Capítulo 10

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Isabella

Ha quase um mês estou treinando com o Eduardo. Devo admitir que treinar com aquele Russo é muito difícil. Afinal preciso manter foco mais é impossível. Não vou negar que eu sinto uma atração insana pelo meu tutor. Isso seria mentir e eu não minto. Okay... às vezes é preciso. De algumas semanas pra cá eu jogo umas piadinhas "inocentes", mais ele parece não ligar. Ele é muito fechado, já tentei saber mais dele, mais ele sempre evita.

Suor pinga em meu rosto, minha respiração acelera, meu coração, minhas pernas não conhecem os limites de cada salto pela corda fazendo minhas pernas gritarem de dor. Sobre o tatame pulo sobre a corda em movimentos rápidos e habilidosos.

- Já está bom. - Diz Eduardo em um tom autoritário. Eu paro de imediato e ele vai até a mesa... onde estão belas facas.

Será que é o que estou pensando? Ele me deixaria mesmo tocá-las?

Eu estava tão apreensiva e radiante ao mesmo tempo. Mas ele pegou outro tatame colocando do lado do meu.

- O que está fazendo? - Peguntei confusa. -

- Acho que já está na hora de você começar a treinar pra valer.

- Vai me ensinar a lutar ? - Ele assente e se posiciona em minha frente.

- Tente me acertar, imagine que eu sou o saco de pancada. - Diz com um sorriso.

- Com todo prazer. - Falo com um sorriso debochado.

Fui diretamente acertando um soco em seu rosto. Bem, pelo menos tentando acertar já que fui parada por sua mão em meu pulso. Ele deu um sorriso irritante. Com a outra mão livre tentei socá-lo de novo, mais novamente fui impedida. Só me restava da lhe um chute. Foi o que fiz, mais ele rapidamente segurou minha perna no ar antes que o atingisse me jogando no tatame.

Eu não sei o que houve comigo, mais uma raiva me subiu me fazendo levantar partindo pra cima dele chutando-o. Tentei dar uma rasteira nele, mais ele era rápido e ágil se afastando. Dei chutes e socos mais todos defendidos.

Será difícil derrubá-lo, mais não impossível.

Ele agarrou meus pulsos me mantendo contra seu corpo.

Pov Eduardo

As semanas seguintes ocorreram dentro do padrão de normalidade escolar. Os meus dias se resumiam em treinar Isa, dar aulas nas turmas que Rhivera tinha me dado.
Eu seguia minhas aulas com Isa tentando mantê-la focada. Praticamente sem perceber eu tinha erguido uma parede entre nós,  de forma que as nossas conversas seriam somente sobre as aulas. Eu queria evitar que ela voltasse a fazer perguntas sobre minha vida pessoal.

A cada dia seu corpo ganhava resistência e condicionamento. Seu desempenho era notável o que era devido a sua grande força de vontade. Raramente se atrasava e sempre seguia os exercícios sem reclamar muito, considerando sua rebeldia. Sempre jogando piadinhas engraçadinhas. Eu mantive a mesma linha de treinamento, concentrando tudo em exercícios que dessenvolvem sua rapidez. Ela precisava trabalhar nisso.

Eu sabia que ela estava muito ansiosa pra começar a usar as facas e armas, mais ainda não era tempo. Então resolvi ensiná-la a lutar. Mais ela ainda é lenta.

- Você é lenta, precisa de agilidade, porém seus golpes são fortes. - Me afastei soltando seus pulsos de forma delicada. - Como você se sente agora? -  Pergunto de forma dura.

- Eu me sinto quebrada.

- Você vai se sentir pior amanhã.

- E daí?

- E daí que é melhor você entrar de cabeça no treinamento agora enquanto você não se sente tão mal.

- Que lógica estranha é essa?

Eu não respondi apenas a acompanhei para o lado da sala onde estava os aparelhos de musculação. Eu mostrei as séries que eu queria que ela fizesse e cada aparelho que ela deveria usar. Ela se sentou em uma das estações de ginástica e começou a levantar peso. Eventualmente, eu corrigia sua postura e ajustava seus movimentos. Mais me esforçando para não olhar muito para ela enquanto a mesma fazia isso.

Meu Guardião (Obra Incompleta)Onde histórias criam vida. Descubra agora