Refém da obsessão

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" Eram poucas as coisas em que Sakura desejava ter, dentre elas, de certo modo impossível, peregrinar além da floresta, onde no fundo de seu ser, ela imaginava ter vida.

_ MrsEloi. "

Lord Sasuke

Refém da obsessão.

Escrito por MrsEloi;

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O céu estava coberto por tons mortos, no mais, satisfatórios para Uchiha Sasuke; o amanhecer era sempre monótono em relação a um demônio extraordinário como ele.

(...)

Sakura desceu as escadas um tanto sonolenta, sua respiração pairava no ar – quase sólida, ao adentrar na cozinha, deparou-se com sua mãe golpeando os tomates com a lâmina afiada, deixando-os em tiras perfeitas caídas sobre a taba.

" Diziam que tomates era o fruto preferido do imensurável demônio imortal. "

Ela sentiu um calafrio percorrer por toda a extensão de seu corpo, falecendo assim, em sua nuca; o demônio estava tão perto de Sakura e seu povo, no entanto, de tal maneira distante. Kizashi encontrava-se assentado na mesa de jantar - no qual servia também o café da manhã, almoço e as demais refeições.

— Bom dia, pequena flor.

— Ora essa, mamãe, de pequena não tenho nada! — Sakura repreendeu sua mãe meigamente, depositando-lhe um beijo sobre a testa enrugada de tamanho cansaço.

— Você sempre haverá de ser nossa pequena flor. — desta vez, Kizashi interveio sorridente. Apesar de uma vida precária, a família Haruno não se sentia insatisfeita, ao menos, não completamente.

— Sasori esteve aqui esta manhã — a loira sorriu aprazível. — Estava impaciente, desejava vê-la.

— Disse algo mais? — Sakura sentiu seu coração se preencher por uma imensurável sensação de almejo; á passos tímidos e insertos ela caminhou até a porta, sem sequer ouvir a resposta de sua adorável mãe.

Ao sair, seus orbes esmeraldinos colidiram-se com a vastidão do incessante céu congestionado em nuvens esmaecidas; eram poucas as coisas em que Sakura desejava ter, dentre elas, de certo modo impossível, peregrinar além da floresta, onde no fundo de seu ser, ela imaginava ter vida.

Forçando os calcanhares presos em uma gasta sandália de couro pardo, ela correu pela estrada de terra úmida; os fios longos de tonalidade rosa golpeavam o ar de maneira sutil, chegando ao estábulo onde Sasori trabalhava.

Outrora, ajeitou os trajes maltrapidos antes de abraçar o rapaz possuidor de fios escarlates por trás, sentindo cada músculo de sua silhueta viril enrijecer.

Bela! — Sasori pronunciou risonho ao se virar para ela, com o dedo polegar acariciou a pele macia quanto a mais fina seda recentemente existente, de Sakura.

— Agradeço-lhe pelo elogio. — ela entreabriu os lábios em um sorriso, revelando os dentes níveos e perfeitamente alinhados.

O rapaz envolveu a silhueta frágil e miúda, enlaçando-a e depositando com cuidado sobre a coluna desnuda do enorme corcel atrás de si, em seguida, jogou seu corpo sobre o animal.

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