O beijo lento e carinhoso foi se tornando urgente, possessivo.
Meio cambaleantes e entre tropeços, fomos nos beijando até o quarto. Drew se afastou por um segundo e puxou a camisa pela parte de trás, tirando-a pela cabeça. Jogou para trás e se aproximou tateando meu corpo.
Ele desceu o zíper do meu vestido, enquanto minhas mãos passavam pelo seu corpo desenfreadamente.
Em algum lugar bem no fundo da minha mente, eu sabia que devia resistir e evitar que isso chegasse ainda mais longe. Porém, quando senti seus beijos sendo espalhados pelo meu pescoço e sua respiração morna na minha mente, perdi qualquer linha de raciocínio e me entreguei totalmente naquele momento.
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Sabe quando você acorda com uma ressaca horrível, sentindo o peso do mundo na sua cabeça e aquela sensação de ''fiz merda na noite passada''?
Não se compara com o surto interno que estou tendo nesse momento.
Parece que estou com uma ressaca de amor, que eu não sei nem como explicar. Só sei que estou completamente dividida.
Eu estava consciente no momento que decidi dormir com ele. Estava consciente quando tiramos a roupa um do outro e transamos como dois selvagens. Mas, em contrapartida me sentia mal porque em todos esses anos eu nunca havia dormido com um caso. Orgulhava-me por ser extremamente profissional.
O pior de tudo é que não consigo me arrepender nem um pouco por isso. Gostaria de saber qual foi o momento que eu passei a sentir algo por ele a ponto de chegarmos nessa situação. Não sou hipócrita, eu sei que tenho um sentimento por ele.
Gosto da sua companhia, seu sorriso, suas piadas e eu achava que assim que fizesse ele se apaixonar ia conseguir pular fora sem muitos estragos. Grande engano o meu. É tarde demais para pular fora, pois terão sim grandes estragos e o maior deles será no meu coração.
Ainda não tive coragem de olhar para o lado.
Empurro seu braço delicadamente para o lado, e saio da cama. Iria pensar sobre isso mais tarde, agora preciso urgentemente comer.
Fiz algumas panquecas, um café rápido e encostei no balcão, tomando minha dose de cafeína diária.
- Bom dia, baixinha. – ouço sua voz e me assusto derrubando a xícara no chão.
Levo a mão ao peito que bate freneticamente.
- Ai merda. – xingo.
Drew se abaixa, para começar a juntar os cacos. Viro-me para buscar uma vassoura e piso em um caco. Tentei, mas não consegui reprimir um grunhido de dor. Maldita mania de andar descalça.
- Puta merda. – resmungo vendo o sangue.
Espero que tenha sido um cortezinho superficial.
- Porra. – Andrew pragueja. – Senta aí. – me empurra puxando a cadeira para mim.
Ele se abaixa na minha frente, colocando meu pé em seu joelho. Mesmo com a dor ali presente, me pego encarando seu rosto. Está expressivo olhando preocupado para o corte.
- Vou ter que puxar o caco de vidro. – diz me olhando com pena. – Vai doer um pouco.
- Tudo bem. Pode tirar.
- Você tem uma caixa de primeiros socorros?
- No banheiro do quarto, dentro da primeira porta do balcão.
Antes mesmo que eu perceba ele já está de volta.
Coloca um pouco de álcool em um pedaço de algodão, tirando o excesso de sangue. Em seguida limpa a pinça com um pouco de álcool e então me encara.
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A Vigarista (Completo)
RomansaLiz Mendes é uma mulher decidida. Para ela nunca houve um trabalho que não pudesse ser feito, nenhum desafio que ela não pudesse concluir. Seu trabalho não é convencional e para que fosse bem sucedida no que fazia ela precisava usar as armas que tin...