

 Ele é um conquistador e eu estava permitindo ser conquistada nesse momento. Levanto a mão e ofereço a ele, meu corpo urge em necessidade do seu toque. Marcos olha para minha mão, depois para meus olhos, pega minha mão e se aproxima de mim. 

 Lentamente sinto seu corpo próximo ao meu, seus olhos castanhos escuros penetram meu olhar e eu não consigo desviar. Sua mão desliza para o meio das minhas coxas e devagar empurra a minha calcinha. Seus dedos tocam a minha parte mais sensível de forma meticulosa e lenta, gemo em meio ao toque. Seus olhos ainda não deixaram os meus. 

 Ele prossegue a fricção de modo lento, parece querer me torturar, meu corpo quer mais e responde arqueando em direção ao seu. Ele parece não se importar com minha urgência e continua massageando meu clitóris no seu ritmo. Meus olhos se fecham quando sinto sua outra mão passar pelo meu corpo enquanto sua boca começa a distribuir beijos nos meus seios. Na verdade são mais que beijos, são mordiscados que me enlouquecem. Capturo novamente o olhar de Marcos, ele me surpreende ao levar sua boca em direção ao meu pescoço e sugar o lóbulo da minha orelha antes de sussurrar com seu sotaque carioca arrastado. 

— Você é ainda mais gostosa do que eu pensei. 

 Eu não respondo apenas envolvo minhas pernas contra seu corpo de modo que sinto sua ereção. Ele volta a plantar beijos pausados pelo meu corpo. No meu pescoço, nos meus seios, na minha barriga, na parte interna das minhas coxas. Suspiro. Forço meu corpo contra o seu e ele libera um pouco o espaço entre nós. 

Sentados um em frente ao outro, eu retiro sua camisa e sorrio quando noto uma barriga definida, não resisto e passo as mãos sobre seu abdômen definido, chego até o zíper do seu jeans e ele me interrompe, quando estou prestes a reclamar seu corpo cai sobre o meu.

— Deixe-me provar você por completo. Eu ainda estava completamente vestida, ele retira meus saltos, puxa meu vestido por cima e em segundos a calcinha de renda se vai. Sinto o calor da sua boca na pele mais sensível do meu corpo. Sua língua me provoca e não resisto, puxo seus cabelos em direção ao meio das minhas pernas, gemo quando ele compreende a minha urgência e aumenta a sucção. Meu orgasmo vem com a sua boca em mim. 

DESTINO - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora