Capítulo Treze O Barqueiro das profundezas

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Porém, quando Annael estava saindo, às raízes das Drias se romperam, os gigantes soltaram a grande árvore sem querer e Annael desabou para as profundezas sendo engolida por uma grande escuridão.

— Annael! — berrou Ennalfine. — Façam alguma coisa rápida.

— Ela vai morrer com o tombo — disse Odroel.

— Grande Faulora ajude-a — pediu Senaril, chorando.

Iurandal tentou pular no buraco, mas foi segurado por Dres.

— Não pode ir — disse ele, segurando com força o amigo.

Naquele instante, Nagô Haggadah surge em um cavalo alado.

— Vão, eu cuidarei dela — gritou Nagô, voando para dentro da fenda.

— Cuide dela — disse Ogum. — Vamos logo.

Eles correram para a saída, tudo estava desmoronando,lavas e fogo exalavam em todos os lugares, alguns dos jovens se queimaram, mas todos conseguiram encontrar a saída das Minas Vulcânicas. Os prisioneiros foram salvos, o fim das criações de Maldemon chegara.

A grande árvore ia caindo pela gigantesca abertura, descendo cada vez mais para além das fronteiras.

Annael estava desesperada, chorando e gritando por socorro.

— Annael! — chamou Nagô.

Quando Annael viu Nagô ela ficou aliviada, mais acima deles, grandes pedras vinham desabando e se eles não se apresassem iriam ser esmagados.

— Vamos!

Annael pulou no cavalo quase caindo e com um grande impulso eles conseguem entrar em outra abertura quase sendo atropelados por um monte de pedras, dobraram em uma curva, entraram em outro buraco e se precipitaram em outra saída. Naquele momento o cavalo foi atingido por uma pedra e eles caíram gritando feitos loucos em um grande túnel.

Annael caiu de um lado e Nagô do outro. Nagô levantou rápido.

— Você está bem? — perguntou ele para Annael.

— Sim — respondeu ela, se levantando.

O cavalo relinchou.

— Essa não — disse Annael, correndo para o cavalo.

A asa do cavalo estava quebrada, e a pata fraturada.

— E agora?

— Teremos que deixá-lo aqui Annael, não temos escolha.

— Não, ele vai morrer.

— Será sorte se eu e você sobrevivermos.

Annael se lembrou do restante de água sagrada que ainda tinha no frasco. Aproveitou e deu para o cavalo beber, torcendo que aquele restante tivesse efeito no animal. O cavalo melhorou, contudo não tinha forças para levantar voo com os dois. Havia uma saída muito acima deles, bem no alto.

— Suba no cavalo Annael — ordenou Nagô.

— Não vou sem você — disse ela. — Sairemos juntos daqui.

Annael deu um tapa no cavalo que voou sozinho para a saída.

— Não! — gritou Haggadah.

— Encontraremos outra saída — disse Annael, os olhos verdes cintilaram.

— Então vamos — chamou ele.

E eles se embrenharam na escuridão das ruínas das Minas Vulcânicas. Os dois caminharam por várias horas, até avistarem uma criatura solitária roendo um osso.

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