Dedicado à r_disturbia ♥
- Assim não, Jenny! - resmungou KaylaEstávamos em meu quarto em uma espécie de festa do pijama. Os garotos conseguiram arrastar Bob para uma de suas festinhas o que me deixava feliz.
Eu estava pintando as unhas do pé, enquanto Jenny fazia tranças na lateral da cabeça de Kayla, que resmungava sempre que os fios se embaraçavam nos dedos finos de Jenny.- Eu realmente o amo, e acredito que um dia ele vai me amar igualmente - disse Kayla sobre Josh.
- Kayla... - tentei advertir com pesar no coração.
- Eu sei o que você vai dizer Débora, mas também sei que você sabe o que eu estou sentindo. Vocês já amaram alguém de um jeito que pensaram que iriam parar de respirar? Que ficam feliz só de pensar que essa pessoa existe? Amar de um jeito tão louco que nem todos os remédios controlado do mundo conseguiria te por nos eixos? Pois é assim que eu me sinto. E assim que fico quando estou perto dele, como se não conseguisse mais controlar minha respiração, meus batimentos cardíacos, meu desejo... eu o amo de um jeito que chega a doer.
Eu e Jenny olhamos para ela com compreensão. Nos sabíamos direitinho o que ela estava dizendo. Eu amava Adam com tanta intensidade quanto a que ela descreveu, e eu acredito que Jenny também amava Ched assim.
- Talvez eu consiga o mudar... - disse ela
- Kayla, ninguém muda ninguém, você sabe disso... - disse.
- Você conseguiu mudar o Adam - Kayla ripostou.
- E verdade - falou Jenny - lembra como Adam era? Deus! Ele atiraria sem pensar duas vezes em qualquer um que fizesse algo que ele discordasse. Ele poderia matar alguém cantando Rolling Stones e fumando seu cigarro. Claro que ele continua o mesmo viciado em adrenalina, cigarro e sangue, mas acredite, você fez um milagre.
Estava pronta para discordar, Adam mudou porque quis, mas o alarme disparou em um grito estridente. Arranquei os algodões dos meus dedos e levantei apressada. Jenny estava encolhida atrás de Kayla, que a abraçou, mas também não conseguiu esconder sua cara de medo.
- O q-que está acontecendo? - perguntou Jenny apavorada.
- Eu não sei, mas vou descobrir. Vocês duas vão para o subsolo, fiquem lá até eu ir buscar vocês - ordenei.
- Eu vou com você - disse Kayla.
- Não, você vai fazer o que eu mandei, não quero vocês em perigo, e não invente de vir atrás de mim, ou deixar Jenny sozinha.
- Mas se for o Dominic? - teimou ela
- Fui treinada para situações como essa, não esqueça que eu sou boa de mira, posso explodir aquele crânio amarelo a distância - tentei tranquilizá-la com um sorriso fraco.
Esperei até ter certeza de que elas estavam indo para o subsolo, depois peguei minha ponto 58 e sai. Lá em baixo, o invasor ou invasores, faziam pequenos barulhos, tentei seguir minha audição, mas tudo ficou mais difícil quando todas as luzes das casa se apagaram.
- Droga! - murmurei.
Tentei me apoiar nas paredes e fazer o mínimo de barulho possível. Ouvi barulhos na cozinha e tentei me orientar na direção da mesma. Passando pela sala, notei através das janelas que as luzes do jardim ainda estavam acessas, o que me permitia saber que o indivíduo desligou a caixa de força de dentro da casa, já que as luzes do jardim tinha um registro separado que ficava do lado de fora, e que certamente era para calar o alarme.
Ouvi um vidro se partindo e um murmuro baixo. Eu estava perto. Entrei na cozinha e senti que havia mais alguém ali. Sem pensar duas vezes chutei o ar e tive sorte quando meu pé acertou o que provavelmente era um ombro. Como não havia chutado muito alto, sabia que a pessoa provavelmente era da mesma altura que eu.
Senti meu tornozelo sendo agarrado e em segundos entrei em uma luta corporal com o invasor, que pelas unhas afiadas que ora ou outra me arranhava e pela baixa massa muscular e estrutural, eu sabia que meu adversário era adversária.
Fui empurrada para junto do fogão e tive a cabeça batida contra a pia, deixando um forte ardor na testa. Consegui me libertar e atirei uma panela no braço da invasora, que me deu um chute no estômago e eu pude sentir um... salto?
Ela se aproveitou que eu estava surpresa e empurrou minha cabeça para a pia novamente. Estava cansada desse joguinho, então dei uma joelhada em seu rosto, sentindo o osso de seu nariz trincar. Ela caiu de joelhos e as luzes da casa se acenderam. Eu tinha certeza que Kayla ou Jenny haviam achado a caixa de força.
Olhei para o ser de preto ajoelhado aos meus pés e encarei sua cabeleira castanha clara. Ela era magra e seus pés estavam calçados em lindas botas pretas. Apontei a ponto 58 para sua cabeça.- Quem e você e o que está fazendo na minha casa? - perguntei.
Ela começou a rir e levantou a cabeça permitindo eu ver seus olhos castanhos emoldurados por enormes cílios e seu nariz sangrando.
- Você e boa, mas pensei que sendo treinada pelo Bob me daria mais trabalho - disse ela.
- Não sou eu que estou ajoelhada - respondi - à propósito, belas botas.
- À propósito, belas unhas, garanto que quando entrei você ainda estava as pintando...
- E verdade. Mas mais bonitos que minhas unhas e essa belezinha aqui, ela atravessa até concreto, agora, se você não quiser seu cérebro espalhado por toda essa cozinha, e melhor me dizer quem é você e o que quer aqui.
- Eu iria te dizer a mesma coisa - disse ela e eu pude sentir o cano da sua arma pressionado na minha barriga.
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