Capítulo Seis Uma Profecia e outra Rainha Rei

109 51 12
                                    

Dres tirou o coração, colocou no pedestal e uma luz muito poderosa explodiu para todos os lados. O coração da Torre Náutila se conectou
com o coração da Torre Elbruz e depois com o da Torre de Cristal fazendo todas as sombras sumirem dali, os Lubins, Sentinelas, Orfins e outras criaturas sumiram em um vapor de ar, as árvores voltaram à vida, as flores nasceram, a luz do sol apareceu novamente, o vento soprou, os ursos barrigudos voltaram a viver felizes sem maldição, as árvores voltaram a rir, a água ficou clara, as aranhas e criaturas das trevas desapareceram daquelas regiões, tudo voltou à paz. Teve festa no reino todo,
faunos e dríades cantavam, dançavam. A paz em Cogulo, Brâmane, Lucarna, Grinfendia e Noloren agora juntavam-se tudo em uma grande e linda harmônia. Tudo virou Terras Purificadas.

— Então Faulora refez os corações — disse Guimel. — Nossa mãe foi mais inteligente.

Quando os jovens saíram da Torre, foram recebidos pelo exército de Guimel.

— Muito bem, jovens — disse Guimel. — Vocês libertaram o reino do mal, mas ainda falta a pior parte. As terras de Maldemon estão cheias de criaturas ainda mais terríveis, terão que nos seguir, pois para passar pelo Rio Styx, é muito difícil, aquele rio é o inferno em chamas, o demônio habita aquela região, precisaremos de toda a sorte do mundo.

Os jovens ficaram felizes por completarem a primeira parte da missão, agora seguiriam para além do Rio Styx. Guimel montou um grande acampamento, onde passaram dois dias, havia frutas, água, pães, carne, um mar de variedades para eles.

— Comam tudo, filhos de Éden — disse Guimel para os jovens.

— Pois a jornada vai ser ainda mais longa, aqui estamos fortes e protegidos.

Ogum parecia não gostar muito de Guimel, mas eles lutariam por um único objetivo, e aquilo com certeza os uniriam.

— Partiremos assim que o sol nascer — disse Guimel para todos que ali se encontravam. — Maldemon não sabe o que o espera.

Maldemon estava furioso pelo ocorrido, agora sabendo dos planos de Azzerutan tudo ficaria mais difícil, em sua fortaleza ele resolvera
colocar seu plano em ação. Maldemon subiu na sua besta infernal, a poderosa hidra, o dragão dos tempos antigos. A besta era muito grande e feroz, sua pele era cheia de escamas cinzentas.

— Para as Minas Vulcânicas — disse ele para a besta.

A besta levantou voo, as asas de morcego bateram e ele sobrevoou todas as suas terras, gritando para seus servos que ficaram apavorados.

— Destruam a ponte do Rio Infernal, mecham-se, seus cães, suas lombrigas deformadas. Não quero prisioneiro, matem todos, matem todos.

E ele foi em direção às Minas Vulcânicas, um lugar totalmente sombrio. Era lá nas profundezas que suas criaturas monstruosas eram criadas, nas raízes da grande Etrenomadive, a árvore da vida. Havia um grande buraco na terra por onde Maldemon entrou, e lá no fundo milhões de servos trabalhavam dia e noite. Cavando e criando os casulos, no meio da mina jazia o corpo de um velho barbudo, seus cabelos eram brancos, ele vestia uma grande alva vinho. E estava preso por raízes amaldiçoadas que se enroscavam nos seus braços. Aquelas raízes sugavam sua energia, e o envenenavam.

— Acorde, seu tolo — disse Maldemon para o velho.

O velho abriu os olhos doentes, sua voz soou quase sem vida.

— O que quer?

— Eu descobri a profecia — disse Maldemon, com um grande sorriso no rosto.

— Não diga asneira — disse o velho, espantado. — Não existe profecia.

AzzerutanOnde histórias criam vida. Descubra agora