Capítulo 14

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Rocinha - G2 narrando

Se passaram pouco mais de um mês, tudo ainda continua estranho com a falta da minha morena, agora eu sabia que ela realmente merecia aquele lugar, ela treinou e batalhou muito para chegar onde estou agora, estando no lugar dela eu vejo o quanto é difícil, ela fazia tudo parecer muito fácil, Mia e MT fizeram uma cerimônia pequena, foi a única alegria dos últimos dias, MT está com sangue nos olhos para pegar o B2, ele mexeu com a família dos caras errados, depois de procurar muito por ele, descobrimos que ele estava em uma casa em Los Angeles, iria esperar ele voltar, essa guerra seria no meu território, a Rebeca vinha me ajudando muito, até podia rolar algo entre a gente, mas não estava com cabeça para isso agora, estava sentado segurando meu crucifixo quando o Pirata entrou na salinha, ele estava com a típica cara de quem viu fantasma

         — Ih Pirata, que cara é essa tio?

         — Olha isso G2 — Ele falou jogando um envelope na mesa

         — O que é isso? — falei enquanto abria o envelope

         — Lembra que você pediu pra ficar de olho e avisar assim que o B2 colocasse os pés no Brasil? então, essas fotos são do desembarque dele hoje — Retirei as fotos do envelope e o golpe foi forte quando vi o que estava nelas, automaticamente levei minha mão até a gaveta ao meu lado e peguei a única foto que tinha da minha família — essa é a Thais, o DN já tinha me mostrado fotos dela, quando procuramos ela novamente alguns anos atrás

          — Eu sei quem é ela, e quem é esse menina? ela tem uma filha com o B2? e essa outra com o rosto coberto?

    
           — Ainda não descobrimos

   
            — Eu vou trazer ela de volta

  
            — O DN vai querer ajudar

  
             — Ótimo! Pode mandar chamar ele e o MT, é minha mãe caralho! — falei e vi que minha morena tava aliviando as coisas pra mim lá de cima, o Pirata saiu e depois de um tempo a Rebeca entrou na salinha

     
        — Nem vem, to sem saco pra ti hoje

        — Poxa amor, só vim te dar carinho — ela fez beicinho e eu revirei os olhos

        — Eu só te comi uma vez, eu estava estressado e foi um vacilo, agora entende isso é sai da minha frente

         — Eu fiz de tudo, eu tirei aquela piranha das nossas vidas e mesmo assim você não me val.. — ela se tocou e calou a boca

         — TU FEZ O QUE? — falei indo até ela e segurando a mesma pelo pescoço, ela apenas ria

         — Você vai descobrir meu bem

          — Ah, eu vou! — abri a porta e sai arrastando ela — menor, leva ela pra casa da 24, tira a roupa e pode se divertir com ela, acho que ela tem umas coisinhas pra me contar, DN chegou com o MT e entramos pra salinha, joguei as fotos na frente deles que me olharam assustados

   
          — Nós vamos buscar ela, eu devo isso ao Gutão! — DN falou abrindo um sorriso

          — É a minha mãe mesmo? — ele assentiu

           — Um guerra agora com o B2 não vai ser boa, ainda to preparando os novos vapo

           — É simples, entramos, pegamos ela e isso vai deixar ele sem cabeça, vai ser ainda melhor — DN falou calmo

           — Isso ai, ele vai pagar por ter tirado as mulheres da minha vida!

    
           — Pena que uma não pode mais voltar — MT falou e o silêncio e a tensão reinou ali,

   
           — Mas vamos resgatar a que ainda pode — DN enfim disse e começamos a fazer o esquema da missão

1 semana depois..

Canta galo 
 
Pocahontas Narrando

Estamos tentando descobrir o que o tal Guilherme é para mim, mas ainda é difícil, hoje lembrei de um homem, ele se parece comigo, ele me chamava de pirralha, eu não vi ele dês que cheguei, mas uma para minha lista de amigos imaginários que aumentavam pouco a pouco, um homem e uma mulher, eu via muito de mim nela, minha mãe? o B2 disse que mataram ela, mas não sei mais em que acreditar, estava deitada no sofá, não tenho trabalhado muito, apenas organizo algumas planilhas, B2 disse que não podem me ver, ouvi fogos e novamente lembrei de algo, eu sabia o que era aquilo, subi as escadas correndo e entrei no quarto em que a Sam estava com a Thais, as mesmas já me olhavam assustadas, peguei minha desert, carreguei e tranquei a porta

       — Calma, não vai acontecer nada — elas assentiram e deitamos na cama, os tiros estavam cada vez mais intensos e digamos que perto, eles tinham furado o escudo e estavam subindo rápido, como eu sei disso? não me pergunte, depois de um tempo ouvimos um barulho lá em baixo e eu pedi que as meninas fizessem silêncio e entrassem no closet, desci com cuidado e pude ver o ultimo segurança no chão, apontei minha desert para o cara que entrava com uma M4A1, ele estava de costas, e eu nunca atirava em alguém pela trairagem, estava pronta para atirar quando ele virou para mim, naquele momento minhas pernas ficaram bambas, os tiros pareciam mais baixos, como se estivessem longe agora, ele me olhava com uma intensidade de outro mundo, e também com uma cara de que viu fantasma, no peito dele estava aquele mesmo crucifixo, extremamente igual, ainda estávamos um na mira do outro

           — LETY, NÃO! — Fui despertada pela Thais descendo as escadas correndo — É ELE, SOLTA ESSA ARMA, É MEU FILHO

           — É ele? — eu finalmente consegui falar, ela assentiu e correu até ele abraçando o mesmo, que não retribuiu, era como se ele estivesse em choque — Vocês precisam sair daqui, eu vou conseguir um tempo, leva ela!

            — Eu vou levar vocês duas, como você ta aqui amor? o que aconteceu — eu olhei confusa e a Thais segurou a mão dele

            — Ela não lembra filho, ela não lembra de nada

            — Como assim não lembra? você tem que lembrar — ele segurou meu rosto com as duas mãos — sou eu Lety, você tem que lembrar — eu sentia o desespero na sua voz — o nome, o nome atrás do seu crucifixo, é o meu, é a nossa união — ele me fazia tremer, eu sabia que era ele, mas não lembrava de nada, exatamente nada, a Sam correu até a Thais e abraçou a mesma, e ele me olhou nos olhos, os tiros lá fora estavam mais fortes e o confronto estava perto, ele aproximou o rosto do meu e colou nossas bocas, uma flash de lembranças invadiram minha cabeça, eu retribui o beijo, aquele beijo, aquele que nada foi capaz de apagar, ouvi tiros perto demais

         — Vocês precisam ir — as lágrimas tomavam meu rosto — Thais, Sam, vocês precisam se cuidar, e cuidem dele pra mim, eu vou ficar bem, VÃO! — Ele selou nossos lábios e saiu pela porta com as duas, eu chorava e minha cabeça girava, aquilo foi demais pra mim

     " Namorada,  fiel, mulher o que você quiser, só quero que seja minha "

Segurei aquele crucifixo e cai de joelhos no chão, já não controlava as lágrimas, quem eu realmente era? a tontura me tomou e eu cai, me entreguei novamente aquela escuridão

~

AI MEU DEUS

💔

Bandida: Nascida pra guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora