E da fortaleza cinco calamidades surgiram, enormes dragões vermelhos, de grandes asas e de suas bocas saiam labaredas de fogo.
— Queimem esses invasores! — exclamou Hoglas, batendo em seu cavalo morto-vivo.
As Drias mergulharam suas raízes no chão formando um grande escudo, os cavaleiros apontaram seus escudos para as nuvens quando os enormes dragões entraram no campo de batalha.
Ouviram a voz de Áquilas:
— Lançar!
Bem próximos os ciclopes empurravam enormes catapultas e balistas, cheia de munições e como uma revoada de pássaros, milhões de flechas e pedras foram atiradas em direção as calamidades, três dos dragões caíram, restando dois.
— Mirem! — gritou Áquilas. — Atirem novamente.
Mais outra chuva de flechas e pedras e mais outro dragão caiu. Um ainda resistia e esse mirou Áquilas e cuspiu fogo quase queimando o comandante. E num ziguezague perfeito o dragão atinge o cavalo de Áquilas fazendo-o cair. E quando tudo parecia perdido para o general, alguém dispara uma lança em cheio, atravessando o peito da besta.
Áquilas respirou, trocando olhares com a pessoa que acabara de salvar sua vida. Sentado na balista se encontrava Nagô e do lado Annael.
— Nagô meu amigo — correu Áquilas para abraçá-lo —, você como sempre salvando minha vida.
— Você faria o mesmo por mim — disse Haggadah.
— Sabíamos que vocês estavam bem — disse Áquilas, abraçando Annael. — Agora vamos, temos muita coisa pra fazer.
Annael não viu os outros.
— Onde está o Grei? — perguntou ela, prestimosa.
Áquilas olhou para a Torre.
— Eles entraram na Torre, e nós vamos ser os próximos — disse ele.
Hoglas levantou voou, atrás dele um exército de vélites apontaram as flechas pro alto com ponta de chumbo.
— Atirem! — ordenou ele, as flechas alcançaram uma grande altura e logo em seguida voaram com toda força em direção ao exército de Faulora. Com um movimento Hoglas transformou as flechas em venenosas najas, que picaram muitos dos soldados, que morreram na mesma hora.
— Já chega! — exclamou Áquilas. — Formação hastário.
A formação hastário se resumia em uma compacta muralha de guerreiros onde cada um se protegia como podiam, todos se ajudando. Ouviram uma grande martinela, como o rufar de mil tambores ao norte e ali vinham um grande exército de criaturas obsidianas. Usavam uma armadura de metal, cheia de imagens de caveira, seus capacetes tinham chifres, traziam enormes machados de duas faces e montavam criaturas parecidas com águias, só que sem olhos e sem asas. Os monstros tinham patas cheias de unhas afiadas.
— O exército do norte chegou — berrou Hoglas, com uma leve expressão de contentamento. — Não pode haver vitórias para tais criaturas — ele apontou para Guimel e Áquilas.
Guimel ficou estupefato.
— De onde surge tanta monstruosidade? — perguntou para Áquilas, quando esse deu meia volta em seu cavalo que se chamava Nagy.
— O mestre do lanço não descansa — respondeu alvoroçado. — Prepare-se Nagô, para lançar as flechas e pedras quando eu mandar.
O grande exército foi se aproximando, eram muitos e vinham com toda vontade, a frente uma criatura, igual breu, fez sinal para Hoglas e ele retribuiu.
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Azzerutan
Fantasy#🥇 Lugar em Fantasia, no Concurso Sparkle. #🥉 Lugar em Melhor Sinopse, no Concurso Golden. O Maldoso Coração de Pedra planeja dominar Mindron, escravizar seu povo e se tornar Rei. Há somente duas coisas que o impedem: A poderosa magia de Azzerutan...