♥♥♥Editado♥♥♥
** John Narrando **
Era quase noite, eu e o pessoal do motoclub estávamos no meio de uma bebedeira, o objetivo era ver quem bebia mais tequila com limão, o difícil era não fazer cara feia, na roda de amigos que a poucos minutos haviam pouco mais de oito pessoas, restavam apenas eu e mais três, acho que perdi o folego, não bebo mais como quando eu era jovem, acho que estou ficando velho mesmo no fim das contas, se na próxima rodada ninguém sair, eu sairei, já sinto meus dentes sensíveis por conta do excesso de limão. Mas algo encerrou a brincadeira, um rapaz um tanto familiar veio correndo me avisar que algo aconteceu com minha filha. Mas quem era esse rapaz?
Suponho que seja um novo namorado ou amigo dela, pelo nível de preocupação...- Senhor Eller sua filha está em apuros. - Pelo modo que ele disse, reparei que a coisa era séria, sua respiração estava ofegante - Ela está cercada no bar, a ligação caiu, eu retorno mas ninguém atende.
- Calma rapaz - tentei tranquilizar o rapaz, nessas horas nervosismo só atrapalha - vou reunir o pessoal e ir até la! - No fundo ainda não acreditava nele, sempre há esses tipos de brincadeiras nesses eventos, pessoal tentando fazer outro de trouxa, dispersar es equipes, ou mesmo assustar, os eventos são bons, mas nem todos que o frequenta merece esse olhar, então ja deixei claro para o rapaz minha intenção; - Se isso for um tipo de trote você esta acabado garoto!
Enquanto os membros mais chegados a sede de Nova Odessa já iam preparando as motos e calçando as luvas, aquecendo os motores, discutíamos as rotas e quem poderia estar no meu bar, o rapas de nome Jimmy me passou mais informações e por fim pegamos a estrada em menos de cinco minutos, correndo o máximo que podíamos, apesar da pressa e dos mosquitos que se chocavam no meu óculos e peitoral, a viajem confesso que foi ótima, aliviou o mau estar do excesso de tequila, Deus me livre o excesso de limão! Eu ia abrindo caminho, e mais dois membros, o qual não me recordo seus nomes viam atras para se caso eu precisasse de reforços, isso é um dos lados bons de ser membro de um MC, mesmo não nos conhecendo, um sempre pode contar com o outro, como se fossemos parentes distantes. E essa note eles me tranquilizaram, pois se eu dependesse dos meus "mais chegados" estaria na mão, aqueles bêbados mau ficariam com a moto de pé!
Quando chegamos próximo ao bar, avistei dois homens no chão, percebi que houve pancadaria, então a coisa poderia ser mais séria do que pensei. O garoto que veio cortando atalho com sua moto offroad chegou primeiro. Confesso não gostar de perder uma corrida, mas nesse caso, fiquei muito feliz de minha filha ter arrumado uma boa companhia. Desci da moto, os dois parceiros do MC foram na frente e derrubaram um cara forte com o colete dos Barbs, um MotoClub antigo que tem rixa com os Ironwings, seguraram ele de joelhos. Após eu ver minha filha, ela estava com manchas de sangue, presa a uma cadeira e o pobre Jimmy apagado, não pensei duas vezes, cheguei de joelho na cara do safado e o levei até o fundo do bar. A ultima coisa que eu queria era algum policial me impedindo de agir. Os outros dois membros, pelo visto bem treinados e já acostumados com esse tipo de situação - pelo visto - fecharam o portão e apagavam as luzes da frente, abri a porta do armazém que havia bem no fundo do terreno, la havia varias motos estocadas, a maioria em caixas para serem montada ainda.
- Como ela está? - Perguntei ao... como era o nome daquele rapaz? Já esteve aqui outra vez ha alguns anos... Speed!Era seu apelido, não lembro o nome, mas já é alguma coisa. Ele desamarrava minha filha.
- Ela está bem, respirando e com alguns pequenos hematomas, vai sobreviver! Mas o rapaz, ainda não acordou. - Fez uma cara de quem estava realmente preocupado -.
- Então leve-o para cima, não podemos chamar a policia ou ambulância aqui, teremos que trata-lo em minha casa, se aconteceu algo com ele, então o levaremos! - No topo do barracão havia uma corrente que erguia motos pesadas de até três toneladas, ideal para suspender objetos, nesse caso, apenas os infelizes que mexeram com o MC errado. Acorrentamos as mãos dos infelizes e puxamos as correntes pra cima até ele, mesmo inconsciente, ficar em pé, se os suspendêssemos, poderíamos machucar pra valer seus braços, e no momento não desejava tanta maldade a quem ainda nem conhecia. Sentei em um banco, ao lado de uma mesa que havia um frigobar, bebi uma garrafa de água. Seria um tédio sem fim esperar ali, até que alguém teve a brilhante ideia de jogarmos poker, como sempre rola aposta, tive que me tranquilizar, enquanto montávamos uma mesa improvisada e começamos a jogar poker, me deu vontade de fumar e isso era ótimo para eu relaxar e pesar bem nas jogadas, acendi um cigarro e jogamos por horas, sem nada acontecer, ninguém acordar, só dinheiro indo e vindo. Até que a porta se abre, então surge nela minha filha e o namorado dela.
- Uau que coleção animal você tem aqui senhor Eller! - Ele parecia surpreso, porém mais nervoso, fiquei feliz, os dois estavam bem.
- São mesmo! Mas não são minhas, já as vendi, estão aqui até os donos vir buscar. E se você comentar isso com alguém de fora desse MC - acompanhei o olhar para os caras presos a correntes. Ele era um cara bom, mas poderíamos confiar nele? - ... ah você já sabe! Speed, vamos dar um pouco de água para esses cabeças ocas, quero saber tudo que eles tem a dizer, quero dar inicio ao interrogatório!
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Motoclub
MaceraNa cidade de Nova Odessa em São Paulo, ha um tipico bar de estrada, cheio de rock, motos customizada e fraternidade. Rafaela Eller, uma menina recém formada, vê o Moto Club de seu pai passar por dificuldades, então ela decide que é hora de agir, fa...