Capítulo 15

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Eduardo

A imagem do rosto da Isa contornado ficou marcado em minha mente, eu não conseguia para de pensar nela. Eu odiava ver a dor em seus olhos. Eu odiava ver que algo estava machucando tanto ela. Eu sentia tudo aquilo me consumir inteiramente.

Uma grande força me fazia quase enlouquecer de tanto que eu a queria. Eu queria tocar seu rosto, beijar seus lábios, falar em seu ouvido que tudo ia passar.

Isa continuou sendo escorraçada por todos, mas não mostrou reação alguma. Ela andava ignorando tudo e a todos. Cada risada, cada comentário, como se ela não visse ou ouvisse nada.

Também não comia direito e sua aparência deixava claro que ela também não estava dormindo bem. A única hora que ela parecia relaxar um pouco era durante nossos treinos. Era como se ela estivesse feito do ginásio seu refúgio. E eu não queria estragar, então nunca mencionei esses fatos com ela, antes, agi como se nada tivesse chegado a mim e fazia de tudo para se sentisse confortável.

A cada dia ela aprimorava mais e mais, tanto que já estava conseguindo me acertar alguns golpes, embora eu resistisse bem a eles. Sua determinação era algo admirável. Naquele dia ela estava particularmente mortal. Provavelmente canalizando todo aquele aborrecimento para seus treinos. Tanto que me vi pedindo um tempo, opôs uma série de ataques dela.

Nós estávamos treinando ao ar livre, propositalmente para ensinar o corpo dela a suportar baixas temperaturas. A cada dia o tempo fica mais frio.

Eu esperava que ela fosse chegar com um péssimo humor, cheia de piadas acidas e descarregando tudo nos golpes das lutas. Mas fui surpreendido. A expressão que ela começaria a chorar a qualquer instante. Eu não tinha tido ideia que isso teria uma dimensão tão grande para ela. Ela tentou passar uma força.

Eu tentei ser o mais amigável possível e deixar o clima mais leve, mais nada parecia adiantar.

Quando o treino chegou ao fim, ela saiu colocando sua mochila costas, sem se quer se despedir, andando rápido e de cabeças baixas, da mesma forma que eu tinha visto fazer diante as chacotas.

Fiquei olhando-a se afastar, sentindo um grande aperto no meu peito. Então tomei uma decisão. Eu não podia matar o Bonnie, O que eu realmente queria fazer.

Por mais que ele fosse o professor, ele não deveria humilhar uma aluna da forma que a Isa foi.

Algo naquilo me dizia que era um assunto pessoal para Bonnie. Ele não tinha nenhuma arma contra ela para deixa-la tão mal assim.

Terminei de guardar todos os equipamentos no quarto de suprimento e fui resolver algumas coisas. Quando tinha passado a hora de localização dos estudantes já próximo ao toque de recolher, fui a sala dos professores. Entrei e vi que Bonnie estava vendo alguns papeis. Entrei e certifiquei de que só havia nós lá.

- Professor Bonnie, eu queria mesmo falar com você. - Falei com a expressão vazia.

Ele me olhou assim que ouviu seu nome ser anunciado.

- Eu queria saber o que foi que aconteceu com o você e a Srt.ª Muneratti.

- Aquela garota mimada já saiu inventando história.

Me mantive imparcial.

- Claro que não, eu apenas escutei rumores sobre um certo desentendimento sobre vocês.- Ele me olhou e sorriu de canto.

- Aquela menina é apenas mais uma idiota como todo o restante da família. - Diz ele se levantando. - Uma hipócrita como o maldito pai.

- Eu não entendo esse rancor todo por ela. - Falei tentando me controlar.

- Você não entende não é mesmo. Os Munerattis são sujos, deixa destruição por onde passam e querem tudo para si.- Diz ele. posso ver nitidamente raiva em seus olhos.

- mas Isabella não tem nada a ver com os erros ou o que quer que seja o que os Muneratti tenha feito pra você. - Falei com calma.

- Pode até ser que não mas faz parte dos inúteis dos Munerattis é só mais uma pobre idiota achando que é dona do mundo. - Diz ele cuspindo as palavras. - Isso é realmente uma pena ela é uma garota tão linda mas lembra o crápula do pai. -

Já chega ele não podia falar essas coisas da Isa. Não na minha frente.
Eu estava prestes a perder meu Auto controle e matar esse imbecil. Antes que eu fizesse qualquer coisa escuto batidas na porta.

- desculpa interromper Professor Bonnie mas a diretora Rivera deseja falar com o senhor em sua sala.- A inspetora ele assenti e me olha.

- Professor volkov peço desculpas pelo meu comportamento, mais preciso ir.- Falou saindo.

Respirei fundo tentando me recompor e sair da sala.



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