Capítulo 29 - Traidor

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Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo, Só odeia a estrada quando está com saudade de casa, Só sabe que a ama quando a deixou ir, E você a deixou ir. (Let Her Go — Passenger)

POV: Damon

Se eu dissesse que não estou com medo, estaria mentindo. Porque estou. Não por mim, mas por Elena. Eu posso aguentar os ataques contra mim da Katherine, mas não posso suportar ver ela machucando Elena. Eu preciso proteger Elena da Katherine. Estou disposto a qualquer coisa.

— Estou esperando vocês responderem ou o gato comeu a língua de vocês? — ironizo olhando os cinco homens na minha frente. Eram os que estavam de plantão na noite passada.

— Estava eu e Lucian no portão, não vimos nada senhor. — respondeu Josh, o líder do grupo.

— Bryan e eu estávamos no jardim, ninguém passou por lá.

— E você Julian? — olho para ele que parece hesitar em falar.

Ele limpa a garganta antes de prosseguir. — Ontem à noite quando eu fazia a ronda pela a casa, eu vi o Lorenzo saindo do seu escritório. Já era tarde da noite e ele estava muito estranho. Mas como ele é um de nós, eu não vi nenhum problema.

— Ele é um grande problema agora. Vão atrás dele e o leve para a sala de tortura. — ordenei me levantando da cadeira e caminhando até a porta.

— Sim, senhor, — disseram em uníssono e saíram à procura do Lorenzo.

Andei devagar até a sala de tortura, ainda não acreditando que Lorenzo me traiu. Ele era um dos meus melhores homens. Fazia tudo que eu mandava, nunca havia desobedecido nenhuma ordem. Mas agora é apenas mais um traidor e como todos os traidores, ele merece ser punido. Preparo o chicote de couro preto ao lado de vários outros.

A sala de tortura é escura, não há muitos moveis. Apenas os necessários, chicotes e vários outros tipos de objetos de torturar.

Escuto os passos dos meus homens chegando com Lorenzo, ele tem a boca cortada e a cara de assustado.

— Ele não queria vim, então tive que usar a violência. — explicou Josh sarcástico. — Fui até bondoso, ao contrário do chefe. Ele vai ser bem pior.

— Prendam ele nas correntes. — apontei para as que estavam no centro da sala.

— Isso deve ser um engano Damon, eu não fiz nada.

— Não minta mais Enzo. Eu podia até ser bondoso com você e te matar rápido, mas você merece algo especial. Não acha? — sorri caminhando até ele com o chicote na mão.

— EU NÃO FIZ ISSO. — gritou puxando as correntes com força.

— Você é tão fraco, Enzo. Não é nem homem para assumir seus atos.

— Olha quem fala. Está com medo que a Katherine consiga provas para te incriminar e você ter que apodrecer na cadeia. Mas eu tenho péssimas notícias... eu dei todas as provas que ela precisava.

— Você acabou de assinar sua sentencia de morte, Enzo. Não deveria ter feito isso. — rosnei de volta, raivoso. — Tira a camisa dele Josh, com cuidado, por favor. — pedi sarcástico para ele que sorriu.

— Claro senhor. — Josh puxou a blusa com força, rasgando ela no meio. As costas de Enzo estavam nuas, prontas para mim.

— Vamos brincar um pouco. — sorri, dando a primeira chicotada.

Ele não gritou, mas estremeceu. Enzo era forte, ele iria resistir até o final. Dei mais algumas chicotadas, na quinta ele gritou alto.

— Não, por favor...— ele implorou quando suas pernas não aguentavam mais ficar em pé. As correntes em seus braços, impossibilitava ele de cair no chão. Sua boca tinha sangue escorrendo pelo o canto inferior do seu lábio. Eu poderia sentir pena, mas ele não merecia isso. Não depois do que fez.

— Katherine não vai ter pena de você. Ela vai acabar com sua vida — ele falava quase sem voz. Suas costas ardia por causa das chicotadas. Eu apenas ria da situação dele.

— Não quero nada daquela vadia e ela pode continuar tentando acabar com minha vida. Ela nunca vai conseguir.

Acertei mais outra chibatada em suas costas, fazendo ele erguer o corpo para a frente e urrar de dor.

— Você é maluco — gritou enquanto recebia outra chibatada.

Passei o chicote de forma lenta por sua pele avermelhada. Outra chicotada cortou o ar e dessa vez mais fortes que as outras. Os gemidos de Enzo eram quase inaudíveis, suas forças estavam acabando.

— Katherine vai vim atrás de você. — ele falou devagar sentindo seus olhos forçando a se fechar.

— Estarei esperando por ela.

E então derramei um liquido transparente em suas costas. Não era álcool, era algo muito pior que isso. Sua pele ardia tanto, parecia estar em chamas. Aos poucos ele foi fechando os olhos e toda aquela dor começou a ir embora.

— Nos vemos no inferno, Enzo. — sussurrou baixo.

(...)

Estou esperando uma resposta do Toby, ele ficou de ligar para mim. Ainda são três da tarde, só poderei voltar para casa de noite. Stefan ficou de vim na minha sala daqui a pouco, precisávamos conversar.

O celular toca me despertando dos meus pensamentos.

— Péssimas notícias Damon. — informou Toby. — A CIA conseguiu as provas que precisava para incriminar você e a máfia.

— Isso é ruim, muito ruim. — suspirei bebericando um pouco do meu conhaque.

— Tem algo pior.

O que poderia ser pior que isso? Katherine tinha todas as provas que precisava, será apenas questão de tempo para a CIA está com um mandato atrás de mim.

— O que é pior que isso?

— Eles sabem que você está com a Elena, vão incriminar ela como cumplice dos seus crimes.

— O QUE? — gritei deixando meu copo cair no chão.

— Eu sinto muito, Damon.

Não espero ele terminar de falar e desligo meu celular, jogando-o em cima da mesa. Eles não vão tocar na Elena, não vou deixar isso acontecer. Eu prometi a ela que ninguém iria a machucar, que eu iria proteger ela. E agora minhas promessas estão prestes a serem quebradas. Elena não merece isso. Por mais que conseguíssemos fugir, se esconder deles, ela iria ser vista como uma criminosa. Alguém como eu. Não posso deixar Elena ter uma vida de fugitiva, uma vida cheia de perigo. Preciso fazer alguma coisa. E só há algo que posso fazer para reverter essa situação. Eu não tenho opção. Elena é tudo para mim. Preciso protegê-la.

E eu farei. 

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Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora