Capítulo 5

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Danillo gargalhou, e gargalhou. E depois de meia hora ainda estava gargalhando. Eu tecnicamente ainda tinha que pedir ela em namoro, e isso seria horrível da minha parte. Mas, era por uma boa causa.
-Ai, cara... -Danillo finalmente parou
-Tô falando sério- disse por fim
-Como você se mete nessas coisas?- Danillo disse dando uma risada rápida
-Não sei, mas tudo acontece comigo- falei frustrado
-Boa sorte então- ele disse apontando para frente

Olhei vendo Thalia pegar seus livros apressadamente em seu armário. Danillo acenou indo para sala. Eu suspirei indo na direção dela.
Vamos lá! Eu consigo!
-Quer ajuda?- perguntei sussurrando sedutoramente no ouvido dela

Seus livros caíram na medida em que ela virou para me olhar. Peguei seus livros do chão entregando para ela
-Andrew? -ela sorriu mostrando alegria e surpresa
-Oi... -sorri forçadamente
-Obrigado- ela disse pegando seus livros
-Posso ir com você para sala?- perguntei
-Sim. .- ela sorriu e eu quase soltei um palavrão

Fomos lado a lado para a sala, e ela mostrava sua felicidade e esperança, eu queria sair gritando fogo e pedi que um meteoro atingisse minha cabeça

Assistimos às aulas juntos, eu jogava bem, tocando seu rosto, amaciando para mostrar que não estava mentindo. Na hora do almoço sentei numa mesa com ela
-Nossa... -Ela murmurou
-Que foi?- perguntei
-Hoje é o dia mais feliz da minha vida- Thalia sorriu

Dei um sorriso forçado.
-Você é muito linda Thalia- sorri- e acho que fazemos um lindo casal.
-Você acha?- ela quase pulou em seu lugar
-Acho. Você poderia ser minha namorada. Você aceita?

Diga não! Não! Não!
-Oh Andrew, seria o meu maior sonho. É claro que sim- ela disse contente de mais

Porra!
Sorri mentindo bem. Toquei o rosto dela, e fechei meus olhos beijando seus lábios delicadamente, ela correspondeu como se não estivesse acreditando, como se sentisse medo de estar louca. Afastei-me rapidamente e sorri.
-Você sentiu?- ela perguntou
-O que?- perguntei
-Quando você me beijou senti um frio na barriga, e esqueci onde estava. Como se não tivesse nada mais além de nós- ela sorriu

Não senti Porra nenhuma
-Ah, claro- menti
-Isso acontece quando há paixão- ela falou.

Não me lembro de sentir isso por ninguém. Mas seria legal sentir, seria? Thalia segurou minha mão e então sorriu. Eu devolvi o sorriso tentando parecer contente com nosso namoro.

No fim das aulas parei com o carro na frente da casa de Thalia. Ela não tirou o sorriso estranho do rosto nenhum minuto depois de nosso beijo ou do pedido. Meu celular vibrou em mensagem. Peguei-o vendo um número desconhecido na tela:
[Desconhecido]
Beco furado

Franzir o cenho, sabendo que era o código para o trabalho.
-Quem é? - ela perguntou
-Meu trabalho chamando- falei
-Ah... - ela falou desconfiada- não vai entrar?
-Não posso amor- falei- outro dia.
-Tá- ela falou nada contente.

Que inferno.
-Até- falei para ela
-Tchau amor- ela me beijou não querendo mais soltar.

Era um beijo calmo, sem pressa, sem gosto. Devolvi o beijo sabendo que tinha que atuar bem. Então me afastei sabendo que tinha que ir
-Tá- ela bufou- tchau

Ela saiu pulando como a chapeuzinho vermelho.
Eu parei de olhar dei a partida pronto para ir ver o que era aquela mensagem.

Passei em casa para vestir minha calça jeans escura, minha blusa preta sem mangas e minha jaqueta de Coura também preta. Coloquei minhas botas de combate, e segui caminho para o beco furado.

No beco furado eu era conhecido como o Big A(o grande A). Todos que trabalhavam como Assassinos de aluguel tinham sua própria mesa no bar. Minha mesa era a do canto, entre o Poli-Dance e o Bar, e nela havia um homem sentado.
-Grande A- Luís, o porteiro me cumprimentou- tem seu primeiro cliente.

Eu Caminhei até minha mesa, me sentando sem ser anunciado, o homem que estava lá me olhou bem observador
-Quer Algo A?- o barman perguntou
-Um Brand - pedi

Olhei para o homem impassível, ele parecia nervoso, e eu também, mas não demonstrava tanto quanto ele. Ele parecia ter dinheiro, era elegante, devia ter 35 anos, casado pela aliança no dedo. E com certeza tinha um problema. Meu Brand chegou e tomei um gole dele
-Você é o Grande A?- ele falou algo por sim
-Sou... - falei olhando para meu copo
-Eu soube que você é bom- ele disse com cautela

Bom? Ele era meu primeiro cliente. Como assim eu era bom?
Olhei para Jonas que estava no bar, ele me deu uma piscadela, e eu soube que com certeza ele tinha feito uma propaganda.
-Sou muito bom- falei me gabando
-Ótimo- ele sorriu- Tem um cara, que tá me devendo uma alta grana, fiz um negócio para ele, mas o cara tá me ignorando. Não quer pagar sabe.
-Entendi- falei
-Já que ele não tem dinheiro, quero que ele seja eliminado
-Mas ai você não vai ser pago- falei
-Eu sei, mas se ele continuar vivo vai acabar fugindo e eu não vou ser pago e aí terei sido feito de trouxa. - ele explicou
-Entendi, acerto de contas- sorri perigosamente
-Sim, sou muito rico e não vou sentir falta do que ele me deve, mas não gosto de engraçadinhos. -Nem eu... -falei tomando minha bebida- vou eliminar facilmente. Não vai ter problema com isso.

Lancei um olhar frio para ele, como se estudasse todas as formas possíveis de matá-lo
-Você me assusta- o homem declarou me deixando surpreso.

E eu gostei muito dessa declaração devo admitir.
-Quanto?- perguntei sobre o preço
-Te pago 50 mil para matá-lo- ele soltou

50 mil fácil. Sorri
-Feito- falei
-Ele trabalha em uma loja de conveniência, nesta rua- ele me deu o endereço- não tem onde cair morto. Ele Fica lá até tarde, se chama Júlio. Não tem erro
-Fácil- assenti

Ele tirou um envelope do bolso e me entregou. Abri-o conferindo as notas uma a uma, que davam o valor exato. Sorri.
-Essa noite está feito? - ele perguntou
-Esta noite, considere feito- falei confiante.

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