Crescente

Capítulo 8

Um mês se passou dando início ao verão. Nesse mês consegui acumular uma grande fortuna, minha conta no banco passou da mais vazia, para a colocação das mais cheias.
Mesmo assim, tenho me orgulhado menos de minhas ações.
Tive vários serviços esse mês, e sem querer- sem notar- me tornei o cara mais temido das ruas. Não tive brigas, nem tentativas de assaltos, os marginais me temiam.
A escola havia entrado em férias, e isso significava que Thalia estava com tempo disponível para me atormentar.
Danillo saía comigo várias vezes para beber, e jogar sinuca, claro que o humor dele ia pra China quando eu recebia a mensagem de chamado.
As palavras dele de algumas semanas atrás ainda me causavam muito o que pensar.
Seu pai te chama de vagabundo, quer mesmo dá à ele o motivo de estar certo? Foi mais ou menos assim.
Meu celular tocou e eu o atendi
~Amoor! -Thalia gritou sobre a linha
-Não grita, Thalia- rosnei
~Vai me ver hoje?
-Talvez não- Grunhi
~Por que?
-Porque não. Depois ligo pra você. Estou ocupado- desliguei

Estava enchendo meu pneu. Sem querer furei durante um caminho estreito que peguei.
-Andrew...-meu pai surgiu
-Que foi?- virei
-Você foi declarado como desistente na escola. Vai ter que repetir o ano- papai anunciou
-Que seja- voltei minha atenção para o carro

Papai bufou e saiu pisando forte.

No fim do dia fui dá uma volta de moto. Finalmente não tinha nada para fazer hoje. Nenhum cara querendo me contratar. Isso me deixou aliviado, me deixou feliz.
Voltei para casa deixando minha moto no meu lugar de sempre. Minha mãe estava na sala lendo, e meu pai devia estar assustando crianças.
-Oi, mãe- Sorri
-Oh, você chegou cedo- ela sorriu
-Sim..
-Deve ser por causa dela.
-Dela?- franzi o cenho
-A garota no seu quarto

Corri para lá encontrando Thalia pulando na minha cama.
-Surpresa!- ela berrou se jogando entre os travesseiros.

Eu me vi pegando ela e a jogando pela janela. Minhas veias começaram a pulsar, meu sangue ferveu.
Controle, Andrew!
-O. Que. Você. Está. Fazendo. Aqui?- perguntei pausadamente em cada palavra
-Eu vim ver você, amor- ela veio até mim, beijando meus lábios

Eu já estava cansado!
Estava namorando com Thalia algumas semanas apenas, e ela já conseguiu me enlouquecer!
-Fica! -rosnei
-Ficar?- ela piscou
-Vou tomar um banho. Fica sentada! -mandei

Ela se sentou como um cachorrinho, e eu fui para o banheiro. Bati a porta com força, arranquei minhas roupas jogando tudo na parede com força. O que essa louca estava pensando? Por que diabos ela veio aqui???
Entrei no box e deixei a água tomar conta dos meus nervos por um tempo.
Não durou muito

Vesti minha calça de pijama e saí, Thalia estava sentada como a deixei. Isso era péssimo, ela não tinha independência.
-Está bonito- ela sorriu
-Thalia, o seu pai sabe onde está? - perguntei
-Disse que ia dormir na casa de uma amiga. Então temos a noite toda- ela sorriu me puxando

Caí sobre ela enquanto ela devorava meus lábios. Ela enlaçou minha cintura mostrando o que ela queria.
-Thalia- hesitei saindo de cima dela
-O quê?- ela fez aquela expressão de iria surtar.

Não. Aqui não.
-Estou cansado- tentei
-Mas quero você- ela começou a se desesperar
-Você ainda é. ..?
-Virgem? Não.

Não? Talvez não fosse tão ruim.
Ela me puxou de novo, me beijando. Dessa vez não neguei, deixando ela fazer o que queria.
Ela arrancou minhas roupas e então tirou as delas.
Suas mãos dançaram por meu corpo, chegando no meu órgão. Foi muito difícil não ficar excitado.
Já que estava ali, vamos acabar com isso.
Fui para cima dela, vendo seu sorriso estranho nos lábios. Posicionei,e assim me coloquei nela recebendo seu gemido.
Infelizmente, só ela gemia.
Mexia rapidamente, tentando que ela chegasse logo no seu limite, e então ela entrou em orgasmo.
Me joguei de costas e ela veio para meu lado, dormindo tão rápido que nem notei.
Olhei para a garota problemática que havia enganado.
Chega! Isso tem que acabar.

Saí do seu lado indo para o sofá, tendo certeza que no dia seguinte, esse namoro teria fim absoluto.

Minhas costas estavam doendo. O meu sofá não era nada confortável, me levantei antes de Thalia que dormia sobre meus lençóis.
Me abaixei ao lado da cama tocando o rosto dela.
-Não posso mais fazer isso- sussurrei- Thalia! Acorde!- falei mais alto
-Hmmm- ela se mexeu
-Acorde, tenho que te levar pra casa- falei
-Não quero ir- ela falou
-Mas nós vamos. Agora, levante!
-Mandão- ela fez beicinho

Revirei os olhos e então fui para o banheiro me vestir.
Quando saí, Thalia estava pronta, peguei ela pelo braço levando para a garagem, sem passar por meus pais. Entrei no carro e ela fez o mesmo e então dei a partida ansioso para acabar com isso.

-Vai entrar? -ela perguntou animada
-Vou, quero falar com seu pai- contei
-Tá...-ela sorriu

Entramos e Thalia não largava minha mão
-Pai, esse é o Andrew- ela falou
-Ah, é um prazer Andrew- ele piscou
-Prazer, senhor- apertei a mão dele- Thalia, quero falar com seu pai. Pode nos dá licença?
-Claro. Vou pro quarto

Ela saiu pulando e então olhei para ele
-Estou parando com esse jogo aqui- falei firme
-O quê? Não, ela está melhor. .
-Eu sei, mas não posso continuar com isso
-Eu posso pagar. .
-Dinheiro não é a questão
-Mas...
-Desculpe,mas vou terminar com ela.

Ele pareceu triste, e derrotado.
-Tá bem- ele assentiu- eu não acho justo privar você de um namoro real. Tudo bem. Obrigado mesmo assim
-Prometo fazer isso com jeito- falei

Fui até o quarto de Thalia, que havia muita coisa rosa
-Oi, amor...-ela sorriu
-Quero te dizer uma coisa. E tente entender- falei
-Tá bem- ela se sentou
-Eu. Estou. Terminando. Com. Você- falei pausadamente
-O quê?-ela começou a arfar
-Thalia, não sou o cara certo pra você. Lamento. Acabou tudo. Aqui. Não sou mais seu namorado
-Não! - ela se jogou ao meus pés
-Thalia....
-Por favor!
-Não! -levantei ela e deixei ela na cama
-Fica comigo...-ela chorava violentamente
-Não. Adeus, Thalia- falei saindo
-Andrew!- ela berrou

O pai dela abaixou o olhar e entrou, tentando acalmá-la. Eu saí da casa entrando no meu carro e cantando pneu o mais rápido dali.