Capítulo 5 - Caminho para a perdição

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POV: Elena

Olhos vidrados em mim, uma paisagem tentadora. Não, não posso me deixar enganar por isso. Por trás desses olhos de anjos, existe um demônio, onde não tem medo de usar suas armas. Não posso me deixar levar por esses lábios carnudos, eles são o caminho para a perdição. Um caminho onde não tem mais volta. Ele desliza lentamente seus lábios pelo o meu rosto, é tentador, mas perigoso. Suas mãos passeiam pela a minha coxa descoberta, ainda estou com a camisa de Matt. Ele está morto, por causa dele.

Lagrimas começam nos cantos dos meus olhos, quando percebo o que ele estar prestes a fazer. Eu não tenho como lutar contra isso, da última vez que fiz, ganhei uma arma na minha coxa. Um soluço escapa dos meus lábios. Não consigo evitar, estou com medo, desesperada.

- Por favor, pare. - imploro, em meio de soluços.

Ele continua.

Suas mãos vão para a bordar da cueca que estou vestindo, ele franze o cenho, mas mesmo assim a tira.

- Não. - grito, batendo minhas mãos no seu peito.

- Não adianta grita, baby. Ninguém vai vim te ajudar.

Alguém tem que vim, eles não podem deixar isso acontecer comigo ou podem? Eles são seus capangas, é claro que eles tem que obedecer seu chefe. Até mesmo o que não querem...

- Socorro, alguém me ajude. - grito o mais alto que posso. Ninguém ouviu, ou não podem me ajudar como suspeitava. Ele está desabotoando os botões da camisa, tento impedir, mas uma de suas mãos pegam as minhas e as seguram forte contra o colchão.

- Damon. - alguém grita batendo na porta.

Reconheço essa voz, é o Stefan.

- Vai embora, Stefan. - diz Damon irritado.

- Abra essa porta, Damon. - insisti.

- Irmão, é melhor ir embora ou eu vou te matar com minhas próprias mãos.

- Me tira daqui, por favor. - tento tirar seu corpo de cima do meu.

- Cala a boca, sua vadia. - ele desfere um tapa na minha cara. Viro meu rosto para a porta e deixo as lagrimas desceram. Por que? Por que comigo? Se existe um Deus nesse mundo, ele deve me odiar.

- Não faça isso com ela, Damon. Você não é um estuprador. - continuou. - Jacob está aqui, o dono da máfia britânica. Ele quer conversar com você e ele não gosta de esperar, você sabe disso

- É bom isso não ser brincadeira, Stefan.

Damon levanta-se da cama, mas não antes de sussurra no meu ouvido; - Você escapou dessa vez, mas ainda temos a noite. Vista seda, ficará bem em você.

Ele abre a porta e ver Stefan encostado na parede, ele lança um olhar de raiva para ele e fecha a porta na chave. Eu não me levanto da cama para impedir, eu não consigo mexer nenhuma parte do meu corpo. Estou encolhida em meio aos lençóis, chorando como uma criança que não ganhou um doce no Halloween. Eu não sei que hora é, não tem janelas no quarto.

Ouço o som da chave sendo colocada na fechadura da porta. Engulo o seco pensando em ser ele, por favor, não seja. Eu não quero passar por tudo aquilo de novo, e dessa vez ninguém poderá impedir que ele faça isso.

- Eu trouxe comida e água para você. - Caroline coloca o prato em cima da escrivaninha e um copo com água.

- Eu não quero. - rejeito, mesmo estando com fome e muita sede.

Não vou comer nada que eles me derem, quem garante que Damon no mandou colocarem algum sonífero.

- Não se preocupe, eu não coloquei nada.

Eu não respondo, talvez assim ela vai embora.

- Tudo bem, faça como quiser. Damon, mandou avisar que daqui a pouco vinha aqui.

- O que? Não, por favor. Não deixe ele subir aqui, ele vai querer ser abusar de mim. - imploro, caindo de joelhos em sua frente.

- Ei, levanta. - ela puxa meus braços e me coloca sentada na cama. - Eu não posso fazer nada por você, eu sinto muito.

- Me ajuda a fugir, eu juro que nunca mais vocês vão ver minha cara.

- Não posso, Damon me mataria sem hesitar. - ela balança a cabeça se levantando para ir embora.

- Ele não precisa saber que você me ajudou.

- Não dá, tudo bem? - ela aumenta o tom de voz. - Damon, não liga para ninguém. Ele matou um por que tentou se abusar de você, imagina o que vai fazer comigo por te ajudar a fugir? Para ele, a morte é para crimes pequenos. Se eu te ajudar, ele vai me torturar tanto que eu vou implorar pela a morte. Você não sabe do que ele é capaz.

A porta se fecha e dessa vez ela não deixa aberta.

Eu tento lutar para não adormecer, mas minhas pálpebras pesam de tanto ter chorado. Ainda estou com a blusa do Matt, não quero me levantar dessa cama, não quero fazer nada que ele mande. Como alguém pode dizer "Vista seda, ficará bem em você." para uma pessoa que ele sequestrou? A única coisa que cairia bem em mim agora, seria minha família, meu lar. Tento pensar em várias coisas, na tentativa de não dormir, mas estar ficando cada vez mais difícil. Até que começo a ver tudo embaçado, e a luz preta se aproximando... Não conseguir evitar, o sono foi maior.

Talvez tenha se passado horas, ou apenas minutos. Eu não sei. Não há nenhum relógio no quarto, nenhuma janela. Me sento na cama e olho para meu corpo, há apenas alguns cortes no joelho, nos pés e o curativo que Caroline fez na minha coxa. Passo meus dedos pela a região, estar vermelho.

- Aí. - choraminguei tocando a parte dolorida.

- Precisamos conversar.

Viro-me para o lado de onde veio a voz, e vejo Damon sentando na poltrona perto da minha cama.

- O que você estar fazendo aqui?

- Eu já disse; precisamos conversar.

- Não! Eu não quero conversar com você. Você tentou me estuprar, me bateu, você é mal, um monstro sem coração. Mata as pessoas por diversão, brinca com elas como se fosse uma marionete. Mas você não vai fazer isso comigo, eu nunca vou fazer o que você manda, não sou um dos seus capangas que você pode mandar e desmandar. Eu te odeio tanto!

Eu não sei como, mas criei coragem para falar isso. Isso estava engasgado em minha garganta, eu precisava jogar tudo isso em sua cara. Mesmo correndo o risco de morrer, após alguns segundos depois que falei.

- Eu não sou assim.

- É verdade, você é pior. Nenhuma mulher vai te amar, por isso você me sequestrou. Mas desculpa, querido. Amor não se rouba, nem se compra, tem que merecer. E a única coisa que você merece... é o inferno.

- Olhe como você fala comigo. Eu posso... - eu o interrompo.

- Me punir? Vai o que? Me bater? Me obrigar a fazer sexo com você? Ou melhor, me matar? - levanto da cama e caminho para perto dele - Me matar, Damon. Vai ser melhor para todos, você não vai mais ter problemas e eu não vou mais ficar aqui vendo você abusar de mim.

Talvez isto seja verdade, a morte será a melhor solução para todos...


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