Capítulo 1

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Nova York, Anos antes

Quando se acorda pela manhã, a primeira coisa que se ver é a luz.
Bom, eu fechava todo meu quarto com cortinas, então não via a luz.
Eu sabia que dia era hoje, e pra falar a verdade, não estou nem um pouco empolgado
-Andrew!- a voz de minha mãe atravessou a porta- acorda, querido! Hoje é seu dia!

Oh, que droga!
Puxei o cobertor até a cabeça tentando ignorar os gritos ansiosos de minha mãe. Totalmente impossível, óbvio.

Saí do meu quarto, trajando apenas as calças do meu pijama. Minha mãe e meu pai já estavam sentados sobre a grande mesa de jantar, que tinha um café farto sobre ela. Mamãe com seu sorriso empolgado, e papai lendo seu precioso jornal
- Aí está ele, oh, meu querido! -mamãe veio abraçar-me
-Não é pra tanto, mãe- murmurei
-Deixe de bobagem, é seu aniversário- Ela sorriu- 16 anos, querido
-Olha pra mim, eu pareço empolgado ?- perguntei irritado
-Mude esse tom- papai falou sem me olhar
-Acho que a conversa ainda não chegou aí - retruquei
-Parem os dois!- mamãe brigou
-Estou com fome, posso comer?- falei me sentando
-Claro, coma querido- mamãe sorriu

Meu pai não falava nada, eu comia tudo que gostava: Waffles, Bolo, café com leite, panquecas, e suco de limão com cenoura. Mamãe olhava para meu pai e para mim.
Era frustrante ver que ela queria que nós nos déssemos bem, mas o fato é que meu pai não gosta de mim, afinal para ele, eu não tenho nada. Tudo que ele tem é dele e só dele. Ele é rico, ele tem dinheiro, e eu não sou nada.
Já decorei esse discurso a muito tempo. É normal, já que o ouço constantemente
-Enfim...-mamãe pigarreou- você tem planos para hoje, querido?
-Sim, eu vou jogar sinuca com Danillo- falei, mordendo uma maçã
-Sinuca- papai bufou

Olhei para ele com uma carranca
-Sim, qual o problema?- perguntei
-Isso não é jogo de homem- ele resmungou
-E xadrez é? -revidei
-Sim! Algo educativo e social!
-Qual é pai? Isso é besteira, se quer saber, sinuca é um jogo como qualquer outro- falei ficando irritado
-Você é um vagabundo, se quer saber, Andrew! Por isso não tem dinheiro!
-Foda- se você e seu dinheiro! - berrei
-Chega! - mamãe bateu forte na mesa

Olhamos para ela, e eu saí da mesa não querendo mas me irritar. Bati a porta do meu quarto tão forte que até virei para verificar que não havia rachado nada.
Meu dia já começou fodido, como sempre

Tomei um banho longo, e fiz minha higiene bucal.
Peguei uma calça jeans, uma T-Shirt preta, minha jaqueta de couro e me calcei, pronto para sair.
Evitei passar por meus pais, e saí pela cozinha recebendo olhares dos mordomos, cozinheiros e empregados.
Estava pronto para curtir meu dia, do meu jeito.

-Hey, hey, Andrew! - Danillo me saldou assim que cheguei no bar Men's- Feliz aniversário
-Chega disso, já tive o suficiente
-Vejo que o dia não começou bem- Danillo murmurou
-E quando começa?- retruquei
-Tá bom, relaxa. Ainda é cedo, quer jogar sinuca?
-Vamos...-falei tirando minha jaqueta e deixando-a pendurada sobre minha cadeira
-50 fichas, Jerry! - Danillo pediu

Pelo canto do olho vi algumas garotas se derretendo pelo meu físico. Sorri convencido, era muito fácil para mim conseguir garotas, isso eu podia me gabar.
Eu era alto, tinha cabelos cheios castanho-escuro, olhos negros sem variações e um pouco de músculos.
-Vamos, Andrew- Danillo sorriu- Não vou deixar você ganhar só por que é seu aniversário
-Vai sonhando- Bufei

Ele colocou as bolas em jogo e então começamos a partida.

