Capítulo 10

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Victória acordou com Nena a chamando. Sentou e olhou ao redor lembrando vagamente da noite anterior, mas comparada a outra manhã ela estava bem melhor, só precisava descansar. Passou a mão nos cabelos e riu lembrando das expressões do conde, deveria agradecê-lo novamente pelo cuidado surpreendente que teve com ela.

– De quê rir ? – a mulher perguntou e ela deu de ombros se jogando na cama outra vez – Recebeu um bilhete da srta. Robinson, avisando de sua visita.

– Onde você esteve ontem Nena? Não a vi o dia inteiro.

– Não quero decepcioná-la queria, mas também possuo uma vida – disse com ar tão suspeitosamente malicioso que Victória tornou a sentar vibrando com a possibilidade dela estar tendo um romance.

Levantou e pegou os braços da mulher a rodando pelo quarto.

– Ah Nena, me conte!

– Não! – a mulher sorriu e a empurrou para se lavar –

Ande, não enrole.

Quando desceu o conde já a esperava para dejejum pontualmente e Victória estava faminta!

– Está melhor? – mal esperou ela sentar para perguntar ao que ela lhe assentiu meio sem graça pelos novas atos que havia lembrado – Dormiu bem?

– Sim, obrigada novamente.

– Não prefere que chame um médico?

– Não é necessário – começou a atacar a mesa.

– Tem certeza?

Ela o olhou para dar uma resposta sarcástica mas ele só estava preocupado, não seria justo.

– Sim.

– Por favor, me prometa que se cuidará mais adiante e escutará Nena.

Ela teve que rir percebendo que o conde seria do tipo super protetor.

– Giorgina vem para uma visita, sabe o motivo?

Ele franziu as sobrancelhas – Acha que está em condições de recebê-la?

Era evidente que ele estava a caçoar dela.

Depois do café eles voltaram a rotina natural, ele no escritório e ela na biblioteca, jardim ou sala de música. Se quisesse achar Victória naquela casa bastava procurá-la nesses lugares respectivamente. Assim que debutara o pai se preocupou com a possibilidade dela ser uma amante nata de literatura atrapalhá-la no quesito marido, que ela idealizasse um dos personagens perfeitos e nunca os enxerga-se nos pretendentes reais, felizmente a filha sempre fora muito sensata e em uma conversa podia fazer os homens falarem horas sobre seus atributos sem nem perceberem, mas é claro que a beleza com a qual fora agraciada contava bastante no interesse deles.

Inspirada pelo novo livro de fantasia que estava lendo, saiu pela casa em busca de passagens secretas ou quartos abandonados contendo algum mistério esperando para ser desvendado. E ela bem que encontrou uma porta, no fim do corredor, próxima ao quarto do conde, três degraus a levavam até ela, animada ela levou a mão a maçaneta apenas para descobrir estar trancada. Claro que estaria, não poderia ser tão fácil!

– Sra. Turner?

Ela se sobressaltou por James a surpreender. Colocou o rosto para fora do corredor.

– Sim?

Ele a olhou com curiosidade mas logo voltou a pose profissional de sempre.

O amor vem devagarOnde histórias criam vida. Descubra agora