Meu Guardião (Obra Incompleta)

Capítulo 11

Quando ela terminou todas as séries, fui para o lado dela e demostrei alguns alongamentos. Ela copiou os movimentos e me olhavam com ar travesso.

- Como você acabou vindo para a Academia?, Você também estudou aqui?

Aquela pergunta dela me pegou desprevinido. O máximo que eu conversava com ela era assuntos sobre a aula. Eu não dava a as pessoas abertura para que elas não questionassem sobre a minha vida.

- Não, frequentei uma escola na Sibéria.

- Nossa esse lugar deve ser muito pior que o Brasil.

Era engraçado ela disser aquilo, até porquê eu não achava nenhum dos dois lugares ruim. Eu dei um pequeno fechado sorriso. Estranhamente ela estava me fazendo como que eu me sentisse bem relaxado.

- Fui mandado pra cá porque eles necessitavam de um mentor pra te treinar. - Falei essas últimas palavras perdendo todo divertimento de antes.

- Antes de você vim pra ser meu mentor, você pertenceu a alguma mafia?.- Ela perguntou. Aquilo me deixou um pouco sem jeito. Não queria falar da minha vida pessoal, muito menos do meu passado.

- Sim, mais não fiquei por muito tempo.- Falei simplesmente. Era um assunto que me intrestecia muito. Os olhos dela me analisaram por alguns momentos. Pude ver compreensão em seu olhar. Parecia que ela entendia que aquele assunto era desagradável pra mim.

- Ei, foi você que estava fazendo uma demonstração de luta assim que cheguei aqui?, você parece ser muito bom no que faz.

Ela foçou uma mudança repentina de assunto, Claramente percebendo o meu desconforto em falar do meu passado. Mais o novo assunto que ela tinha puxado me surpreendeu. Era um elogio vindo dela. Eu levantei uma das minhas sobrancelhas, abaixando a outra, como sempre fazia quando algum me interessava ou intrigava.

- Você está me elogiado?

- Talvez...

[...]

Eu a dispensei da aula, e ela foi para o seu dormitório.

Eu só conhecia Isabella Muneratti há menos de um mês e ela já tinha desarrumado a minha vida. Tudo que eu havia planejado tinha saído de sua posição original. Eu deveria levar a minha vida como instrutor da Academia, mais agora eu me via com a responsabilidade de treinar uma garota que apresentava não querer ajuda.

Pouco tempo depois Isa saiu de uma sala. Ela caminhava para o ginásio onde tinha aula de luta com os outros alunos.
Eu estava completamente consciente da sua presença, mais me mostrei distante e imparcial, como eu sempre era. Realmente eu não gostava das sensação que Isa provocava em mim. Sensação que eu ainda não sabia explicar o que eram.

Como eu daria aula a um grupo de alunos que também estavam no ginásio, caminhei um pouco atrás de Isa. Quando chegamos ao ginásio, todos os alunos olharam para ela. Uns com o ar de espanto, outros de admiração, outros de deboche. Ela não deixou abalar e se manteve por cima. Olhou para todos de queixo erguido demonstrando não temer ninguém. Os olhos dela encarnaram cada rosto da sala, até pararem em um garoto com cabelos negreos.

- Hey, bonitinho, enxugue essa baba, se você vai pensar em mim nua, faça isso em um lugar apropriado.

Todos deram um sorriso abafando, e o garoto deu um sorriso torto, aparecendo gostar do que ouviu.
Eu poderia esperar que ela falasse qualquer coisa, mais não imaginava que seria uma idiotice dessas. Ainda me mantive sério. De fato não achei graça alguma.

- Essa é a minha vez Muneratti, estou conduzindo a aula de hoje.- Ele respondeu.

- Ah, é? Então eu acho que essa é uma boa hora pra você pensar em mim nua. - Isa voltou aquele mesmo ponto e meu incómodo cresceu.

- Sempre é uma boa hora pra pensar em você nua. - O garoto rebateu.

Garoto estúpido, só pensa em mulheres, como todo adolescente, e Isa fica alimentando a fantasia dele. Senti meu incómodo se tornar uma irritação. ' Em que eu fui me meter? O estúpido fui eu em aceitar treiná-la. ' Murmurei em russo, balancei minha cabeça negativamente, enquanto me retirava. Eu o impulso de ir para mais longe possível dali e andei até o pátio principal do campus. Parei brutalmente, tentando organizar minhas emoções.
O que estava acontecendo comigo eu realmente não estava me reconhecendo aquela manhã. Eu precisava me focar no trabalho que eu teria pela frente. Voltei para o ginásio e a aula já havia começado. Subi para uma sala de musculação superior onde tinha uma grande janela de vidro, com vista para a quadra onde eles treinavam. Dali eu pude echegar Isa que estava tentando lutar com Stephen. Ela tinha muita firmeza e foça. Ela só precisava de treino. De muito treino.

Olhando Isa de longe, toda irritação que eu senti mais cedo, se dispou. Novamente, me senti responsável por ela e senti vontade de ajudá-la. Eu tinha que fazer isso por ela.

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Desculpa-me pelos erros, capítulo sem revisão!!!