Andrew: 26
Danillo: 24
-Eu deixei você ganhar- Danillo falou me fazendo rir
-Eu vi- gargalhei- Ainda mais sua cara de frustrado com minhas jogadas
-Se fode, Andrew! -Danillo riu sentando
-Vão querer algo, garotos? - Jerry perguntou

O relógio marcava 12h não faria mal uma bebida antes do almoço
-Um Whisky, por favor-pedi
-O mesmo- Danillo sorriu

Olhei para trás vendo as meninas que nos olhavam durante todas as partidas. Saias curtas, blusas em decotes, olhares diretos que diziam "pegue-me"
-Ganhou fãs- Danillo murmurou
-Você também, Aistein- Falei
-Tenho namorada- Danillo lembrou

Sim, Roberta. A incrivelmente chata namorada de Danillo. Roberta era uma garota bem superficial, gostava de exibir Danillo para as amigas como um celular novo, era linda, claro, afinal, só esse motivo para Danillo ainda está com ela
-Ah, claro- respondi por fim
-Mas você ainda está solteiro- Danillo sorriu- escolhe uma e vá em frente

Olhei para elas de novo. Uma era ruiva, e a outra loura. A ruiva mordeu os lábios e piscou sedutoramente.
Bem discreto. Dei um sorriso mostrando que ela pode chegar.
A ruiva olhou para a amiga e então veio caminhando em seus saltos até mim.
-Oi, você me paga uma bebida?- ela perguntou
-Claro, por que não se senta?- ofereci
-Obrigado- ela sentou cruzando as pernas
-Bom, eu tenho que ir- Danillo deu sua deixa
-Minha amiga adoraria sua companhia- a ruiva falou batendo seus cílios
-Oh, seria ótimo- Danillo sorriu- Mas, eu já tenho namorada. E tenho que ir, por que ela não gosta de esperar. Até mais, Andrew.

Acenei com a cabeça enquanto ele saía. Os dois Whisky chegaram, peguei o meu e dei o de Danillo para ela
-Obrigado- ela sorriu desejosa
-Qual o seu nome?- perguntei
-Jenny, e o seu é Andrew.
-Eu mesmo...
-Sabe, você é um gato, Andrew- ela piscou
-Digo o mesmo, Jenny- falei, levantando o meu copo e bebendo um gole da minha bebida
-Sabe, podíamos passar o dia juntos, ir para uma balada depois,e se quiser, pode conhecer minha casa- ela ronrronou
-Adorei a ideia- sorri, maliciosamente

Tomamos algumas bebidas; eu peguei leve, não queria ficar bêbado tão rápido. Ela estava se soltando, pegando na minha mão. E depois de uma dança, ela avançou dando-me um beijo longo e molhado.
Quando a noite finalmente entrou, fomos para uma balada super popular ali perto.
-Você dança bem -ela falou enquanto rebolava sobre minha perna
-Você também, princesa- Falei mordendo a orelha dela

Suas mãos dançavam sobre meu abdômen, enquanto sua boca marcava meu pescoço. Sentia minha excitação crescer, e eu pretendia encerrar meu dia com chave de ouro.
-Tem um hotel aqui perto- sussurrei para ela
-Me leve, baby, sou sua- ela sorriu
Peguei ela pela mão levando-a para longe dali.

Por sorte, minha mãe me dava uma mesada. Paguei o hotel e à levei para o quarto. Com sua pressa evidente ela arrancou minhas roupas, sua boca ávida e cheia de ansiedade.
Me sentia comum, como se isso fosse algo que eu fizesse todos os dias. Joguei ela na cama, me colocando em cima dela. Nosso beijo era selvagem, sem um pingo de ternura.
Suas roupas não estavam mais em seu corpo,e eu já estava dentro dela.
-Oh! Ai!- ela gemia

Minhas mãos em seu cabelo, e suas unhas em minha costas. Eu me movimentava com velocidade, balançando a cama abaixo de nós. Então eu saí de dentro dela, gozando sobre a cama.

Ela estava agarrada sobre meu corpo, dormindo. Meu aniversário de 16 anos foi épico. Olhei para a garota que transei, não tinha nada aqui, só diversão.
Peguei minhas roupas, me colocando nelas, e saí do quarto deixando tudo pago.
Eram 01:15 da manhã, e eu tinha que chegar em casa.
Mesmo não ligando para hora...

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