Capitulo 21

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         Estavam todos ali, minha família estava toda reunida conversando e rindo, eu sentia o nervosismo palpável naquele ambiente e nos movimentos deles, o primeiro a perceber minha presença foi meu irmão que me olhava com cara de "eu não acredito que é verdade" ele correu até mim e pela primeira vez eu vi lágrimas descendo dos seus olhos, minha mãe, meu pai, tio Rogério e tia Dani vieram logo depois me abraçando e chorando também, TH, Mia e Lua não esperaram e atracaram o meu pescoço, eu ria e chorava ao mesmo tempo, era como se eu tivesse sido jogada novamente na minha realidade, na minha vida de verdade, depois de muitos mimos, perguntas que eu prometi que responderia com mais calma. Subi para o meu quarto com as meninas, tomei banho e contei para elas tudo que aconteceu e que eu lembrava, ouvir a Mia falando de como o G2 ficou sem mim foi mais doloroso que o próprio acidente, descemos e estavam todos na mesa nos esperando para jantar, conversamos, rimos, e a emoção sem duvidas ainda estava presente ali, era como se cada um estivesse matando a saudade não só de mim, mas daqueles momentos que me pareciam esquecidos por algum tempo. Depois de diminuir um pouco da saudade, meu pai me chamou para "matar a saudade de casa", saímos de casa a pé, andando pelo morro e de mãos dadas, como ele fazia quando eu morava na ZS e ele me buscava para passear

— Em todos esses anos de guerras, tráfico, perigo, eu nunca senti uma dor parecida, perder você foi ter meu coração fuzilado, sua mãe e seus tios também ficaram sem chão — ele falou enquanto segurava mais forte minha mão e respirava fundo


— Eu queria ter o poder de ter evitado tudo isso, me desculpa


— Ei, o único culpado de tudo isso ainda vai pagar, e pelo que conheço da minha pirralha, ela mesma vai fazer isso

— Eles dois não sabem o que tá sendo guardado pra eles — sorri e olhei tudo ao redor, pela primeira vez nesses meses, me senti em casa e em paz

— Você não está esquecendo de alguém?

— Na verdade, acho que alguém esqueceu de mim — Fiz bico e sorri sem graça

— Vem, vou te levar até ele — falou enquanto me puxava para subir mais o morro — posso dizer que o sofrimento dele, de uma certa forma, foi forte como o nosso, assim como você ele concentrou todo sofrimento na raiva, e sabe melhor que ninguém que esse é o maior sofrimento — apenas balancei a cabeça afirmando e soltei a mão do meu pai quando chegamos em uma casa bem no topo do morro, ele beijou minha testa e falou que eu deveria entrar sozinha, tinha uma moto estacionada na frente da casa, ele subiu na mesma a desceu o morro, provavelmente voltando para casa, abri a porta e a casa estava escura, apenas algumas velas nas escadas me ajudaram, comecei a subir os degraus e percebi que também tinham pétalas de rosas no chão, sorri comigo mesma e fui até onde as velas levavam, a porta estava entreaberta, abria a mesma e quando entrei pude ouvir Ride - SoMo tocando baixinho, o quarto tinha pétalas vermelhas espalhadas pelo chão e pela cama, quebrando o contraste masculino que possuía, fotos minhas como aquele homem que fez falta até nas minhas memórias estavam presas por cordões que prendiam no teto, mas o que mais me chamou atenção foi o homem que estava de costas para mim, apoiado no batente da porta que dava acesso à varanda, sem blusa, deixando a mostra suas tatuagens e músculos bem trabalhados, a calça moletom caia perfeitamente no seu quadril, o que ajudou a me deixar paralisada, admirando e lembrando dos momentos e dos diversos motivos que me levaram a amar aquele homem, antes que eu tivesse qualquer reação, sua voz grave soou pelo ambiente


— Eu sempre sonhei com esse momento, você chegaria me tirando de todo o tormento e falando que tudo não passou de um pesadelo, comprei essa casa e coloquei tudo que considerava nosso aqui, e sempre que a sua falta se tornava insuportável, eu vinha até aqui, e lembrava da gente, do seu sorriso, das vezes que me expulsou da sua cama, e das vezes que me jogou nela também. Acredito que o nosso reencontro não foi como eu esperava, você não lembrar de mim foi o tiro mais doloroso que eu levei, eu não sei se lembra de mim agora, se lembra de qualquer momento que passamos juntos, mas eu estou aqui para te pedir uma chance para mostrar que tudo que passamos é só o começo da nossa união, para mostrar o quanto eu te amo e que você é a mulher da minha vida.

