Capitulo Dezenove

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Apesar de gravemente ferido, Lucas buscou forças das suas entranhas quando viu que a vida de Keila estava por um fio.

― Keila, fica comigo!

Lucas além de pressionar a ferida iniciou uma massagem cardíaca.

Eu não sabia o que fazer.

Além de estar em atônita eu não sou médica.
Olho em volta e me atento aos demais.

Charles desapareceu.

Roger continuava caído na mesma posição, aparentemente desacordado.

E meu pai, preso a cadeira me olhava com os olhos vermelhos e esbugalhados.

Oh Céus! Como pude esquecer do meu pai?!

Corri e soltei suas amarras.

  ― Pai, você está bem? Está ferido?

― Estou bem filha. 

Em poucos minutos o sinal sonoro e as luzes vermelhas das sirenes invadiram a casa de Lucas. A polícia ― junto com os paramédicos ―  entraram na casa.

 Lucas e Roger foram socorridos, já Keila não resistiu e veio a falecer.

Mesmo sabendo de tudo que ela fez para prejudicar a vida de Lucas, lamentei sua morte.

No fim ela mostrou ser uma boa pessoa. 

  ―  O que aconteceu aqui? ―  perguntou o policial.

Senhor Anthony, tomou a frente, e respondeu a pergunta a autoridade policial.

― Então temos um foragido?

Balançamos a cabeça positivamente.

Em seu rádio o policial emitiu um alerta a todas as viaturas da cidade.

  ― Vocês desejam ir ao hospital? Acompanhar os feridos.

― Sim.

― Eu posso leva-los.

O gentil policial nos deixou na porta do hospital onde estava meu salvador e meu algoz.

Abraçada ao meu pai, e ainda em choque, senti que estava por vir mais uma noite neste corredor frio, angustiada por boas novas.

― Filha, eu não tenho o que dizer.

   Meu pai estava totalmente abalado.  

  ― A culpa não é sua por Roger ser assim. 

***

A cena se repete.

Aos poucos os amigos foram chegando no hospital.

Meu irmão me abraçou e me tocou por todo o corpo, não acreditando em minhas palavras que eu não fui atingida.

 ― Você precisa passar por exames.

―  Que exames? Eu estou ótima.

― Faço o que o Maurício está pedindo minha filha. Ele é médico.

Meu pai orientou e eu me rendi a pressão familiar.

Foram exames de rotina, mas que mostraram que ― como eu já havia dito ―eu estava bem e eu pude voltar para a sala de espera e fazer companhia ao meu pai. 

Mais foi até bom eu fazer os exames, pois aquela angustia por noticias estava me matando.

Faltavam poucas horas para amanhecer quando recebemos a notícia que Roger saiu da cirurgia e que ele estava com uma bala alojada na coluna, mas a mesma foi retirada. Ele está sobre a custódia da polícia e após a recuperação será encaminhado para a penitenciária.

Sonhos Roubados (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora