Capítulo 13

8.8K 745 98
                                    

"I know you want it in the worst way.

I wanna hear you calling my name like Hey Mama! Hey Mama!"
-Hey Mama, David Guetta ft, Nicki Minaj.

O som martelava nos meus tímpanos. Estava alto, e eu, desorientada. A batida forte da música fazia o chão tremer e eu me desequilibrar enquanto andava em direção ao balcão de bebidas.

Um sonho? Talvez.

Havia bebido? Claro, isso era evidente.

Como havia parado ali? Difícil de lembrar, mas Johnny estava envolvido.

Aonde ele está agora?
Sem respostas.

Quem mais estava comigo?
Silêncio.

O lugar era de difícil identificação devido as luzes de diferentes cores piscando sem parar.

Nem era o tipo de local que eu freqüentaria, mas, por alguma razão, ali estava eu procurando Johnny e bebendo algo com cor de sangue.

- Ei gata, vamos ali conversar?- Um homem alto, jovem e forte, bem forte, com cabelos escuros, vestindo uma camiseta preta se aproximou e apoiou na bancada atrás de mim.- Uísque duplo.- Pediu ao garçom antes de me lançar novamente um olhar malicioso.

Eu recuperava meus sentidos. Nojento. Ele podia ser bonitinho, mas a mistura de luz fraca com bebida não me deixava vê-lo.

- Não estou afim.- Coloquei meu copo na bancada e me afastei.

- Vem cá, vamos só um beijo...- Ele chegou mais perto e colou os lábios em meu pescoço.

Isso é muito real.

- Pare. Saia daqui.- Eu o empurrava, mal suportando seu cheiro de vodka.

Minha respiração ficou ofegante e desesperada, será que ele não me ouvia? Será que ninguém me ouvia?

Pessoas em volta nem olhavam para minha desaprovação ao homem, nem queriam saber se eu fosse estruprada ali mesmo.

Ele agarrou meus cabelos por trás e estava prestes a beijar meus lábios quando Ethan aparece e o puxa para trás em um segundo.

Ele cambaleia e tropeça nos próprios pés, caindo a frente de meu lindo salvador.

Ethan vestia uma calça jeans chumbo e uma camisa branca lisa. Ele estava simples, mas novamente sua camisa marcava sua silhueta, da qual eu já perdi as contas de quanto já a admirei.

- Não encosta nela.- Ethan disparou a ordem ao homem que já se levantava.

Ele mal o ouviu voltou a me agarrar. Sua mão esquerda subia pela minha coxa direita. Ele era forte. Não importa o quanto eu lutasse, nunca sairia dali. Sua outra mão me puxava pela cintura para mais perto.

Eu estava sem reações, quando percebi, minhas unhas estavam fundas em seu braço. Os segundos pareciam horas.

Ethan o puxa pelo colarinho da camisa, abrindo caminho na multidão de pessoas que formava uma roda, e o joga contra a parede, deixando-o pressionado.

- Ei, qual é cara? Ela tava se divertindo.- O desconhecido fala, ainda contra a parede, e levanta as mãos em sua defesa.

- Mesmo? Isto é divertido?- Ele abre espaço para o cara olhar para minha expressão de horror, tirando uma das mãos do colarinho, mas ele simplesmente me olha de cima a baixo e lambe os beiços.

Os olhos de Ethan encontram os meus. Uma mistura de preocupação e raiva o percorrem. Ele aperta o punho livre e volta a encarar o homem.

Ele o larga, talvez por pena.

Quem eu menos esperavaOnde histórias criam vida. Descubra agora