      Ouvir a minha própria respiração se tornou pesado para mim, a música agora tocava longe, minha concentração estava voltada aquelas palavras e aquele homem que agora parecia tenso, caminhei até ele e seu cheiro parecia fazer minha pele ficar quente, e meu coração também, era como se algo aquecesse meu coração naquele momento, parei atrás dele esperando que ele me olhasse e entendesse que todo o meu amor continua dele, quando ele virou e nossos olhos se encontraram mesmo com toda intensidade me apressei em dizer

         —  Namorada, fiel, mulher, o que você quiser, só quero voltar a ser tua — o sorriso de espanto e felicidade foi o mais lindo que vi em seu rosto, ele segurou minha cintura e me puxou para si, o que fez com que todo meu corpo ficasse em chamas

           — Você voltou minha pequena — foi tudo que ele falou antes de me beijar com vontade, a saudade, a tensão e toda a raiva que ambos guardamos durante aquele tempo estava presente naquele beijo, assim como todo desejo que nos fazia como imãs, ele levou as mãos até minha bunda, me erguendo e pegando no colo, ele abraçava meu corpo como se quisesse grudar ao dele, e eu retribuía com a mesma intensidade, me deitou na bcama com cuidado e meus olhos acompanhavam cada movimento seu, colocou seu corpo contra o meu até seu rosto alcançar meu pescoço, ele colocou a cabeça ali e respirou fundo

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G2 narrando

       E quando eu senti aquele cheiro, parece que todos os problemas foram embora, todos os tormentos que vivi sem ela naquele momento já não importavam mais, eu fiquei perdido no cheiro e no toque dela que fazia carinho nos meus cabelos, levantei a cabeça, encarei aqueles olhos e voltei a beija-lá, passei as mãos por todo corpo dela garantido que era ela mesmo que estava ali nos meus braços, mas era impossível duvidar, desde que ela partiu não me sentia assim, subi sua blusa e com a ajuda da mesma me livrei dela, seus seios tocaram minha pele e xinguei baixinho por saber que ela não usava sutiã, desci beijando seu queixo, passei a língua em um dos mamilos que estavam durinhos, pronto pra mim, abocanhei um deles e comecei a chupar, mordiscando enquanto acariciava suas coxas que agora estavam mais firmes, baixei sua bermuda com calma, apreciando cada contato com sua pele, arranquei o tecido que impedia de sentir ela entregue pra mim, e soltei um gemido baixo quando a toquei e ela estava exatamente como eu queria, desci beijando e sentindo o cheiro da minha mulher, ela começou a tocar seus seios assim que coloquei a língua naquela bct quentinha e molhada, sentia o gosto dela enquanto massageava o clitóris com a língua, chupei até sentir suas pernas tremerem e ela se entregar por inteiro, meu pau latejava enquanto tomava todo sabor dela para mim, subi beijando seu corpo e ouvindo sua respiração pesada, coloquei ela de forma mais confortável na cama e enquanto fazia isso ela ficou sobre mim, desceu arranhando e beijando meu abdômen e tirou a calça que não escondia o volume da ereção que ela causou, fechei os olhos e gemi rouco quando ela passou a língua por toda extensão do meu pau e depois engoliu todo, me chupando e masturbando como só ela sabe, ela me levou ao ápice enquanto me olhava, tomando tudo, ficou de joelhos na cama e me olhou passando os dedos ao redor da boca, eu era muito sortudo por ter aquela mulher de volta, deitou dnv na cama e coloquei ela de quatro, passei a cabeça do meu pau na bct dela que jogou o quadril para trás me convidando para fazer o que eu mais queria, entrei com cuidando, sentindo ela me apertar, no final da noite éramos suor, olhares e conversas bobas, tudo parecia no seu lugar novamente.
                           

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Rj - Morro do Alemão - 09:38

Lety narrando

        Acordei assustada com um braço sobre minha cintura, olhei para o lado e era ele, com um crucifixo idêntico ao meu no pescoço, ele dormia como um anjo, ou como alguém que tinha feito amor à noite inteira, eu jamais imaginaria que estaria falando que "fiz amor" com alguém, sorri comigo mesmo e ouvi sua voz rouca

— Não existe nada melhor do que acordar vendo esse teu sorriso lindo — ele beijou meu rosto e ficou de pé, só então eu reparei que tinha uma bandeja de café na mesinha próximo a cama, ele levou a bandeja até mim e eu sorri enquanto admirava a paisagem maravilhosa que era o seu corpo, ou melhor, ele inteiro, comemos, tomamos banho e descemos para a boca, eu tinha muito tempo para viver meu conto de fadas, depois claro, de acabar com quem tentou me fazer de boba, fico feliz em me sentir a Pocahontas novamente.

Capítulo não revisado meus amores.

Bandida: Nascida pra guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora