A mãe de Jennifer estava apreensiva, observando a filha carregando suas malas para o hall da casa.
— Ah, meu amor... Eu já estou quase desistindo de te deixar ir.
— Não dá pra desistir agora, mãe. – sorriu. – Eu também vou sentir sua falta.
A mais velha suspirou, se agarrando à filha e a abraçando com toda a força.
— Você sabe que eu e o seu pai só queremos o seu bem. – sorriu, segurando as bochechas da filha. – E você estava tão animada com essa viagem, que... Ah, meu amor. Você sabe que não temos condições de pagar uma viagem dessas para você, então nós decidimos deixar. Eu quero que você tenha todas as oportunidades que a vida lhe proporcionar.
— Eu sei, mãe. – sorriu de volta, os olhos mareando. – Eu te amo muito, 'tá? E nunca ia pedir que pagassem uma viagem assim... Entendo muito bem nossa condição e o nosso lugar. Mas o Der é... Ele é tão bom pra mim, mãe. – sorriu ainda mais. – E ele queria tanto que eu fosse, e... Bom, é claro que eu também quero ir, mas se vocês tivessem dito não, eu ia aceitar.
— Você é muito madura pra sua idade, Jenn. Muito mais madura que eu era na sua idade, e olha que eu já esperava você!– riu. – Filha, nós não te demos presente no seu aniversário, e...
— Mãe! Já falei que não precisa disso.
— Não me interrompa, mocinha. – a mais velha ralhou, de brincadeira. – Eu e seu pai queremos te dar isso. – estendeu um envelope para a filha. – Não é muito, mas você pode comprar alguma coisa...
—Mãe, não posso aceitar. – afastou o envelope, entregando-o para a mãe, que se recusou a pegar de volta.
— Não te eduquei para recusar presentes! Vai aceitar, sim! – colocou a filha nos braços e beijou seu cabelo. – Não vai fazer falta nenhuma, eu prometo.
Jennifer sorriu, agradecida, e escutaram a campainha tocar.
— Eu atendo. Quero falar com seu sogro e me certificar que está em boas mãos. Vá lá para cima se despedir da Cin, aproveite e mande seu pai descer. – mandou, se afastando para atender a porta.
Jenn subiu as escadas e entrou no quarto da irmãzinha. O pai delas tentava embalar a menina, mas nada adiantava. Estava esperneando como nunca.
— Deixa comigo, papai. A mamãe está precisando de você lá em baixo.
Richard assentiu, beijando a testa da filha.
— Tudo certo?
— Sim. Eu já desço para me despedir, tudo bem? – sorriu, pegando a irmã no colo.
Bastou o pai botar o pé pra fora para Cindy ameaçar um choro.
— Ei, o que é isso? – Jenn pediu, sentando-se na cama da pequena e a ajeitando em seu colo. – Nada de chorar, mocinha.
— Não vai, por favor. – a menininha pediu, formando um bico involuntário nos lábios, mostrando que o choro estava perto.
— Meu amor... Não faz assim. Eu prometi pro Derek. O que falei sobre promessas?
— Têm que cumprir. – Cin resmungou, olhando para baixo.
— Isso mesmo. – ergueu o queixo da bebê. – Não chora, Cindy. Quer me ver triste?
— Não. – abraçou a irmã, fazendo o seu coração derreter.
— Então! – sorriu, beijando o rosto da irmã. – Já conversamos sobre isso. São só três semanas. Enquanto isso você vai fazer muitos bonecos de neve, e vai tirar foto! E quando eu chegar, eu te mostro as fotos do lugar aonde vou, e a gente monta um álbum só nosso.
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Fruto Proibido
RomanceSebastian Hunt se apaixonou platonicamente pela namorada do filho, sem saber que ela era dele. Eles três viajam com dois amigos para uma praia brasileira e o homem decide conquistar a nora, por mais errado que isso seja. Será que Jennifer será capa...