Alpinismo nas montanhas
O silêncio predominava naquela grande sala e eu lembrava-me dos meus amigos inseparáveis.
Onde estão eles agora?
Será que o Victor, Renan, Guilherme, Mirella e Roberta, estão bem?
Será que estamos ainda no meio das montanhas?
Eu sentia meu corpo numa mesa de metal gelado, eu sentia frio, aliás, eu estava tremendo de frio, não era medo, eu acho. Eu sentia o lençol tocando minha pele. Meu dorso gelado pelo metal, longe muito longe eu ouvia um som suave de um aparelho que zunia como uma máquina de monitorar os batimentos cardíacos em um hospital. Eu forçava minha memória tentando lembrar o que aconteceu comigo e com a galera antes daqui.
Vinha flash confuso na minha mente, sinal que ora ou outra eu iria relembrar o que nos aconteceu. Meu olho verde caramelado parecia colado, por vezes tentei abri-los, o esforço era em vão. Tanto lutei que não tinha noção do tempo, os abri.
Não sabia onde eu estava nem ouvia a voz de ninguém, somente o som da máquina monitorando um coração. Seria o meu? Acho que não. Eu precisava me orientar. Observei holofotes de um centro cirúrgico acima de mim, era de um estranho formato ovalado, luzes suaves azuis pulsantes. Conforme eu mexesse meu corpo na mesa, as lâmpadas se moviam me seguindo em cada movimento feito. Sim, definitivamente eu estava em um hospital.
Zonzo eu ergui a cabeça tentando descobrir alguma coisa, pelo silêncio estava sozinho, largado. Sem dúvida eu precisava levantar e procurar por alguém, saber o que aconteceu comigo e a turma. Afinal, era para estarmos nas montanhas fazendo o que mais gostávamos. Natureza, acampando, escalando nas montanhas. Pois estávamos praticando alpinismo pouco tempo antes e eu estar aqui nesse hospital, mas... Áh sim deve ter acontecido algo estranho uma vez que lembro de ouvirmos um forte estrondo que nos ensurdeceu cegando por longos minutos.
O que será que aconteceu?
Que lugar é esse?
─ Que adianta eu ficar deitado pensando no que podia ter acontecido sem fazer nada para descobrir, vou atrás de informações. Galera, galera, cadê vocês? Que loucura, onde é que estou?
Sentei. Oh mesa gelada no meu traseiro. Olhei atento ao redor. Era uma sala ampla, toda branca em detalhes cor gelo com frisos em prata ─ Uau que luxo isso daqui!
O piso era um tipo de material que nunca havia visto em hospital nenhum, era metal que ao pisar nele parecia ser macio, fofinho, liso e gelado, aliás, tudo ali estava gelado.
─ Vai ver estou num frigorífico. ─ Gemi.
Não lembrava ter visto um hospital daquele porte luxuoso e de limpeza impecável na minha cidade onde eu morava. O cheiro era de limpeza profunda hospitalar. Sim, era um hospital pelo cheiro, não era qualquer hospital da minha cidade. Conferi tateando meu corpo se eu por ventura estivesse machucado e não tivesse percebido, afinal, estávamos fazendo um esporte radical, lembrava-me da explosão, do clarão que nos cegou, nada mais...
Cadê meus amigos? Levantei-me e me senti como um ganso tonto.
Eu dei uma corrida destrambelhada. Em passadas largas de um, dois, três passos miúdos tomando maior espaço seguido por maior velocidade que as pernas puderam sustentaram correr. Passadas largas e me estatelei ao chão batendo a cabeça na parede, mas... Espere.
Uma parede fofinha? ─ Apertei-a ─ Parecia ser forrada de espuma pela maciez, nada doeu na batida. Levei um susto ouvindo uma voz feminina que saia das paredes inundando meus ouvidos depois de tanto silêncio:

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Ele'S - Ficção Científica - (Romance Gay)
Ciencia Ficción#Escritoresdeourowattys4 Ele' S Ninguém imagina a grandeza dessa história como essa será de prender a respiração do início ao fim. Vocês não leram nada parecido que possa se equiparar com essa Ficção Científica Gay. Ninguém faz ideia de onde...