Epilogo

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– Alie, levanta. – Ele começa a me sacudir – Alie, acordar, amor, levanta!

– Breno. – Digo, sonolenta – Por que está me acordando tão cedo. – Olho no relógio, sonolenta – BRENO! São duas da manhã – jogo um travesseiro nele – Sai daqui!

– Levanta! – Ele beija minha bochecha e continua me beijando até chegar no canto da minha boca. – Levanta. – Ele pega o meu braço e coloca em seu ombro, ele me carrega.

– Ei, ei, me põe no chão. – Digo, esperneando. Ele me coloca no chão – Vou até o banheiro lavar meu rosto.

Vou até o banheiro. Passo alguns minutos dormindo em pé. Jogo uma água no meu rosto. E escovo, rápido, meus dentes. Saio do banheiro de olhos fechados.

Breno segura na minha mão.

– Vem. – Ele me guia até algum lugar. Mesmo de olhos fechados sei aonde estamos, estamos parados na frente da janela.

– Podíamos olhar pela janela amanhã. – Abro meus olhos, ele está no telhado. Ele me puxa, para no telhado também. – Se eu cair daqui porque estou sonolenta se prepare para morrer.

– Olha. – Ele aponta para a lua.

Finalmente acordo.

– Não lembrava que hoje era dia de Superlua.

Ele segura nas minhas duas mãos e fica na minha frente, ele começa a andar de costas e me a me guiar.

– Você provavelmente não se lembra, mas eu prometi que iriamos voar juntos um dia e...

Ele se joga do telhado do terceiro andar e eu vou junto.

Depois de tudo que aconteceu eu não acredito que vou morrer por causa de uma queda do terceiro andar. Meus olhos estão fechados há algum tempo e não entendo o motivo de eu ainda não estar sentindo dor ou pelo menos estar desmaiada. Quando abro meus olhos estou flutuando, estou bem mais no alto, mais alto que a minha casa e Breno está rindo feito um maluco. Sinceramente, é horrivelmente magnifica a sensação de estar me locomovendo sem meus pés estarem tocando algo. E eu estou em pânico.

– Podemos descer?

– Quando chegar ao lugar. – Eu me agarro a ele e mantenho meus olhos fechados. – Você vai perder toda a diversão se continuar com os olhos fechados.

Abro apenas um dos meus olhos, as casas pareciam tão pequenas e nós tão longe. Olho para cima o céu está incrivelmente lindo. Esse foi o único segundo que permaneci com os olhos abertos. Só os abro novamente quando sinto meus pés tocando algo sólido. Terra, doce e amada terra, poderia abraçá-la agora.

Breno ainda está rindo. Estou pronta para gritar com ele quando vejo aonde estamos. Estamos em uma praia, meus pés descalços estão sentindo a área gelada e a água que chega até nossos pés. A luz da lua está dando uma coloração linda e brilhante a água. Parece uma imagem tirada da internet.

– Isso é lindo. – Digo. Estou realmente sem palavras, são as únicas palavras que consigo dizer. Breno me abraça por trás. – Como encontrou esse lugar?

– É bem fácil encontrar lugares assim quando se pode voar. – Ele diz, sorrindo.

Viro-me para ele.

– Obrigada por ter me trazer aqui.

– Eu amo você.

– Eu amo você também.

Ele me beija.

É uma sensação ótima quando se tem certeza do amor. Se pudesse fazer um pedido não pediria para que o mundo parasse enquanto nos beijamos, pediria para que as pessoas acreditassem no amor. Porque a única certeza que tenho agora é em relação a esse amor.

– Vocês podem parar de se agarrar agora! – Diz Amanda, vindo de mãos dadas com Alexandre. Finalmente! Finalmente esses dois resolveram assumir um compromisso.

Abraço Amanda.

– Isso é tão bom! – Digo, um tanto animada.

Breno nos toca. E então nós duas começamos a flutuar, dois centímetros do chão depois caímos.

– Vocês são muito pesadas. – Ele diz.

Breno sai correndo porque Amanda está na posição de ataque. Ela sai correndo atrás dele. Alexandre e eu começamos a rir. Olho para Alexandre, seus olhos me dizem que ele está pensando no mesmo que eu. Apenas ergo meu braço. Vejo ao longe os dois levitando.

– Ei, nos põe no chão! – Grita Amanda.

Eu os coloco no chão.

– Muito engraçado! – Grita Breno, vindo correndo.

Amanda estava bem a minha frente com uma risada sínica, de repente um monte de água desvia dela, passam pelo lado dela, e me atingem.

– Isso não é justo! Só porque minhas habilidades não são tão legais assim. – Reclama Alexandre.

Olho para Amanda. Ela faz a mesma coisa com ele e depois eu o jogo na água. Em seguida todos nós pulamos na água.

Esse poderia ter sido um final perfeito para essa história. Pena que é apenas o início. Ainda há muita coisa no nosso futuro, muita coisa a se superar. Será que vamos chegar em um " felizes para sempre? "

Estamos todos caminhando para isso, não e?!

Não precisa ser para sempre, mas que seja infinito enquanto dure.


Uma vez em uma lua azulWhere stories live. Discover now