Eu não sou uma menininha inocente.
A vida está me ensinando a duras penas como ela verdadeiramente é.
E por isso sinto cheiro de algo errado neste quarto.
E eu tenho que confiar no meu instinto.
Até o último momento eu vou confiar no meu instinto.Lucas não é culpado .
Somente essas três palavras martelavam na minha cabeça quando eu entrei na ambulância e segurei sua mão fria.
O corpo de Lucas que sempre me aqueceu e me confortou, agora estava frio e molenga.
Eu estava em choque. Olhava para Maurício sentado nesta ambulância ao meu lado e não tinha lágrimas para chorar.
Só clamava mentalmente para ter o meu Lucas de volta.
Chegamos ao hospital e Lucas foi rapidamente atendido.
Maurício o acompanhou a todo o momento.
Meus pais vieram para o hospital na companhia de Nívia e eles permaneceram ao meu lado na sala de espera.Todos muito apreensivos e descrentes do que acabamos de presenciar.
O meu Lucas vai voltar!
Depois de quase uma hora esperando, Maurício veio ao nosso encontro na sala de espera.
Corri na frente e olhei fundo nos olhos do meu irmão.
― Então, quais as notícias?
Maurício segurou meu braço.
― Lucas está sendo acompanhado por uma vasta equipe. Colegas muito competentes.
― Ainda desacordado? ― perguntou Nívia, aproximando-se.
― Sim, ele ainda está desacordado.
― Por quê??? ― perguntei.
― Não sabemos nada de concreto. É muito prematuro ainda para dar um diagnóstico, pois Lucas está passando por diversos exames.
― Dani, por enquanto é apenas isso que Maurício pode dizer. ― Meu pai abraçou minha cintura.
― Não! Maurício, você tem que falar que o Lucas está acordado e bem! ― as lágrimas finalmente vieram.
― Você tem que manter-se calma. ―disse meu irmão.
― Isso temos que manter a calma.
― Doutor Maurício.
Um enfermeiro abriu a porta e chamou pelo meu irmão.
― Daniela, escute a Nívia! Fique calma, tudo vai dar certo. ― ele saiu.
Não conseguia parar de chorar.
Eu simplesmente desmoronei nos braços do meu pai.
Fui escorregando e só vi a minha mãe em minha frente com um copo de água e Nívia medindo minha pulsação.Eu queria agora o Lucas que me levava em sua bicicleta para conhecer e viver os momentos mais maravilhosos.
― Você precisa se acalmar. ― repetiu Nívia.
― Filha, nós temos que ser fortes para ajudar o Lucas. ― disse minha mãe.
***
Mais algumas horas passaram-se e finalmente meu irmão retornou.
― Ele estabilizou, já está no quarto.
― Eu posso vê-lo? ― perguntei.
― Ainda não sei, mas prometo que você vai reencontrá-lo em breve.
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Sonhos Roubados (REVISANDO)
RomanceDaniela cursa Faculdade de Assistente Social. Passou como uma das primeiras colocadas da principal Faculdade Federal da sua cidade. E isso enche de orgulho sua mãe, Helena e seu irmão Maurício. Dani sempre foi uma menina cheia se vida e disposta a a...