A semana passou e eu nem percebi!
Sempre que os plantões do Lucas permitia ele marcava pra gente se ver.
Muitos beijos, carinhos, praia, pôr do sol e risadas.
Eu não sabia o que a gente era. Não estava nada definido.
Não havia cobranças.A única certeza que tínhamos é que a gente queria ficar junto.
― Vamos amanhã até a ONG do Théo? ― propõem Lucas.
― Amanhã não posso. Tenho consulta marcada na Psicóloga.
― Tudo bem, marcamos para a minha próxima folga. Você vai adorar a ONG!
***
Depois das festas de Final de ano, chegou o dia da minha primeira consulta com a minha Psicóloga.
O dia estava meio nublado, mas eu acordei de bom humor, por isso pedalo e vou cantarolando até o meu destino.
Cheguei ao Hospital e prendi minha bicicleta no local indicado. Enquanto caminhava pelo bem cuidado jardim, um carro do outro lado da calçada me chamou a atenção.
Aquele carro andava a menos de vinte quilômetros e eu que pensei que havia perdido essa sina de mania de perseguição, me vi em pânico.
O hospital era cercado por uma grade, mas dava para enxergar todo o ciclo da movimentava avenida do centro. Olhei para os lados não tinha ninguém, então a única coisa cabível ao momento era acelerar meus passos e entrar no hospital.
Só que antes de eu dar meu próximo passo, o motorista tal carro suspeito, abaixou o vidro e então meu corpo gelou.
― Isso só pode ser um pesadelo!
Eu vi o Roger naquele carro. Ele sorria para mim.
Acelerei.
Meu coração disparava e eu só queria sair dali rápido.Finalmente minhas pernas alcançaram a recepção do hospital.
― O que houve Daniela?
Todos ali me conheciam. Não por eu ser apenas paciente e sim porque meu irmão fazia questão de me apresentar para cada colega de seu trabalho.
Bianca, a recepcionista, me olhava assustada. Eu devo estar passando uma péssima impressão.
― Está tudo bem ― passo a mão pela minha testa suada ― Já está no horário da minha consulta?
― Sim. A Senhora já pode subir.
Sigo para o elevador e aciono o botão do quinto andar.
Logo sou recebida por minha médica.
― Boa tarde Daniela. ― ela senta-se em minha frente ― Conte-me sobre sua semana, foi tudo bem?
― Eu vi o Roger. ― sou direta.
Meu corpo treme involuntariamente.
― Não tem como você ter visto o Roger. Recorda-se que ele está morto?
― Sim Doutora. Mas eu vi o Roger rondando o hospital! Ele sorriu para mim.
Começo a chorar compulsivamente. Minha médica me oferece um lenço de papel e um copo de água.
― Acalme-se querida.
― Ele está voltando para me matar.
― Nesses casos, como o seu, é muito comum ter alucinações.
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Sonhos Roubados (REVISANDO)
RomansaDaniela cursa Faculdade de Assistente Social. Passou como uma das primeiras colocadas da principal Faculdade Federal da sua cidade. E isso enche de orgulho sua mãe, Helena e seu irmão Maurício. Dani sempre foi uma menina cheia se vida e disposta a a...