Capítulo 12

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Rocinha – 1 dia depois, 08:03

G2 Narrando

Eu não podia acreditar que aquilo era verdade, aquele homem que eu olhava no espelho era alguém que eu não conhecia, parecia comigo, mas não estava completo, nunca mais estaria, eu estava vestido de preto, e segurava aquele crucifixo na minha mão, eu realmente não entendo porque isso aconteceu, as lágrimas desciam pelo meu rosto e pela primeira vez eu não achava aquilo muito gay, coloquei o crucifixo novamente no pescoço e voltei para o quarto, cada detalhe ali me fazia lembrar dela, o cheiro, a cama bagunçada, as roupas dela e a nossa foto no criado mudo, peguei aquele porta retrato e sentei na cama, observei ele com atenção e devolvi ele para o lugar jurando para mim mesmo que mulher nenhuma deitaria novamente naquela cama, eu não seria o mesmo sem ela, o G2 frio estava de volta à tona, e quem fez isso com a minha mulher vai pagar, pagar caro, a A.D.A vai honrar a pocahontas, sai do quarto e desci as escadas, a Mia estava abraçada com o MT e ambos consolavam um ao outro, fui até o MT e nos abraçamos, fomos para o carro e partimos para o enterro da Lety, chegamos e todos estavam lá, Rogério, Dani, Margot, DN, TH, Lua, Pirata, olhei para cada um deles, aquilo seria minha vida daqui para frente, a minha família! Rebeca chegou e caminhou até mim, dirigi um olhar frio para ela e parou onde estava, abracei a Margot e foi dado início à cerimônia, eu olhava para aquele nome e minha cabeça doía


Letícia Ortiz

1991—2009

Vidigal - Polegar Narrando

Depois que resolvi fazer contato com o B2 foi fácil montar o esquema, escolhemos o dia e estava tudo pronto, depois do acidente iríamos pegar a Lety, eu iria viver com ela em Los Angeles, a facção ficaria desestabilizada e o B2 poderia acabar com a A.D.A, mas tudo ocorreu melhor que o esperado, quando levamos a Lety para o hospital que preparamos, ela tinha perdido a memória e isso era mais que perfeito, eu afirmaria que ela era minha namorada e o B2 usaria ela para derrubar a própria facção, ela era treinada e aquilo ele não iria desperdiçar, estava terminando de arrumar as malas quando meu celular tocou

IDL

— Deu tudo certo, o G2 e a família da Letícia estão arrasados — Rebeca falava com ar de vitória

— Ótimo, agora você pode ter o que quer, vou quebrar esse chip e você nunca mais vai me procurar, e se abrir a boca vai para o saco

— Não sou burra Henrique, Adeus.

Desliguei o celular e tirei o chip, quebrei o mesmo em pedaços e joguei o celular no lixo, fechei as malas, levei tudo para o carro e fui para o aeroporto, cheguei lá e os seguranças do B2 tiraram minhas malas do carro , levaram para o jatinho e entramos, dentro já estava a minha Letícia e mais duas mulheres, sentamos e o B2 fez as apresentações

— Essa é minha mulher, Thais — apontou para uma mulher muito bonita, que aparentava ter uns 29 anos, mas algo me dizia que ela era um pouco mais velha — e essa é a Samantha, filha dela — as duas me lembravam muito a alguém, mas resolvi ignorar meus pensamentos, as duas não falaram nada, apenas trocamos sorrisos e em poucos minutos estávamos saindo do RJ

Pocahontas Narrando

Abri os olhos com dificuldade, a luz me incomodava e o barulho do que parecia turbinas, fazia minha cabeça doer ainda mais, olhei em volta e não sabia onde estava, parecia um avião, talvez, olhei para as pessoas que estavam ao meu redor e não conheci ninguém, na minha mente se encontrava um enorme espaço em branco, levei a mão até minha cabeça e percebi um curativo, e também senti uma dor aguda ao levantar o braço, olhava para mim assustada, o que aconteceu?

— Amor, que bom que você acordou, que susto você me deu — um homem apareceu do meu lado, eu não reconhecia sequer sua voz

— Onde eu estou? o que aconteceu? quem são vocês?

— Calma calma mocinha, vou explicar tudo — ele respirou fundo — você sofreu um acidente, Letícia, eu sou seu namorado, e esses são nossos amigos, tentaram matar você e por isso estamos tirando você do Brasil

— Eu não lembro de você, de nenhum de vocês — as lágrimas já desciam pelo meu rosto e minha cabeça doía, dois enfermeiros aplicaram algo no meu braço e eu adormeci novamente.

~

Los Angeles - 22:45

Acordei em uma cama com o meu "namorado" ao meu lado, eu ainda estava bem confusa, tentei me mexer e ele acordou

— Boa noite princesa, você está melhor? — balancei a cabeça afirmando — quer que eu peça para trazerem seu jantar?

— Primeiro quero que explique o que aconteceu, e porque alguém iria querer me matar — falei fraca e ele sorriu

— Eu sei que é tudo muito confuso, mas você é chefe de uma facção com o B2, uma das melhores atiradoras, o CV é o que é por sua causa, e a facção rival, A.D.A, quer você morta — ele me olhava com expectativa

— Vou precisar de um tempo para processar tudo isso

— Claro, todo tempo do mundo — ele tentou me beijar e eu virei o rosto

— Um tempo

— Ok, um tempo, vou mandar trazerem seu jantar — levantou e saiu, ele não me passava muita confiança, segurei o crucifixo no meu peito e olhei para ele, virei o mesmo e nele estava escrito Guilherme Toretto, talvez esse fosse o nome dele, depois de alguns minutos a menina que estava no avião entrou com um prato de comida e sentou do meu lado

— Você precisa de ajuda para comer? — eu assenti e ela começou a me ajudar

— Você me conhece ?

— Na verdade não, B2 não me deixa conhecer muitas pessoas

— E aquela outra mulher, é sua mãe? — ela balançou a cabeça afirmando

— Ela também não pode conhecer muitas pessoas?

— Exatamente

— Você sabe me dizer o nome do meu namorado? — sorri divertida

— Henrique, mas o B2 chama ele de Polegar

— Hum, entendi — ela terminou de me ajudar e saiu do quarto, quem seria esse Guilherme? sem dúvidas deve ser alguém bem importante para mim, mas se não era meu namorado, quem era?


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QUE TRETA EM? /: EU PARTICULARMENTE ODEIO O POLEGAR E NEM TEM ESSA DE FIZ POR AMOR, QUE VONTADE DE MATAR ESSE SER, LEMBRA AI VAI LETY

Bandida: Nascida pra guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora