Capítulo 19 - Breno Nero Setgh II

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Diga-me uma frase.

– Valeu pela carona. – Digo, cumprimentando-o.

– De boas, fera. – Ele me cumprimenta. – Quando teu irmão chegar a gente vai para um rolé na cidade.

– Já é já. – Digo, saindo do carro – Falou!

Ele dirige o carro como se não houvesse amanhã.

Já estava de noite quando voltei, achei melhor deixar os familiares resolverem seus problemas sozinhos, por isso passei o dia fora, ou tentei me convencer de que era por isso.

Quando entrei em casa aparentemente não tinha ninguém, passei direto e fui para o quarto, a porta do quarto de Alie estava escancarada e fiquei curioso para ver. Fiquei surpreso quando entrei, tudo lá dentro estava jogado no chão, tinha um monte de porta-retratos quebrados e fotos amaçadas no chão, pego uma delas, eram fotos dos pais dela, pelo que parece ela guardava várias fotos deles. Há muito vidro no chão, é melhor chamar alguém para ajudar isso. Quando saio do quarto me toquei que não sei aonde Alie está.

Vou até a casa de Ahai, ele está lá sozinho, lutando contra porta, como se soubesse que tem algo errado com a dona dele. A encontro na cozinha, com a cabeça deitada no braço e com um copo na mão. Vejo também, com ela, um monte de garrafas vazias de bebidas alcoólicas, me pergunto o que ela estava fazendo.

– Alie? – Ela levanta a cabeça como se percebesse que alguém a chama, mas abaixa de novo como se não tivesse encontrado esse alguém – Há mais alguém nessa casa? – Ela faz que não com o dedo. – Você está bêbada? – Ela faz que não com o dedo de novo – Então você não bebeu tudo isso?!

– Sim. – O jeito como ela respondeu confirmou que ela já estava mais do que bêbada e que provavelmente ela vai acordar amanhã com a maior ressaca do mundo.

– E por que você bebeu tudo isso? – Pergunto, me aproximando.

– Os jovens fazem isso, não é? – Ela diz, se vira para mim – Você quer?

Um copo levita e para bem na minha frente. Ainda fico surpreso com as habilidades dela. Pego o copo do ar e o coloco em cima da mesa. Pego no braço dela e a ajudo a levantar.

– Vamos lá para cima, você já bebeu demais. – Digo, ajudando-a a andar.

No caminho até o quarto foi bastante difícil, ela estava cambaleando o tempo todo e ficava rindo do vento. Deve ter demorado uns vinte minutos até chegar no quarto. Ela se joga na cama, ela estica os braços e sorri.

– Eu estou voando, eu sou um pássaro. – Ela diz, com os braços esticados para o céu, ela abre os olhos e olha para mim e parece ficar irritada – Eu não sou um pássaro, você que é. – ela começa a dar altas gargalhadas, com certeza Alie nunca tinha bebido antes na vida.

– Talvez você devesse tomar um banho. – Digo, ficando irritado, me pergunto se eu ficava assim quando tinha bebido demais.

– Tudo bem. – Ela diz, tirando a camisa. Fico de boca aberta, mas não viro o rosto, sinceramente, não tive nenhuma vontade de virar o rosto. Ela levanta a camisa até um tanto abaixo dos seios – Não lembro como tirar a minha camisa. – Ela solta a camisa, cobrindo seu corpo de novo.

– Então, apenas vá dormir. – Digo, já irritado – Vou para o meu quarto.

Ela dá um salto da cama para a porta.

– Fica aqui. Vamos conversar um pouco. – ela diz, me levando até a cama.

Fico vendo enquanto ela mexe nos cabelos, como se não soubesse o que fazer com eles.

Uma vez em uma lua azulWhere stories live. Discover now