Capítulo 15 - Cuidarei de você

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E talvez eu nunca seja o homem que te traz flores

Mas posso ser a pessoa certa, a pessoa certa esta noite

Perfect — One Direction

POV: Elena

Ele me colocou cuidadosamente na cama, como se eu pudesse quebrar a qualquer momento. Eu não entendia por que ele estava fazendo aquilo, sendo tão gentil. É um ato simples demostrar que você se importa, mas se for o Damon fazendo isso: era algo surreal. Ele sentou-se na cama e me olhou, diretamente para o meu rosto.

— Ele te bateu... — aquilo não soa como uma pergunta, está mais para uma afirmação.

Respirei fundo antes de começar a falar. Precisava ter paciência nessa conversa e muito, muito controle.

— Eu estava lá fora, precisava ficar um pouco sozinha. — eu falava olhando em seus olhos, ele precisava saber que eu estava falando a verdade.

— Você não ia procurar Caroline?

— Eu menti. — confessei, eu precisava ser sincera com ele. — Eu apenas queria ficar um pouco sozinha.

— E então ele aproveitou que você estava sozinha e deu o bote. — ele usa um tom de ironia no final da frase.

Ele não percebe que eu não queria passar por tudo aquilo de novo? Toda aquela humilhação?

— Eu tentei fugir, Okay? Tentei gritar, tentei sair dos braços dele. — algumas lagrimas insistiam em cair, eu abaixei minha cabeça limpando as lagrimas com as pontas dos dedos. — Eu não queria passar por tudo aquilo de novo. — sussurrei.

— Eu não deixaria. Não suportaria saber que alguém te tocou. Nunca.

Ele tocou sua mão na minha, calmamente, como se aquilo fosse um gesto normal para ele. Eu queria recuar, tirar minha mão da sua e me afasta dele. Mas eu não fiz nenhuma dessas coisas. Eu não sei porquê. O meu plano era enganá-lo, fazer tudo que ele pedia, seguir todas as suas ordens. E depois fugir para bem longe, começar a trabalhar e ajudar a minha mãe. Esse era o propósito de tudo. Mas, agora, eu não sabia mais o que estava fazendo. Não sabia o que estava acontecendo.

— Por que você está fazendo isso? — perguntei ainda olhando para sua mão, os seus dedos acariciava os meus lentamente.

— O que? Sendo gentil? — ele me encarou, com aquele par de olhos azuis.

— Cuidado de mim.

— Eu te falei no começo de tudo isso, eu não sou o que pareço. Às vezes eu faço coisas ruins, mas isso não significa que eu não sei fazer coisas boas. Então sim, eu vou cuidar de você. E matarei qualquer um que ousar te tocar. E me torno o cara mais perigoso de toda a face da terra, eu mato sem piedade, faço qualquer coisa. Apenas para proteger você.

Eu não conseguia respirar, parecia que todo o ar ao meu redor havia sido roubado.

— O que você está fazendo comigo? — eu murmurei baixinho, como se estivesse mais alguém entre nós.

— Eu me pergunto isso todos os dias. — sua mão toca no meu rosto, acariciando-a. Eu sorrio com seu gesto e fecho os olhos, aproveitando aquela sensação.

— Você deve estar cansada, a noite hoje foi bem agitada. — ele rir baixinho. — Eu vou deixá-la dormir e eu também tenho coisas para fazer.

— Você vai matá-lo?

— Ele vai ter o que merece. Mas isso não é problema seu, Elena. É problema meu.

Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora