Capítulo 1

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Letícia Narrando:
    

     RJ - 09:08

"Eu vejo você brilhar como se fosse diamante, pedras que eu não posso comprar pra pendurar na minha estante.."

Acordo com o meu despertador berrando, hoje meus pais iriam almoçar aqui em casa, ontem fui na casa da Mia fazer um trabalho, provavelmente estou encrencada. Levanto, tiro meu pijama, pego meu celular e minha toalha e vou para o banheiro, prendo meu cabelo em um coque firme e coloco uma música no celular, faço minhas higienes e entro no box, tomo um banho rápido cantando acompanhando o som do Cacife Clandestino, saio enrolada na toalha e jogo meu celular na cama, vou para o closet coloco uma lingerie azul claro é um vestido soltinho na mesma cor, enquanto estou me vestindo ouço meu celular tocar, corro e vejo que é a tia Dani, o que é estranho, atendo o mesmo me jogando na cama

    — Oi tia — moro com a tia Dani por problemas que meus pais dizem que um dia eles vão me falar, toda semana eles estão aqui, e a tia Dani e o tio Rogério me tratam muito bem, não tenho do que me queixar.

IDL

     — Oi filha, os seus pais já chegaram

     — MAIS JÁ? o quanto eu to encrencada?

     — Digamos que bastante seria pouco—senti seu sorriso divertido e não pude deixar de sorrir também

     — ok ok, já vi que hoje tem, já estou descendo

Desliguei depois que ouvi sua risada, a tia Dani sempre tenta me livrar, meus pais me proibiram de subir o morro, e a Mia(minhamelhoramiga) mora lá, não dá p evitar. Sai do meu quarto e desci as escadas correndo, meus pais estavam no sofá e quando me viram fecharam a cara de um modo estranho, dei de ombros e caminhei até o sofá e sentei olhando para eles

     — Bom dia também família

     — Nem vem com papo, quem te autorizou a subir a rocinha ontem?— Meu pai falou com a sua melhor cara de "eu vou matar você"

      — Na verdade foi o irmão da Mia, ele é uma espécie de chefe lá, mas nunca vi ele — Minha mãe e a tia Dani meio que engasgaram com o suco que elas estavam tomando, não entendi mas continuei — Não entendo esse drama todo só pq fui fazer um trabalho, preconceito com o morro?

Minha mãe ainda estava me olhando meio assustada, mas soltou um sorriso divertido quando disse a última frase, meu pai levantou do sofá passando a mão no cabelo e eu entendi que era sério, ele me olhou, fechou os olhos e disse

      — Margot, nós temos que contar, ela ta correndo perigo, se ele descobrir quem ela é, isso é questão de tempo

      —NÃO!— minha mãe gritou e levantou do sofá, nesse momento eu já não entendia nada— Se contarmos vamos levar ela, podemos protegê-la, o irmão dela também pode— quando ela disse isso pareceu arrependida, perai, IRMÃO??

      — E desde quando eu tenho um irmão? — falei olhando pra minha mãe que levantou e foi até meu pai que respondeu rápido

       — Basicamente dês que você nasceu, ele é mais velho

       — E eles vocês puderam criar— meus olhos já ardiam e ameaçavam chorar, mas não ia fazer isso, não agora

Bandida: Nascida pra guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora