Capítulo 21 - Doce pesadelo

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Querida, me abrace como você fez ontem à noite

E ficaremos aqui deitados por um tempo

Afire Love — Ed Sheeran

POV: Elena

Sinto meus olhos pesarem ao tentar abri-los e sinto uma dor no corpo quase insuportável, sinto meu corpo dormente e isso me faz forçar a mente para lembrar o motivo dessa dor. Então num rompante abro meus olhos e sou invadida por lembranças.

Quase sexo no carro. Tiroteio. Batida. Tiro. E desmaio.

Meu corpo fica tenso, tento mexer meus braços mas sinto ambos pesados. Olho em volta e vejo Damon sentado na poltrona na minha frente, seus olhos demostram cansaço, seu corpo parece estar tenso.

— Da-mon — sussurro baixinho, minha garganta arde.

Quero água.

O mesmo olha para mim rapidamente e se levanta, correndo até minha cama. Quando ele senta ao meu lado uma lágrima escorre dos meus olhos sem eu perceber.

Tento fazer força nos braços e sinto um dor horrível.

— Vai ficar tudo bem, querida. Irei chamar a enfermeira. Quieta. — diz muito calmo beijando minha testa e saindo do quarto logo em seguida.

Minutos depois volta com uma mulher de meia idade, morena e de olhos azuis seu rosto é angelical e seus olhos representam um pouco de medo.

Coitada! Damon deve ter feito algo com ela antes dela entrar. Talvez tenha ameaçado ela para ficar calada sobre isso.

— Cuide dela, com todo cuidado. — ordena Damon se sentando na poltrona novamente.

Nesse momento olho para meu braço e vejo o mesmo enrolado num pano branco e sinto dor apenas de olhar.

Meus olhos ardem.

Não vou chorar, não vou.

A enfermeira pega uma cadeira e senta-se ao meu lado da cama, pegando meu braço com cuidado cortando o pano com a tesoura.

Ela me entrega uma garrafa com um liquido meio amarelado dentro.

— É para diminuir a dor. — se explicou. Peguei a garrafa com a outra mão e tomei alguns goles. O gosto era horrível, o liquido descia queimando pela a minha garganta.

— Qual é seu nome? — pergunto baixinho.

— Me chame de Elizabeth. — diz carinhosa e sinto falta imediatamente da minha mãe, do seu carinho.

— Eu posso saber seu nome garotinha linda? — pergunta carinhosa, olho para Damon que faz que sim com a cabeça.

— Me chamo Elena. — vejo seu sorriso e inevitavelmente sorrio também.

— Talvez agora irá doer um pouco, mas eu paro qualquer coisa. O bom do seu machucado é que a bala não se alojou na sua pele, só irei precisar dar alguns pontos para cicatrizar. — diz calma e eu olho para Damon que se levanta e se senta ao meu lado. Ele segura minha outra mão e eu a aperto.

Sinto algo ser pingado em meu braço e solto um gemido alto de dor.

— Merda, isso dói. — digo alto.

E a tal Elizabeth não para. Eu sentia como se cutucasse cada parte do meu braço.

Aperto a mão do Damon cada vez mais forte, a dor era cada vez pior.

Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora