Capítulo 37 - Meninas más

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Todas as garotas querem ser assim. Meninas más lá no fundo assim mesmo. Você sabe como estou me sentindo por dentro. (Dangerous Woman — Ariana Grande)

POV: Elena

Ouço novamente os tiros e estremeço. Caroline está ao meu lado, olhamos uma para a outra e sinto sua mão aperta a minha. Caminhamos juntas pelo o corredor que iria dá acesso ao quintal de trás da casa, era onde os seguravas estariam nos esperando. Os tiros ainda continuavam e quando chegamos no quintal não havia ninguém. Literalmente ninguém. Nenhum carro. Nenhum segurança. Estávamos sozinhas.

— Caroline. — sussurro quando escuto passos de pessoas correndo pelo o corredor, vindo em nossa direção.

Ela coloca o dedo indicador nos lábios e eu rapidamente me calo, e tento controlar minha respiração. Olhando para a floresta a nossa frente, ela suspira e vira-se para mim. Ela move os lábios sem que som algum saísse de sua boca, mas pelo o que entendo ela disse que tudo ficaria bem. Mas aquilo não ajudou muito. Eu sabia que nada não estava bem. Ela havia nos encontrado e estávamos prestes a morrer.

— Quando eu mandar você correr, Elena, corra o mais rápido para a floresta. Não olhe pra trás.

— Não vou deixar você. — digo me recusando a fazer aquilo com ela. Não deixaria ela para trás. Nunca. Éramos amigas e eu estaria ao seu lado para ajudá-la.

— Não se preocupe, eu vou ficar bem. — ela me abraçou rapidamente. — Lembre-se do bebê, vocês precisam ficar protegidos.

— Caroline, não posso te deixar. Não vou conseguir fazer isso sozinha.

Eu imploro para que ela vá comigo, mas ela não hesita em nenhum momento.

— Eu vou despistar eles. — murmurou virando-se para o corredor. — Corra Elena. Agora.

E eu corri. Corri o mais rápido que eu podia, sem olhar para trás. Apertando meus braços em torno de mim, correndo sem parar. Eu não sabia para onde estava indo, não via nada. Estava escuro e frio. Os galhos arranhavam minhas pernas e braços, mas nada daquilo importava. Eu não podia parar. Eu tinha que correr para o mais longe dali.

Ouço um tiro e logo em seguida um grito.

— Caroline... — sussurrei parando de correr.

Não, isso não poderia ter acontecido.

Eu podia jurar que o grito era dela, eu estava pronta para voltar e ajuda-la. Mas suas palavras ecoaram em minha mente; "Lembre-se do bebê, vocês precisam ficar protegidos." E por mais que doesse, eu teria que seguir em frente.

Lagrimas escorriam pelo o meu rosto enquanto eu voltava a correr novamente. A cada passo que eu dava a floresta ficava mais escura e o frio apenas piorava ainda mais. Meus pulmões queimavam e minhas pernas latejavam. Mas ainda sim, eu continuava a correr, sem diminuir o ritmo. Algumas partes do meu corpo ardia por causa dos arranhões. Escuto passos de pessoas vindo em minha direção e acelero o meu ritmo mesmo que meu corpo implore para parar.

— Não adianta correr Elena. — ela diz. É a Katherine.

Ela dispara tiros em minha direção, tento correr mais rápido, mas não consigo. É o máximo que aguento correr. Minha coxa começa a arder e eu coloco minha mão no local e sinto algo molhado. Droga, é sangue. Acabo me distraindo e caindo no chão, por cima da perna que sofri o tiro.

— Ahhh — gritei sentindo minha perna doer.

— Ora, ora. Finalmente nos encontramos, querida.

Não consigo ver seu rosto, mas ouço sua voz e tenho certeza que é a Katherine.

— O que quer comigo? Já não basta ter matado o Damon? — gritei me levantado do chão.

— Ela é durona. — ela falou para si mesma, me ignorando. — A doce Elena não é mais inocente e frágil, ela agora é forte e durona. Damon ensinou muito bem, não foi?

— Você é uma maldita. Irei fazer você pagar pelo o que fez com ele.

— Sério? — ela zomba da minha cara. — Deixe-me te contar um segredo.

Ela se aproxima de mim e eu estremeço. Olho para o meu lado e vejo que tem um homem. Maldita! Ela não está sozinha.

— Todas as coisas que ele te ensinou, ele me ensinou também. Você ainda não percebeu? Você era apenas uma substituição minha. Você, Elena, é apenas um brinquedinho para ela. Quero dizer, era, porque agora ele está morto e antes que eu me esqueça. Mande um oi para ele por mim lá no inferno. — ela acrescentou sorrindo. — Você não sairá viva dessa.

E então alguém puxa meus braços para trás e ela coloca um pano branco no meu rosto. E tudo fica escuro rapidamente.

(...)

Minha cabeça lateja. Meu corpo parece está pesando toneladas. Abro meus olhos com dificuldade e vejo que estou deitada num colchonete velho e sujo. Faço força para levantar e meu corpo todo reclama. Consigo me sentar no colchão e olho para o lugar, tentando saber onde estou. Eu não consigo ver quase nada, a única luz que tem é a que passa pela fresta da porta. Olho para minha perna e vejo que está enfaixada.

— Vai ficar tudo bem. — eu sussurro encostado minha cabeça na parede e colocando minha mão na barriga.

— Duvido muito disso.

Ouço a porta sendo destrancada e Katherine entra acompanhada de dois homens ao seu lado.

— Por que está fazendo isso comigo? — pergunto encarando ela.

— Levantem ela.

Ela pede há um dos homens e eu me encolho no colchão.

— Não por favor. — eu peço, mas ele me ignora e me levanta sem nenhuma delicadeza.

— Vamos brincar um pouco

— Por que quer me machucar? O que eu fiz?

— O que você fez? — ela rir. — Nada. Mas na minha vingança contra os Salvatores... Não, espera. Um Salvatore. O outro eu matei.

— Sua desgraçada. — berrei com raiva.

Eu tento sair dos braços do homem que me segura, mas ele nem ao menos se move.

— Cala a boca. — ela apertou meu maxilar, levantando meu rosto a altura do seu. — Agora, iremos ter uma conversa de mulher para mulher.

— Então porque esses homens estão aqui? Vamos lá, Katherine. Seja justa uma vez na vida. Uma conversa entre eu e você. Apenas nós duas.

— Ela é tão idiota. — ela comenta rindo para o homem ao seu lado. — Solte ela e podem sair os dois.

O homem me solta e eu me seguro na parede para não cair.

— Agora será eu e você Elena Gilbert. 

Desejo ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora