Bandida: Nascida pra guerra

Capítulo 16

Canta galo

Pocahontas Narrando

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Acordei na minha cama, minha cabeça doía e girava ao mesmo tempo, olhei para os lados com dificuldade e encontrei o B2 com sua melhor cara de "vou te matar"

— O que aconteceu? — Perguntei com dificuldade

— Você não lembra? — balancei a cabeça negando

— Levaram a Thais e a Sam

— O que? — tentei parecer o mais surpresa possível

— Pq você não fez nada?! — Ele falou enquanto batia na mesa

— Pegaram elas de surpresa

— Conhecia os caras? Eles te viram?

— Não, pq?

— Menos mal, nada, agora descansa, você não pode mais sair daqui, é perigoso

— Eu não sou uma criança, sei me cuidar — revirei os olhos

— É, to vendo — falou enquanto saía do quarto, ótimo, agora tenho que aguentar essa farsa mais um tempo e sozinha, mas vou fugir daqui, só preciso de mais tempo e mais lembranças, sair daqui seria uma tarefa difícil, eles mentiram, me enganaram da pior maneira, eu vou me vingar! Eu já esperava isso do Polegar, mas não do B2, ele sempre me tratou tão bem, sempre disse que eu era uma filha pra ele, não entendo porque tudo isso.

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B2 narrando

Tudo que eu precisava agora era ficar sem a Thais e a Sam, aquele filho da puta acha que saiu por cima, mas eu vou ter minhas mulheres de volta e ainda vou ter a dele pra mim também, a cabeça dele vai ser meu prêmio, estava na boca vendo os prejuízos quando o encosto do Polegar entra

— Eu quero tirar a Pocahontas daqui

— O que você QUER nunca importou e não é agora que vai importar, a Letícia vai ficar aqui!

— Ela é MINHA, eu trouxe ela pra cá, você não tem nada haver com ela

— Aí que você se engana, você entregou a Letícia pra mim e ela nunca foi sua, ela não gostava ou melhor, ela não gosta de você!

— Eu vou tirar ela daqui, eles vão acabar encontrando ela!

— Se você pensar em tentar já pode se considerar um homem morto, eu cuidarei pessoalmente para que isso não aconteça, agora sai da minha frente antes que eu deixe um buraco na tua testa — ele saiu batendo à porta e eu continuei meu trabalho, se ele acha que vai tirar minha bandida de mim ele tá bem iludido, ninguém vai tirar ela de mim!

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Pocahontas narrando

Estava perdida nos meus pensamentos quando ouço alguém subindo as escadas, guardo meu crucifixo e finjo está dormindo

— Lety? — a voz irritante do polegar, continuei com os olhos fechados — acorda, eu quero te tirar daqui — falou enquanto me balançava

— Henrique, dá um tempo, eu quero dormir po

— Vamos viajar, eu e você, Caribe, o que acha?

— Acho que você tá louco — falei me ajeitando e ficando de frente para ele — eu não quero sair daqui, ainda mais com você

— O que aconteceu contigo? — ele me olhou assustado — você me amava, ou melhor, dizia que me amava

— Duvido muito que um dia eu possa ter amado você — ele segurou o meu rosto e me puxou para um beijo, quando os lábios dele tocaram os meus um choque de lembranças me atingiram, beijos, abraços, risadas, brigas, meus olhos encheram de lágrimas com a cena que repetia várias vezes na minha cabeça, afastei ele de mim e levantei da cama — eu odeio você, eu odeio! — peguei minha desert, destravei e mirei

— O que foi Letícia? Você lembrou de alguma coisa, calma, baixa essa arma, eu posso explicar — tentou se aproximar de mim e dei um passo para trás

— POR QUE FEZ ISSO? SE ME AMAVA TANTO, PQ FEZ ISSO? EU TE ODEIO HENRIQUE — as lágrimas atrapalhavam a minha visão, minhas pernas tremiam e minha cabeça também, achei que ia desabar quando o B2 entrou pela porta tirando a arma da minha mão

— O que tá acontecendo aqui porra? Polegar, sai da minha frente antes que eu mesmo te mate, SOME! — Ele me segurou e eu cai nos seus braços

— Se eu fosse você tomaria bastante cuidado, ela está lembrando — foi a última coisa que eu ouvi até apagar.

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