Narrador
Dois dias depois
Já se passaram dois dias desde o sequestro, e a máfia não entrou em contado em nenhum momento. Isso deixava Zayn preocupado, ele queria saber o motivo do sumiço. Nesse momento Zayn deixava o Hospital, Harry ainda se encontrava em coma mas o inchaço de seu cérebro havia diminuído. O corpo de Isabelle foi levado para a Suíça, lá morava uma tia de segundo grau.
Há alguns quilômetros dali, num galpão abandonado estava Lizze e Trisha, ambas amarradas numa cadeira, estavam desconfortáveis. Trisha suspirou, estava em estado de choque. Seu pai foi morto bem na sua frente, era mais fácil para máfia mata-lo, Trisha estava dando lucro e mata-la só traria prejuízo. Ela queria chorar, como viveria sem o pai? Como aquentaria viver naquele lugar por anos? Ela queria se matar, queria que estivessem num prédio para ir de alguma forma até uma janela e se jogar. Ela pensou que estaria livre mas não estava, antes sua vida já estava uma merda mas agora ela sabia que havia piorado.
Lizze não sabia como estava Garden, ou se sairia bem dali , ela queria conversa com a colega mas Trisha parecia estar vazia, estava pálida e num silêncio assustador a dois dias. Seus olhos transmitia o vazio se sua alma. Lizze queria consolar a colega, dizer que tudo ficaria bem, mas a frase ''Vai ficar tudo bem.'' dita num momento de consolo parecia vazia, dita só por dizer, uma frase que não servia para nada. Pelo menos era o que Lizze pensava.
A noite caiu, era mais um dia naquele lugar horroroso.
Um dos homens entrou no pequeno quarto, Trisha começaria mais uma noite programa. Agarota nem se importava , faria tudo o mais rápido possível, seu corpo estava exausto e sua mente mais ainda. Lizze ficou sozinha, queria deitar, preferia estar amarrada no chão , não na cadeira, estava desconfortável. Ela também não queria estar amarrada!
Zayn andava de um lado para o outro, estava exausto mas não conseguia dormir. Todas as vezes que fechava os olhos tinha um sonho ruim. Ele se imagina no local onde Lizze estava, a via sendo maltratada, ele tentava ajuda-la mas era como uma parede indestrutível estivesse a sua frente, ele tentava gritar mas não era possível sua voz não saia. De repente ele estava vendo Harry apanhar e Isabelle ser assassinada, e a cena com Lizze se repetia, ele não podia fazer nada outra vez.
Ele caminho até o banheiro e jogou um pouco de água gelada em seu rosto, se olhou no espelho e havia marcas escuras em volta de seus olhos, Zayn estava acabado.
- Comida!
O pai de Lizze gritou da pequena sala, Zayn queria ir para casa. Tomar um banho quente e relaxar, mas ir para casa o faria se lembrar dela, e ele não queria lembrar de Lizze. Isso o faria ficar pior, e já havia um buraco em seu peito. Para muitos podia ter sido pouco tempo, pouco tempo para ele se apaixonar por ela mas essa era a realidade. Zayn amava Lizze, mesmo que para ela seja confuso demais esse sentimento, ou que esse sentimento havia chegado rápido demais ou que eles pouco sabiam um do outro, ela já ocupava um enorme espaço no coração de Zayn, espaço que estava vazio e doía mais do que tudo. Ele respirou, fechou os olhos desejando que ela estivesse bem e voltou para sala.
Pegou a marmita com comida, ficou minutos encarando o prato. Se perguntou se eles estavam dando a Lizze o de comer, ele não estava com fome mas tinha que comer, precisa estar bem para quando ela voltasse. A comida descia pela sua garganta com pedra, dura e sem gosto. Não estava ruim, mas a falta de fome o fazia querer vomitar tudo para fora. Zayn fazia cara feia para cada colherada de comida que descia.
- Ficar assim não ajuda Zayn.
Zayn levantou o olhar, o pai de Lizze assistia um jornal qualquer na televisão.
- E como você quer que eu fique? Quer que eu finja que estar tudo bem? Tenho sentimentos, não sou igual a você!
A raiva era perceptível na voz de Zayn, Robin nesse momento parecia não ter sentimento.
- Zayn, não estou dizendo isso. Apenas quero dizer que vamos resolver tudo, Lizze vai voltar sã e salva.
Ele fingiu não ouvir, não queria mais conversar mas esperava que Robin estivesse certo.
* * *
05:30 a.m
Já era quase de manhã quando Trisha voltou, estava cansada. Desta vez a deixaram no chão, seria melhor do que na cadeira depois de uma noite de ''trabalho''. Lizze acordou assustada.
- Esta bem?
Ela quis saber. Trisha sorriu em deboche.
- Pior impossível, Lizze.
- Ok.
Lizze observou a colega se encolher no chão e fechar os olhos. Trisha só queria descansar, também queria tomar um banho, queria tirar a sujeira de seu corpo, tirar a sensação das mãos daqueles homens tocando o seu corpo. Trisha se permitiu chorar, soluços baixo, chorou até cansar e pegar no sono. Já Lizze não conseguiu dormir e nem chorar, em nenhum momento até agora ela se permitiu chorar. Queria ser forte, queria se manter firme.
14:50 p.m
Trisha e Lizze terminavam de comer um pequeno almoço, uma comida barata e sem gosto. Em outro lado do galpão um homem falava ao telefone com Zayn.
- Hoje ás seis horas da tarde. Espero que você leve os cem milhões de dólares, acho que seria doloroso ver sua mulher ser morta bem na sua frente, não é? Não tente nenhuma gracinha!
- Deixe-me falar com ela!
- Não desta vez, Malik.
Quando a ligação foi finalizada o coração de Zayn se apertou, tinha que correr, era uma contia muito alto e o banco iria exigir um monte de coisas.
- Essa contia é muito alta Zayn.
- Não posso, arriscar. Você até agora não fez porra nenhuma!
- Alguém sempre sai morto Zayn, eu já te disse.
Zayn não queria pensar nisso, poderia ser uma mentira de Robin, ele prometeu ajudar Zayn mas até agora não fez nada.
- Nosso informante, não é o do melhores mas já sabemos onde é. Vamos dar uma ronda por lá hoje, tentaremos invadir o local antes da entrega.
Foi tudo o que Robin disse antes de sair, Zayn já não acreditava mais. Nesses dois dias Robin não fez nada, seria difícil acreditar que em poucas horas ele conseguiria salvar a filha, tinham poucas horas para fazerem tudo voltar ao normal. Isso se tudo voltasse ao normal.
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O Casamento Forçado [EM REVISÃO]
Fanfic" Aquele dia foi e é o pior de todos, era para ser a comemoração de meus 19 anos. O dia da minha festa, mas não foi bem assim que aconteceu, era tudo armação aquele era o dia de meu casamento com um homem que eu mau conhecia."