Bandida: Nascida pra guerra

Capítulo 5

Fazia um bom tempo que eu não precisava ficar afetada com aquela presença, ele sentou ao meu lado, e segurou minha mão, puxei a mesma automaticamente

— Sempre tão cabeça dura — ele falou e tomou minha mão novamente, agora segurando mais firme

— Não me toca, sai daqui, eu não quero ver você, você me abandonou, EU TE ODEIO!

Ele me olhou espantado mas permaneceu segurando minha mão, aquilo já estava me irritando, o que ele queria?

— Eu te abandonei? você preferiu seu morro Letícia, você preferiu o poder — era evidente a decepção na sua voz, mas eu não era a última culpada ali

— Eu precisava proteger minha família, e você? abriria mão do seu "império" por mim?

— Isso não era preciso e você sabe, eu poderia proteger a gente, eu fiz aquela aliança com você, eu entreguei meu "império" nas mãos da A.D.A por você

— Você entregou pq isso trazia benefícios para você — minha cabeça já doía, eu não queria ele ali, não queria tocar naquele assunto

— Foi tudo por você Letícia, você sabe muito bem disso, eu entrei na mira do CV, por você — ele deu ênfase nas últimas palavras

— Ta, isso passou, agora eu só quero que você continue como sempre, longe da minha vida — as lágrimas já desciam pelo meu rosto e eu não podia negar que a saudade me consumiu todo esse tempo

— Você tem um traíra na facção e ele está bem perto de você, vai ser uma batalha fácil, mas você será o alvo principal e eu não vou deixar que nada aconteça com você, eu te amo — ele beijou minha testa e saiu, aquelas palavras me atingiram de forma inexplicável, eu também o amava, mas eu não iria abandonar tudo que construi, não estava pronta para isso, a Bella voltou e eu resolvi não contar o que tinha acontecido, os remédios começaram a fazer efeito e não demorei para dormir

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G2 Narrando

Eu não acreditei quando me vi obrigado a recuar, eu conhecia muito bem aqueles soldados, ela, aquela desgraçada atrapalhou meus planos novamente, sempre ela, mas eu fui avisado que ela teria poder, estava descendo a maré a mil, já estava com pouca munição e via poucos vermelhos naquele morro, enquanto descia ouvi um grito feminino, virei rápido mas era em vão, minhas munições já tinham acabado, era ela, em uma fração de 2 segundos ouvi o primeiro disparo e senti meu ombro arder, o segundo e minha perna queimava, o último acertou meu abdômen, logo não aguentava o peso do meu próprio corpo, cai no chão e ela saiu em disparada matando meus últimos soldados, ela era boa, muito boa, ela conseguiu acabar comigo, sorri e fechei os olhos, era a minha hora

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Acordei em um quarto branco, era difícil abrir os olhos, eles pesavam, olhei para o lado e a dor no meu abdômen me fez gemer baixo, a Mia correu até mim, não entendi muito bem, eu sobrevivi? aquela ideia me deixava confuso, não seria por muito tempo, eu estraguei uma missão e talvez tenha me entregado, o CV não vai me deixar tirar o pé desse lugar vivo

— Guilherme, Guilherme, você ta me ouvindo? — a Mia falava preocupada

— Acho que os tiros não foram no ouvido baixinha — falei fraco mas notei o sorriso em seu rosto

— Cala a boca seu idiota, vou chamar alguém — ela saiu do quarto chorando e meu peito doeu só em pensar que eu deixaria ela desprotegida e sem ninguém, ela e a Luana só tinham a mim, logo ela entrou com um médico que fez algumas observações e saiu de lá, acabei dormindo, era o que aliviava a dor