Capítulo 11

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"Éramos noivos"

Aquilo não saia da mente de Alex. No início pensou ser mais uma provocação da moça, mas quando as coisas começaram a se encaixar...Logo que Phillip chegara em Hanford vivia de suspiros por uma moça que havia deixado para trás com a promessa de que voltaria e a tomaria como esposa, mas nunca tinha falado o nome dela o que na época parecia irrelevante, Jhonatan não perdia a oportunidade de bagunçar com ele sempre que começava a falar dela. Nunca, jamais suspeitou que poderia ser Victória e agora tudo fazia sentido! Era por isso que ela não queria casar, estava esperando por Phillip todo esse tempo e...ah Phillip, era tão típico dele abrir mão de algo pelos outros. Mas aquilo era demais, foi demais. Como ele não estaria, vendo a mulher que amou por todos esses anos casada com seu melhor amigo e como não ficou por ter sido ele o responsável por levá-la a ele. Alex não podia imaginar como devia ter sido doloroso não só para ele mas para Victória. Precisava conversar com Phillip.

Pediu para James preparar a montaria pois indo a cavalo poupava muito mais tempo e acabou encontrando Victória no pé da escada se preparando para entrar na carruagem. Iria visitar a vila com a Sra Timbley. Não haviam conversado após a revelação, passou o resto do dia no quarto, no café ele não sabia como abordar o assunto e no almoço ele ficou no escritório.

– Vai sair? – A mulher perguntou ao se aproximar

– Tenho que resolver algo no escritório – passou por ela no mesmo instante que o sr Clayton chegou com o garanhão já selado.

– É lindo! – Victória se aproximou completamente admirada com o cavalo de pelos negros – E enorme! – sorriu esticando a mão para acariciá-lo mas recuou – Não vai fugir ou virar o rosto como seu amigo vai?

Alex se pegou rindo por ela estar conversando com ele daquela forma, não que achasse estrando pois ele mesmo passava algum tempo com o amigo.

Ela esticou a mão mais uma vez e tocou o focinho do cavalo se aproximando parecendo feliz por ele tê-la deixado acariciá-lo.

– Não o vi da outra vez. Qual o nome dele?

– Zeus – respondeu se aproximando ainda que receoso.

Talvez fosse ele mesmo que estivesse tornando o clima entre eles incomodo.

– O famoso Zeus! – se afastou para fazer uma mensura – É bem famoso nas redondezas sabia? Acha que um dia consigo montá-lo? – se dirigiu ao conde

– Pensei que tinha tido que não sabia.

– Phillip está me ensinando – balançou a mão em um gesto vago e seus olhos brilharam – Me deu uma égua, Cristal!

Os olhos do conde se arregalaram – Lhe deu Cristal?

– Algum problema? – estranhou.

– Phillip é louco por aquela égua.

– Sim, me fez jurar cuidar dela como um filho – revirou os olhos.

Muitos já quiseram comprar a égua, era de uma graça impecável e treinada para caças, ele nunca cogitou a ideia de vendê-la não importasse a quantia. Mas depois do que ficou sabendo, era compreensível que desse a ela.

– Posso buscá-la na vila, não vou demorar.

Ela inclinou a cabeça encarando-o

– Não vejo problema.

Ele assentiu – Preciso ir

Ela afastou e ele montou em Zeus partindo as pressas. E como esperado não demorou par chegar no escritório.

O amor vem devagarOnde histórias criam vida. Descubra agora