Epílogo

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Victória nem podia acreditar que dentro de poucos minutos veria a família novamente. Estava tão animada que mal parava quieta na carruagem. O ano que passou mais pareceu uma eternidade mas enfim estaria junto a eles novamente.

– Acha que vão gostar de mim? – Alex perguntou baixinho.

Pensou em fazer alguma piada mas ele estava nervoso demais. Ajeitava a gola da gravata impecável a cada segundo provavelmente preocupado colocando em prática o modo como tudo havia acontecido. Mas assim como ela, sua família também veria o homem maravilhoso com o qual casara.

– Tenho certeza – disse animada – Acho que vai gostar de Andrew!

– Pois saiba que ele aprontará horrores com você! – Nena o alertou

Ela não poderia ficar de fora desse reencontro, nem a sra. Timbley quem fizera questão de acompanhá-los como uma defesa para o conde.

– Acho que consigo conquistá-los, tenho muita experiência em lidar com Petersons.

Victória riu e o marido lhe permitiu um sorriso nervoso.

– Sinto que vocês deixaram Alex com uma péssima imagem – Sra. Timbley falou com desgosto.

– Tente entender que na época era diferente sra. Timbley – tentou explicar.

– Não vamos pensar mais nisso, já está no passado – Alex interviu segurando a mão da esposa.

Victória não gostava, nem se orgulhava do que tinha feito, mas na época Alex era um monstro a comprando, não tinha culpa de pensar aquilo.

– O importante é que estamos juntos agora – ele levou sua mão aos lábios.

Vinha sendo um marido tão maravilhoso, tão perfeito que por vezes sonhava acordada, aquilo era melhor do que qualquer sonho que já almejara um dia. Sorriu e retribuiu o beijo.

Seu coração acelerava a cada lugar mais próximo de casa, queria vê-los o quanto antes e matar toda a saudade que chegava a doer o peito. E não só ela ao que parecia, pois assim que a carruagem parou em frente ao portão branco da casa marrom Andrew saiu correndo de dentro indo em sua direção seguido pelo mordomo tentando segurá-lo. Victória saiu sem esperar mais nem um segundo, se abaixou e abraçou o pequeno que retribuía com toda a força que podia. Sentira mais falta do que imaginava que seus olhos chegaram a marejar de felicidade por revê-lo.

– Não era você quem não ia sentir minha falta? – provocou ao olhá-lo com mais atenção, continuava da mesma estatura a não ser pelo cabelo começando a cair nos olhos, a mãe devia estar tendo problemas para fazer com que ele deixasse ela levá-lo ao barbeiro para cortar.

– Não enche Victória! – sua voz soou como música aos seus ouvidos.

– Senti sua falta – disse voltando a abraça-lo.

Quando voltou a soltá-lo o sorriso dele se alargou ao olhar para o lado.

– NENA!! – correu e abraçou – Não sabe como faz falta aqui! Milena não sabe arrumar minha cama com você fazia!

Ela sorriu com a surpresa pelo afeto.

– Vem – se voltou para Victória – Estão esperando lá dentro! – a puxou pela mão a levando para dentro e ignorando Alex e sra. Timbley.

Mas ao olhar para trás ele assentiu para que fosse e matasse a saudade. Seguiu com Andrew pelo hall da casa na qual crescera e pouco antes de chegar a porta da sala a mãe apareceu com os olhos cheios de lágrimas.

Foi a vez de Victória correr na direção dela com o coração apertado.

– Ah minha menina– a mãe a olhou bem acariciando seu rosto ao chorar.

O amor vem devagarOnde histórias criam vida. Descubra agora