CAPÍTULO 8 Ricardo Gouvea

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CAPÍTULO 8

Ricardo Gouvea

O restante da minha terça-feira foi de muito serviço, me afundo nos projetos pois não quero ficar pensando na Ana Gabriela e acabar me complicando mais. Ela já deixou claro que não quer que eu me aproxime e é isso que vou fazer. Resolvo sair as 17:30h quero aproveitar e procurar alguns apartamentos para alugar. Vou direto para o hotel, me troco, corro um pouco na praia para recarregar as baterias, volto para o hotel e peço serviço de quarto, uma sopa e omelete. Depois de comer, sento na cama com o laptop no colo e começo a procurar por apartamentos disponíveis para alugar no Rio de Janeiro, logo começam a aparecer opções em Niterói e é inevitável pensar na Ana Gabriela.

- Que droga! Porque essa mulher mexe tanto comigo.

Esbravejo, me recosto na cama e penso como devo agir de agora em diante. Vai ser estranho tratá-la com indiferença, mas não precisa ser assim tão radical. Eu só não posso chamá-la para o happy hour ou para almoçar. Ou para almoçar eu posso?

- Ahhhhhhhhhhh que droga! Pareço um adolescente.

Depois de respirar bastante e me acalmar, volto pra minha pesquisa e seleciono alguns apartamentos que quero visitar. Por fim resolvo assistir um pouco do noticiário e depois dormir.

Acordo na quarta-feira antes do despertador e resolvo ir um pouco mais cedo para o escritório para compensar que saí cedo ontem. Me arrumo com uma calça bege e uma camisa social rosa clara. Desço, tomo café e pego um taxi, como todos os dias peço para o taxista parar na porta do prédio, enquanto aguardo o troco reparo no carro da frente, tem um casal dentro do carro e vejo na hora que o motorista virá para se despedir, eu conheço esse rapaz. Quando o mulher desce do carro e olha diretamente pra mim e identifico a Ana Gabriela, rapidamente reconheço o motorista, é o rapaz do TI o tal Dudu.

Não consigo evitar a minha frustação e percebo que a Ana Gabriela também percebe, por sorte o taxista buzina chamando minha atenção e me entrega o troco. Olho pra ela e sinto que vai me dizer alguma coisa, então digo bom dia e sigo em direção ao prédio.

Não quero encontrar com ela na entrada e resolvo subir os 7 andares de escada, vai ser bom um exercício pela manhã. Entro no escritório e devido o horário a Renata ainda não está na recepção, passo na copa pego uma xícara de café e me tranco na minha sala. Depois que consigo me concentrar no trabalho a coisa flui e aproveito a hora do almoço para marcar com alguns proprietários a visitação dos apartamentos. Vou ver dois hoje e preciso sair as 15h, preciso comer alguma coisa antes de sair. Penso em perguntar a Ana Gabriela mas não estou a fim de ouvir desculpas então resolvo ligar para a Renata.

- Recepção, boa tarde.

- Renata, Ricardo Gouvea, tudo bem?

- Oi, Ricardo, no que posso te ajudar?

- Você sabe algum lugar que entregue comida aqui no prédio?

- Sim, temos várias opções de restaurante. Me diz que tipo você gosta que eu peço a Gabi para solicitar.

- Não é necessário eu mesmo posso pedir. Aquele restaurante que eu almocei ontem entrega?

- O Vida Verde?

- Esse.

- Entrega sim, anota o número por favor?

- Pode falar.

Depois de ligar e encomendar meu almoço, eu continuo focado no serviço. Só desperto quando o telefone toca. É da recepção.

- Oi Renata?

No Ritmo do ZoukOnde histórias criam vida. Descubra agora