Capítulo 17

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                                Ethan

Tento não pensar o tempo todo nela, mas é difícil quando tudo o que vejo me lembra de como ela me faz sorrir.

Estamos na moto. Eu a levo para um bar perto da Universidade. Ela está linda, como de costume. Meu coração acelera a medida que caminho ao lado dela, com o braço ao redor de sua cintura, até a mesa. Não há mesas. Sentamos na bancada e pedimos duas cervejas. Ela conversa comigo sobre seu passado, mas não dou muita atenção, pois só penso no nosso futuro.

Ela está chorando agora, não entendo o motivo, sinto-me culpado por não prestar atenção.

- Anna, me desculpa eu... eu posso ajudar de alguma maneira? Faço qualquer coisa, é só pedir.

- Prometa que não vai se importar se eu molhar sua camisa?- Ela sorri tristemente e limpa as lágrimas com as mãos.

- Acho que tudo bem...-Olho para a minha camisa azul marinha e não entendo sua pergunta.

Ela se levanta e fica em frente a mim. Nossos rostos estão a centímetros, exceto pelo fato de eu ser bem mais alto do que ela, tendo que abaixar o rosto na direção do dela.

Ela me abraça e chora em meu peito, molhando minha camisa. Levo um tempo para perceber que meu corpo está estático e, finalmente, coloco os braços a sua volta.

A aperto tão forte que não sei como ela respira, preciso dela perto, mais perto, nunca é o suficiente. Ela chora, chora, chora, e tento aninhá-la.

- Venha Anna, vamos fazer uma tatuagem.- Pego a não dela e a levo para fora do bar.

- O quê? Está louco?- Ela para na frente da moto e protesta.

- Confie em mim.- Dou um beijo em sua testa e sentamos na moto.

- Aonde vamos fazer isso?- Ela pergunta.

- Com um amigo meu. É perto daqui, não se preocupe.

- Que amigo?- ela questiona.

-Meu irmão.- dou de ombros.

- Vai me apresentar para seu irmão? - ela parece surpresa.- Pensei que tivesse uma irmã e que ela morasse na França.

- Irmão é um jeito de dizer. O conheço a muito tempo, ele se mudou para cá a uns dois anos, mas estudamos juntos desde o primário.

- Mas ele é francês?

- Ele nasceu aqui, se mudou e ficou a infância toda em paris e voltou.

Ela sorri e me dá um beijo na bochecha.

Eu a amo. Quero falar isso para ela, mas me seguro até mais tarde, quando pretendo, finalmente, beijá-la.

Quem eu menos esperavaOnde histórias criam vida. Descubra agora