Depois que o conde chegou a conclusão de que um de seus funcionários da casa estava agindo como informante para Crowley, Victória teve que fazer a transição de suas coisas para o quarto da condessa, assim, quando fossem passar informações teriam de falar o que acontecia, ou o que deveria acontecer. O quarto sem duvida era maior que o que estava usando e definidamente mais cheio de vida! Era em um tom amarelo com as cortinas em vermelho vinho com detalhes dourado nelas e em algumas partes do quarto, com uma enorme cama de dorsel com tecidos vermelhos e brancos. A única coisa que sentiria falta era da visão magnifica que tinha do jardim da sacada do outro quarto. A visão atual era bonita mas nem de longe a mais encantadora. E havia uma porta. No canto do quarto que dava acesso para o quarto do conde.
– O que achou? – ela se surpreendeu quando o próprio falou atrás dela
– É lindo – se afastou da porta virando para ele e vendo que estava bem arrumado – Vai sair?
– Sim, se incomodaria de me acompanhar? Gostaria que conhecesse uma pessoa.
Ela franziu as sobrancelhas estranhando mas não discutiu. Quem quer que fosse deveria ser importante. Deixou que os empregados terminassem com a mudança e se dispôs a ir com o conde que não deu nenhuma informação sobre quem seria apesar das insistências da moça.
– Quem mora aqui? – ela perguntou quando pararam em frente a uma grande casa salmão mas ele apenas sorriu dirigindo-os a porta.
– Lorde Turner – o mordomo da casa os recebeu – Milady.
– Alex! – Victória sorriu surpresa ao ver um garoto correndo na direção do conde que se abaixou para abraçá-lo.
– Parece que está bem recuperado!
– Novinho em folha! – falou tirando um riso do homem
– Fico muito feliz. Quero que conheça minha esposa, Victória.
Ele sorriu e pegou a mão dela para um beijo a fazendo rir.
– É um prazer milady!
– Igualmente – ela disse meio desconcertada – Como se chama?
– Mathias Turner!
Turner? Ela olhou para Alex que estava deslumbrado em ver o menino e depois para Mathias percebendo certas semelhanças com o mesmo. Cabelos pretos como os dele, e definitivamente os mesmos olhos!
– Como está sua mãe?
Ah céus, Alex tinha um filho!
– Muito contente pela visita! – Marlúcia apareceu e Victória suspirou aliviada e espantada com a revelação, até riu discretamente do pensamento –Victória, fico feliz em revê-la.
Ela definitivamente não estava mais abatida, pelo contrario, sorria e estava corada em sinal de uma boa saúde.
– Venham – ela os levou a sala.
Era bem decorada e os móveis pareciam ser de ilustre nobreza, definitivamente nada comparada a pouca decoração da casa deles onde ela vinha aos poucos tentando mudar o ar deixando-o menos masculino e bruto. E não era apenas ela que estava deslumbrada com a casa, o conde parecia bem contente com a vista.
– Você não mudou nada – ele disse quando sentaram no sofá.
– Claro que não, afinal a casa é sua.
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O amor vem devagar
RandomEra comum encontrar entre a alta sociedade da época, casais que estavam juntos por conveniência, necessidade financeira, poder ou exibição. Casar-se por amor era um privilégio para poucos. E para Victória, um sonho a ser alcançado. Como toda românti...