Capítulo Quatorze Calvário

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— Onde estamos? — perguntou Annael, curiosa.

Nagô dirigiu os cílios à fortaleza.

— Estamos em Calvário — disse ele, caminhando em direção a um monte. — Estamos nas terras de Maldemon. As coisas mudaram muito por aqui.

— E onde estão os outros?

— Em algum lugar por aqui, vamos procurá-los.

De repente eles ouviram vozes.

— Depressa coloque o elmo — disse Nagô.

Eles se esconderam embaixo da capa.

Nas proximidades do Monte Halaque, uma grande tropa de Carrascos conduzindo enormes leopardos, os famosos Tigrinos. E enormes Goblins e Honetauros armados, vigiavam a região.

— Quaisquer sinais soem as trombetas — disse Argali zangado. — Meu mestre está se preparando para o grande final. Matem todos que não sirvam a nós.

— Sim general Argali! — confirmaram os Carrascos. — Mataremos os seguidores da rainha.

— Nosso mestre já está com o mago — disse o general, cuspindo em uma mosca, que voava perto deles. — O grande ritual está ficando pronto, a hora se aproxima, a grande besta irá despertar e a rainha cairá por terra. Hahaha.

— Hahaha — fizeram os Carrascos, irônicos.

Nagô gelou.

— Então esse é o plano dele — disse Haggadah baixinho para Annael. — Ela não pode morrer.

Os Carrascos se movimentaram com rapidez, olhando para além do rio.

— Eles estão vindo — gritou um goblin. — E são muitos.

— Agora! — gritou Argali, apontando para o exército de Azzerutan. — Soem a trombeta.

A grande trombeta tocou alertando todos, da chegada do exército.

— Matem esses insetos, destruam seus líderes. — gritava Argali.

Um grande exército de Goblins, Carrascos, Tigrinos e Honetauros se lançaram contra o exército. Annael avistou Guimel e seu exército de centauros, ogros, trasgos, faunos e gigantes usando as famosas catafratas, as armaduras confeccionadas com lâminas de metal dispostas em escamas e costuradas sobre couro e pano. Porém ela não viu nem um trirreme, nem os cavaleiros sem rosto e muito menos as Drias.

— Mais onde estão os outros? — perguntou ela para Nagô.

— Estão planejando alguma emboscada — respondeu ele, entendendo a estratégia. — Conheço as táticas de Áquilas, ele é muito esperto.

Guimel avistou o exército de criaturas sombrias vindo em sua direção.

— Boa sorte meus irmão — disse ele, levantando sua espada. — Fiquem de olhos bem abertos. Esse é só o começo da guerra.

Os gigantes levantaram seus tacapes, os centauros e faunos seguraram suas espadas e flechas.

— Vamos destruir essas deformações — falou Town-Ho, exasperado. — Eles não são desse mundo e irão voltar para as sombras de onde vieram.

— Por nossa Mãe, pela boa pastora! — gritou Town-Ao, exercitando as pernas.

— Essa será nossa vitória — disse o gigante cambota. — Nossa Mãe nos protege, a videira verdadeira nos leva à liberdade.

Nas proximidades da fortaleza negra Hoglas, o Necromante estava parado, suas vestes negras brilhavam e seu corpo parecia que pegava fogo. Em seu cavalo esquelético ele disse:

AzzerutanOnde histórias criam vida. Descubra agora