Sanoar e os Elementais

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 ❤ Ótima leitura e espero que gostem ◕‿◕

Ela viu ao longe uma coisa enorme que se erguia.

— Um castelo. — disse Délia que alcançou sua carroça, logo eles puderam descer, Délia foi falando.

— Estão vendo crianças, aquela coisa imensa lá à frente? São os portões do reino, todo ele é cercado e vigiado dia e noite, depois dele encontrarão Sanoar a cidade da sabedoria. A reunião dos sábios com os elementais e o rei é feita nessa cidade desde os primórdios.

Panda se lembrava dessa palavra também, e entendeu, Délia continuou.

— O castelo do nosso senhor ficará logo à frente e será visto por vocês de longe, será lá nosso destino final.

Assim que os portões de Sanoar abriram Panda quase perdeu a noção de suas pernas, nunca nem mesmo quando imaginava a coisas que os anciões narravam, ela conseguiu imaginar algo tão lindo.

— Isso são tocas aonde as pessoas vivem?

— São casas. — respondeu Délia alegre.

Panda estava deslumbrada. Casas estavam por toda parte, pessoas ocupadas com seus afazeres paravam para cumprimentar a comitiva.

Crianças de vários tamanhos acenavam para eles e os soldados respondiam com um aceno de cabeça.

Panda passou a fazer o mesmo quando via um aceno que parecia ser para ela, ou mesmo quando não parecia, ser ela acenava do mesmo jeito com a cabeça para os curiosos.

Os cheiros deixavam Panda atordoada, não sabia nada de nada, mas apreciou vários que sentiu, assim como não gostou de outros tantos.

Casas ao lado de casas, pessoas carregando coisas. Umas casas maiores que as outras com homens segurando canecas e esses, levantavam sua bebida em direção da comitiva saudando os viajantes.

Também passaram por casarões com moças em vestidos de cores fortes que sorriam para os soldados e os chamavam com um gesto de mão, e até mandavam beijinhos para eles.

Panda sem se importar que não fosse para ela aqueles gestos, respondia mandando beijos de volta e as mulheres riam alegres para ela retribuindo com um aceno simpático, ou mesmo com um beijo especial somente para ela.

Logo chegaram a uma rua onde, segundo Délia, havia lojas e barracas e era o centro de comércio. Ela ia tirando as dúvidas sorrindo para quantas crianças conseguia olhar.

Se os cheiros atordoaram Panda no começo, ali quase a fez desmaiar. Eram muitos, agridoces, azedos, gostosos e adocicados. Outros que faziam seus olhos arderem e outros tantos que fazia com que sua fome se agitasse.

Logo aquela balburdia ia ficando para traz, a frente se via somente uma longa e larga estrada, com casas maiores, mais distantes uma das outras. Depois nenhuma casa mais estava à vista, somente árvores baixas e em seguida flores, muitas delas de cores variadas.

Tudo o que podia dar nomes Délia ia dando conforme seguiam.

Panda não saberia dizer se conseguiria lembrar depois o que era uma árvore se visse uma, ou flores ou mesmo grama, mas naquela hora não conseguia esquecer porque eram de uma beleza sem igual.

Os guardas abriram os portões e eles passaram por uma ponte. O pequeno lago que cercava o castelo fez Panda querer entrar ali, e matar a saudade da água da revoltosa, adorava aquela imensidão de água que via.

O castelo se erguia imponente e amedrontador à frente, os portões se abriram assim que se aproximaram. Panda entrou com os outros tão receosa quanto eles.

Sanoar 1- Crianças Herdeiras-(DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora