Eu acordei e estava amarrada e amordaçada.
Mesmo estando meio sonolenta, me esforcei para abrir os olhos.Estava em um local escuro, úmido e com um odor de terra muito forte.
Aos poucos fui recobrando a minha lucidez e uma angústia começou a pesar em meu peito.
Tentei soltar minhas mãos.
Balancei o corpo tentado criar atrito para me liberar daquelas amarras e quando senti de leve cortar meus pulsos, parei.Percebi que seria em vão.
Lágrimas de desespero começaram a brotar em meus olhos quando a porta abriu.
Um rangido de madeira antiga e a luz forte da parte externa me fez fechar meus olhos.Senti duas mãos me pegarem pelos ombros e me colocar sentada no chão com muita facilidade.
Só podia avistar as botas, mas eu reconheci aquelas botas.
Quando ia levantar o rosto para encarar a quem eu tinha certeza que estava ali, Roger puxou um caixote e se sentou a minha frente.
Sim, Roger Cruz.
Ele me olhava e sorria.
Meus olhos molhados de lágrimas passeavam inquietos pelo rosto de Roger tentando entender o que o levou a fazer isso comigo.
― Princesa, vou tirar isso da sua boca.
Roger puxou ligeiramente a fita que tampava a minha boca. Movimentei meus lábios que pareciam estar dormentes.
E olhei novamente para Roger.
Não entendia porque ele continuava a sorrir. Ele me sequestrou e parecia feliz com isso!
― Roger, o que está acontecendo?
Minha voz saiu trêmula e com certa dificuldade.
― Nada demais meu amor. Só lhe trouxe para seu Castelo.
― Castelo? Roger eu não estou entendendo? Castelo isso aqui? ― digo olhando em volta.
― Realmente, vou te levar para a casa grande. Tenho uma surpresa para você.
Em um só movimento, Roger me colocou de pé. Sem tirar minhas amarras, ele me segurou pelo antebraço e me tirou daquele lugar onde estava.
Era noite.
Porém eu não tinha a mínima ideia que horas são. Eu não estava com meu relógio, meu celular e muito menos minha mochila.
Segurei as lágrimas e olhei em volta.
Eu precisava me concentrar e achar um meio de fugir!
Caminhávamos para casa que parecia um sítio. Não tinha a mínima ideia em qual localidade estava, mas se via que era interior e que não tinha vizinhos próximos.
E foi nesta caminhada que descobri que eu estava em uma garagem desativada no fundo do terreno.
Entramos e a casa era aconchegante e linda. Simples como todas do interior, mas muito confortável.
Roger me arrastou até a sala. E foi ali que descobri que uma lareira aquecia o ambiente.
Ele colocou-me sentada em um sofá.
Eu olhei para o fogo daquela lareira e imaginei mil coisas. As lágrimas mais uma vez vieram e eu respirei fundo. Na minha cabeça eu precisava me controlar para sobreviver.
― Está com fome? ― perguntou Roger.
― O que você está planejando? Por favor, deixe-me ir para minha casa.
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Sonhos Roubados (REVISANDO)
RomanceDaniela cursa Faculdade de Assistente Social. Passou como uma das primeiras colocadas da principal Faculdade Federal da sua cidade. E isso enche de orgulho sua mãe, Helena e seu irmão Maurício. Dani sempre foi uma menina cheia se vida e disposta a a...