O vestido que a sra. Foster havia mostrado a Victória era lindo, e quando a mesma experimentou, ficou maravilhoso, coube com uma perfeição que podia jurar que a costureira havia feito para ela.
– O que achou? – a mulher perguntou ansiosa.
– Divino! Mas não acha que está chamativo demais? Não esqueça que é a aniversariante quem precisa brilhar – literalmente.
– Cada vestido tem seu próprio encanto – falou ao analisá-lo nela – Apesar de que se necessite uma portadora elegante como a senhora – Victória sorrio com o elogio – E em relação a Srta. Robinson, sou eu quem está criando o vestido dela, então não se preocupe, brilhará sem roubar-lhe a atenção.
– Só me resta confiar no seu veredito – voltou a se admirar no espelho a frente.
A alça dos braços caia em seus ombros deixando o colo a mostra. O bustiê do vestido era rosa brilhante com pequenas flores vermelhas com o centro branco desenhadas de forma que parecesse que caiam sobre a saia rodada, como um lindo mar rosa..
– Acho que está faltando mais brilho na saia – Sra Foster comentou.
– Pois eu acho que está perfeito assim! E as outras moças também.
A mulher seguiu o olhar de Victória ao redor, todas as meninas ali presente admiravam o vestido, e quem podia culpá-las? Victória estava parecendo uma princesa.
– Aposto que terá inúmeras encomendas.
– Humpf, por isso queria que fossemos para uma cabine reservada. Confessarei uma coisa Lady Turner, amo fazer vestidos, porém amo ainda mais criá-los as pessoas certas, alguns de meus modelos não são para todas.
– Fico lisonjeada – disse fazendo a mulher sorrir.
– Sabendo eu que todas as suas roupas foram feitas por mim – falou convencidamente – Não vejo a hora de renovar seu guarda-roupa!
Victória riu – Talvez demore um pouco Sra. Foster, ainda não cheguei a usar todos que tenho.
– Ora mais isso não é problema! Quanto mais, melhor!
Nena a esperava junto as outras acompanhantes na sala de espera. Ainda sem o anel.
– Conte-me Nena – enlaçou o braço ao dela quando saíram – Como anda James?
Viu o exato momento em que o rosto tranquilo da mulher se enrubesceu e se tornou nervoso.
– Como poderia saber?
Victória sorriu querendo provocá-la um pouco mais.
– Ainda andam se encontrando as escuras? – sussurrou a deixando abismada
– Victória! – Ela riu – Conte-me você sobre o conde!
O sorriso dela foi diminuindo até quase deixar seu rosto completamente.
– O que há para falar dele que todos não saibam?
– Pois bem, deixe-me reformular a pergunta, o que há entre vocês?
– Não tenho como saber, ele mal para em casa ultimamente.
– Jantaram ontem.
– Depois de quase uma semana – a lembrou.
– Se está com saudades, vá vê-lo no escritório.
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O amor vem devagar
RandomEra comum encontrar entre a alta sociedade da época, casais que estavam juntos por conveniência, necessidade financeira, poder ou exibição. Casar-se por amor era um privilégio para poucos. E para Victória, um sonho a ser alcançado. Como toda românti...